setembro 30, 2006
UMA ESTRELA EM MIM
UMA ESTRELA EM MIM
Há uma estrela em mim
Que ilumina a noite calma
Deixa-me viver feliz por aí
Cintilando doçura na alma
Não é um sol qualquer
Que dá luz a meu coração
Ele, me trouxe a mulher
Que comigo vive em perdição
Seus raios são minha vida
E dão calor e bom momento
À Deusa que me é querida
Que ao altar, levei em casamento
Esta estrela não a posso perder
Pois é fonte de minha inspiração
Com ela ficarei enquanto viver
Mais a dona de meu coração
Ela p’ra mim é um poema
Belo e não tristonho
Faz-me da vida, bela cena
Tão perfeita como o sonho
de: fernando ramos
538
Há uma estrela em mim
Que ilumina a noite calma
Deixa-me viver feliz por aí
Cintilando doçura na alma
Não é um sol qualquer
Que dá luz a meu coração
Ele, me trouxe a mulher
Que comigo vive em perdição
Seus raios são minha vida
E dão calor e bom momento
À Deusa que me é querida
Que ao altar, levei em casamento
Esta estrela não a posso perder
Pois é fonte de minha inspiração
Com ela ficarei enquanto viver
Mais a dona de meu coração
Ela p’ra mim é um poema
Belo e não tristonho
Faz-me da vida, bela cena
Tão perfeita como o sonho
de: fernando ramos
538
setembro 29, 2006
POR TEU AMOR VIVEREI
POR TEU AMOR VIVEREI
Amar, eu quero loucamente
É um desígnio de Deus
Acariciar, e sentir-te docemente
Perder-me entre braços teus
Beijar, beijar ardentemente
Anseiam meus lábios, nos teus
Amar, amar, estupidamente
Confortar-te de desejos meus
Desta paixão posso morrer
Se não sentir amor teu
Deixar isso acontecer
É a ordem, que o Divino deu
Por teu amor viverei
E irás na minha eternidade
Se não me amas, não sei que farei
De ti, morrerei na saudade
De: fernando ramos
537
Amar, eu quero loucamente
É um desígnio de Deus
Acariciar, e sentir-te docemente
Perder-me entre braços teus
Beijar, beijar ardentemente
Anseiam meus lábios, nos teus
Amar, amar, estupidamente
Confortar-te de desejos meus
Desta paixão posso morrer
Se não sentir amor teu
Deixar isso acontecer
É a ordem, que o Divino deu
Por teu amor viverei
E irás na minha eternidade
Se não me amas, não sei que farei
De ti, morrerei na saudade
De: fernando ramos
537
CRAVO VERMELHO
CRAVO VERMELHO
Hoje ofereci o cravo vermelho
ao mendigo da minha Avenida
perguntou, e pediu um conselho
Se o cravo mudava sua vida
Olhei para ele, e emudeci
Resposta esperava com ansiedade
Disse-lhe que nem não, nem sim
Mas falei-lhe de Liberdade
Ele deu uma gargalhada
E aí, eu não percebi
É que a dele tinha sido roubada
Porque nunca a viu por aí
E ainda me disse mais
Liberdade é não mendigar
É amor, solidariedade, e outros tais
Que a ele não deixavam chegar
Mas ficou com o cravo vermelho
Com a esperança da vida mudar
E se alguém, se vir ao espelho
Aquele rosto irá encontrar
de: fernando ramos
536
Hoje ofereci o cravo vermelho
ao mendigo da minha Avenida
perguntou, e pediu um conselho
Se o cravo mudava sua vida
Olhei para ele, e emudeci
Resposta esperava com ansiedade
Disse-lhe que nem não, nem sim
Mas falei-lhe de Liberdade
Ele deu uma gargalhada
E aí, eu não percebi
É que a dele tinha sido roubada
Porque nunca a viu por aí
E ainda me disse mais
Liberdade é não mendigar
É amor, solidariedade, e outros tais
Que a ele não deixavam chegar
Mas ficou com o cravo vermelho
Com a esperança da vida mudar
E se alguém, se vir ao espelho
Aquele rosto irá encontrar
de: fernando ramos
536
setembro 28, 2006
NOBRE E LEAL BOCAGE
NOBRE E LEAL BOCAGE
Regressou da Índia exuberante
O poeta do amor e de fino traje
Lá escreveu, triste vida errante
Que o fez, Nobre e Leal Bocage
Sua Setúbal nunca o esqueceu
E seus amores também não
Destes, muito escreveu
Perfeita poesia de sua razão
Grande mestre de muito saber
E de amores transcendentes
Alguns, veio a perder
Por atitudes inconsequentes
Setúbal e Nicola, perdeu seu poeta
Que amava a ilustre Nação
Recebia do cupido, a seta certa
Presenteando seu coração
E Bocage, ficou na história
Como um poeta maior, de Portugal
Declamava seus poemas em gloria
Não existindo mais, poeta genial
De: fernando ramos
535
Regressou da Índia exuberante
O poeta do amor e de fino traje
Lá escreveu, triste vida errante
Que o fez, Nobre e Leal Bocage
Sua Setúbal nunca o esqueceu
E seus amores também não
Destes, muito escreveu
Perfeita poesia de sua razão
Grande mestre de muito saber
E de amores transcendentes
Alguns, veio a perder
Por atitudes inconsequentes
Setúbal e Nicola, perdeu seu poeta
Que amava a ilustre Nação
Recebia do cupido, a seta certa
Presenteando seu coração
E Bocage, ficou na história
Como um poeta maior, de Portugal
Declamava seus poemas em gloria
Não existindo mais, poeta genial
De: fernando ramos
535
setembro 27, 2006
GRANDIOSA FEITICEIRA
GRANDIOSA FEITICEIRA
Vejo o florir da primavera,
Sinto paixões inspiradas
Vão p’ra um jardim, que a rosa lidera
Onde se colhe flores, belas e encantadas
Lá, a feiticeira oferece o mel das luas
Bem próximo da casa dos amores
Juntinho ás arvores quase nuas
À paixão deixei, flores e seus odores
Foi um lapso complicado,
As entreguei a quem não devia
Não estava meu amor esperado
Mas disso, o coração não sabia
Pedi à grandiosa feiticeira
Que desfizesse tal engano
Ela me disse que havia maneira
Se aguardasse p’ra aí, um ano
E foi o que aconteceu
Por outra primavera esperei
Novas flores o coração ofereceu
Ao amor, por quem antes me inspirei
De: fernando ramos
534
Vejo o florir da primavera,
Sinto paixões inspiradas
Vão p’ra um jardim, que a rosa lidera
Onde se colhe flores, belas e encantadas
Lá, a feiticeira oferece o mel das luas
Bem próximo da casa dos amores
Juntinho ás arvores quase nuas
À paixão deixei, flores e seus odores
Foi um lapso complicado,
As entreguei a quem não devia
Não estava meu amor esperado
Mas disso, o coração não sabia
Pedi à grandiosa feiticeira
Que desfizesse tal engano
Ela me disse que havia maneira
Se aguardasse p’ra aí, um ano
E foi o que aconteceu
Por outra primavera esperei
Novas flores o coração ofereceu
Ao amor, por quem antes me inspirei
De: fernando ramos
534
setembro 26, 2006
É BOM REVER AMIGOS
É BOM REVER AMIGOS
É bom rever tanto amigo
Sentir muita amizade
O tempo passou, já não consigo
Suportar esta saudade
Hoje, aqui estou convosco
E sinto tanta felicidade
Alguns, que não estão connosco
Talvez na próxima oportunidade
É bom rever, tantos amigos
E ver seus olhos brilhar
Mostram amor, e nenhum perigos
De nossa amizade terminar
Este é um momentos muito feliz
De estarmos com quem gostamos
O encontro, foi Deus que quis
Porque sabe que nos amamos
É bom rever tantos amigos
Que são poesia na nossa vida
Cá estaremos, distribuindo mimos
Quando todos formos de partida
De: fernando ramos
533
É bom rever tanto amigo
Sentir muita amizade
O tempo passou, já não consigo
Suportar esta saudade
Hoje, aqui estou convosco
E sinto tanta felicidade
Alguns, que não estão connosco
Talvez na próxima oportunidade
É bom rever, tantos amigos
E ver seus olhos brilhar
Mostram amor, e nenhum perigos
De nossa amizade terminar
Este é um momentos muito feliz
De estarmos com quem gostamos
O encontro, foi Deus que quis
Porque sabe que nos amamos
É bom rever tantos amigos
Que são poesia na nossa vida
Cá estaremos, distribuindo mimos
Quando todos formos de partida
De: fernando ramos
533
setembro 25, 2006
PRECISO DE TE FALAR AMIGO
PRECISO DE TE FALAR AMIGO
Com lágrimas,
percorrendo meu rosto
Busco de um lugar
onde se encontre um amigo
Com ele quero desabafar
meu desespero,
e lhe falar de meu erros,
e das minhas recordações
Contar-lhe o passado,
cujas memórias não encontro
meio de controlar, sendo este
o sinal de minha angústia
Quero falar-lhe dos meus amores,
e desamores de quando jovem
Ou até dos meus pobres
momentos de criança
Preciso de te falar amigo,
dos trilhos por onde andei
e até dos pecados cometidos,
das injustiças que pratiquei
Do descontrole total
de minha vida a dois,
que terminou nesta solidão,
sendo agora, minha companheira
Olho em meu redor,
procuro o amigo de há muito
por mim abandonado,
e esquecido nos caminhos
de minha vida
Quando ele deveria de ser a ancora,
p’ra me aconselhar a parar,
da minha insensatez
Mas sei, que agora
que de ti bem preciso
Estás por ai p’ra me escutares,
e te rires das minhas parvas
loucuras, e asneiras
Obrigado amigo por existires,
e que apesar de eu estar tão longe de ti,
tu afinal, andavas bem perto
de: fernando ramos
531
Com lágrimas,
percorrendo meu rosto
Busco de um lugar
onde se encontre um amigo
Com ele quero desabafar
meu desespero,
e lhe falar de meu erros,
e das minhas recordações
Contar-lhe o passado,
cujas memórias não encontro
meio de controlar, sendo este
o sinal de minha angústia
Quero falar-lhe dos meus amores,
e desamores de quando jovem
Ou até dos meus pobres
momentos de criança
Preciso de te falar amigo,
dos trilhos por onde andei
e até dos pecados cometidos,
das injustiças que pratiquei
Do descontrole total
de minha vida a dois,
que terminou nesta solidão,
sendo agora, minha companheira
Olho em meu redor,
procuro o amigo de há muito
por mim abandonado,
e esquecido nos caminhos
de minha vida
Quando ele deveria de ser a ancora,
p’ra me aconselhar a parar,
da minha insensatez
Mas sei, que agora
que de ti bem preciso
Estás por ai p’ra me escutares,
e te rires das minhas parvas
loucuras, e asneiras
Obrigado amigo por existires,
e que apesar de eu estar tão longe de ti,
tu afinal, andavas bem perto
de: fernando ramos
531
setembro 23, 2006
LEMBRANÇAS E DESESPERO
LEMBRANÇAS E DESESPERO
Foi embora o Outono,
e não me deixa saudades
Suas noites são frias,
melancólicas, e silenciosas
Junto à lareira, no calor
de sua fornalha, adormeço
preso a um livro de acção,
tão sombrio como a noite
As noites de Outono
não me trazem boas memórias
Foi numa delas, que perdi aquela
que era o meu doce viver
Agora, me resta apenas um livro,
e a brasa da minha lareira,
que não aquece
meu coração cheio de cicatrizes
Por vezes sussurro a Deus,
zangado por sua insensibilidade
que trouxe esta solidão,
que me leva, à absoluta dor
“És tão cruel meu Deus,
porque não me levas
para junto de quem me trazia
a quentura da alma”
Aqui estou só, nestas noites frias
onde rasgo lembranças de desespero
num grito alvoraçado,
que vai em busca da louca paixão
Que se encontra no seu
porto seguro da eternidade,
e me deixa aqui a morrer
de perene saudade
Vivo no sonho, de encontrar
a luz para ir no seu caminho
Meu amor partiu,
e deixou a perplexidade
no fundo de mim,
como uma dança oculta,
que é uma constante
na minha vida
de: fernando ramos
529
Foi embora o Outono,
e não me deixa saudades
Suas noites são frias,
melancólicas, e silenciosas
Junto à lareira, no calor
de sua fornalha, adormeço
preso a um livro de acção,
tão sombrio como a noite
As noites de Outono
não me trazem boas memórias
Foi numa delas, que perdi aquela
que era o meu doce viver
Agora, me resta apenas um livro,
e a brasa da minha lareira,
que não aquece
meu coração cheio de cicatrizes
Por vezes sussurro a Deus,
zangado por sua insensibilidade
que trouxe esta solidão,
que me leva, à absoluta dor
“És tão cruel meu Deus,
porque não me levas
para junto de quem me trazia
a quentura da alma”
Aqui estou só, nestas noites frias
onde rasgo lembranças de desespero
num grito alvoraçado,
que vai em busca da louca paixão
Que se encontra no seu
porto seguro da eternidade,
e me deixa aqui a morrer
de perene saudade
Vivo no sonho, de encontrar
a luz para ir no seu caminho
Meu amor partiu,
e deixou a perplexidade
no fundo de mim,
como uma dança oculta,
que é uma constante
na minha vida
de: fernando ramos
529
setembro 22, 2006
MULHER, A NINFA ADORADA
MULHER, A NINFA ADORADA
A mais bela das mulheres
Vive na nossa alma, é a sua chama
Não é de uns quaisquer
Mas de quem seu coração ama
Tem charme, graça, determinação
Como um poema de deslumbrar
Ao amor, entrega-se em sedução
Para seu homem, a bem amar
O encanta, e tanto o fascina
Levando-o ao louco prazer
É a divina que Deus ilumina
P’ra fazer outra vida acontecer
Ela é como um violino maroto
Que faz bailar tanta fantasia
Entrega-se ao companheiro devoto
Em completa ternura e alegria
É a bela ninfa adorada
De tantos que a querem em união
Deus, a esculpiu com mão de fada
Sendo a sua mais perfeita criação
De: fernando ramos
528
A mais bela das mulheres
Vive na nossa alma, é a sua chama
Não é de uns quaisquer
Mas de quem seu coração ama
Tem charme, graça, determinação
Como um poema de deslumbrar
Ao amor, entrega-se em sedução
Para seu homem, a bem amar
O encanta, e tanto o fascina
Levando-o ao louco prazer
É a divina que Deus ilumina
P’ra fazer outra vida acontecer
Ela é como um violino maroto
Que faz bailar tanta fantasia
Entrega-se ao companheiro devoto
Em completa ternura e alegria
É a bela ninfa adorada
De tantos que a querem em união
Deus, a esculpiu com mão de fada
Sendo a sua mais perfeita criação
De: fernando ramos
528
setembro 21, 2006
VAI À LUTA
VAI À LUTA
Ouve, fala-me de ti,
Porque te escondes nesse manto
Tua vida é uma fuga sem fim
Que nos causa algum espanto
Só tens de prestar contas a Deus,
Pouco importa, o que te vão cobrar
Não fujas de pecados teus
Só a ele, os terás de confessar
E se o súbito inesperado te acontece
Quando dramas te passem à frente
Sofres, porque um amor te entristece
E seu coração, o teu não consente
Não corras por um mau sonho
Porque mais tarde irás sofrer
Espera, o amor não é enfadonho
Contigo um dia, ele irá ter
Sei que a vida, é o teu lamento,
E não te tem sido generosa
Mas aparece sempre um momento
Que te deixará de ser caprichosa
Não procures fantasmas negros,
Eles não te perseguem, nem de perto
Guarda num baú, teus maus segredos
E vai à luta, de peito aberto
De: fernando ramos
527
Ouve, fala-me de ti,
Porque te escondes nesse manto
Tua vida é uma fuga sem fim
Que nos causa algum espanto
Só tens de prestar contas a Deus,
Pouco importa, o que te vão cobrar
Não fujas de pecados teus
Só a ele, os terás de confessar
E se o súbito inesperado te acontece
Quando dramas te passem à frente
Sofres, porque um amor te entristece
E seu coração, o teu não consente
Não corras por um mau sonho
Porque mais tarde irás sofrer
Espera, o amor não é enfadonho
Contigo um dia, ele irá ter
Sei que a vida, é o teu lamento,
E não te tem sido generosa
Mas aparece sempre um momento
Que te deixará de ser caprichosa
Não procures fantasmas negros,
Eles não te perseguem, nem de perto
Guarda num baú, teus maus segredos
E vai à luta, de peito aberto
De: fernando ramos
527
MINHA GUITARRA
MINHA GUITARRA
Meus dedos percorrem, a guitarra
Que chora um fado tristonho
Ao momento, o fadista se agarra
Com dor, que para ele é medonho
Ele canta este difícil lamento
Em sua voz rouca, mas segura
No poema deixa seu alento
roubado da alma, de vida dura
A guitarra vai no timbrezinho
Com outras violas, e violas baixo
Tocam a traição, que está bem pertinho
Deixando o fadista muito embaixo
E naquele ambiente castiço
Minha guitarra chora baixinho
O fadista me agradece sem feitiço
Por tocar aquele fado choradinho
De: fernando ramos
526
Meus dedos percorrem, a guitarra
Que chora um fado tristonho
Ao momento, o fadista se agarra
Com dor, que para ele é medonho
Ele canta este difícil lamento
Em sua voz rouca, mas segura
No poema deixa seu alento
roubado da alma, de vida dura
A guitarra vai no timbrezinho
Com outras violas, e violas baixo
Tocam a traição, que está bem pertinho
Deixando o fadista muito embaixo
E naquele ambiente castiço
Minha guitarra chora baixinho
O fadista me agradece sem feitiço
Por tocar aquele fado choradinho
De: fernando ramos
526
setembro 20, 2006
É PRECISO
É PRECISO
É preciso não ter medo
É preciso dizer não
À exploração que começa cedo
E a quem mata nosso irmão
É preciso lutar
É preciso estar atento
A quem nos quer matar
E nos tira o sustento
É preciso desconfiar
É preciso não acreditar
Dos que nos andam a maltratar
E de quem nos quer enganar
É preciso um mundo melhor
É preciso acabar a guerra
Para quem vive na dor
E da fome, sua vida encerra
É preciso amar a vida
É preciso ser solidário
Para tantos que o puder castiga
E é só um simples operário
É preciso dar amor
É preciso ter esperança
Para quem vive no horror
E não tem o sorriso da criança
De: fernando ramos
524
É preciso não ter medo
É preciso dizer não
À exploração que começa cedo
E a quem mata nosso irmão
É preciso lutar
É preciso estar atento
A quem nos quer matar
E nos tira o sustento
É preciso desconfiar
É preciso não acreditar
Dos que nos andam a maltratar
E de quem nos quer enganar
É preciso um mundo melhor
É preciso acabar a guerra
Para quem vive na dor
E da fome, sua vida encerra
É preciso amar a vida
É preciso ser solidário
Para tantos que o puder castiga
E é só um simples operário
É preciso dar amor
É preciso ter esperança
Para quem vive no horror
E não tem o sorriso da criança
De: fernando ramos
524
TEJO DA SAUDADE
TEJO DA SAUDADE
Meu Tejo, lindo e precioso
Rio de alegria e felicidade
Nas margens, um povo receoso
Há anos lutava por liberdade
És dos Botes, e das Fragatas
Do Varino, da Falua, e da Canoa
Das correntes, e das marés fartas
Que em amor abraçam Lisboa
Tens nas águas Cacilheiros
Que se esgueiram p’la maré
Trazem trabalhadores guerreiros
Desembarcando no cais Sodré
Tejo do pescador matreiro
E do nosso Navegador herói
Percorres o horizonte costeiro
Ali, onde o futuro se constrói
Ó rio, das boas lusas gentes
Que amam a sua Cidade
Tuas águas levaram valentes
Desaguando em fraternidade
Meu Rio Tejo da Saudade
Caravelas tu viste partir
Com marinheiros de liberdade
P’ra um mundo melhor, descobrir
De: fernando ramos
523
Meu Tejo, lindo e precioso
Rio de alegria e felicidade
Nas margens, um povo receoso
Há anos lutava por liberdade
És dos Botes, e das Fragatas
Do Varino, da Falua, e da Canoa
Das correntes, e das marés fartas
Que em amor abraçam Lisboa
Tens nas águas Cacilheiros
Que se esgueiram p’la maré
Trazem trabalhadores guerreiros
Desembarcando no cais Sodré
Tejo do pescador matreiro
E do nosso Navegador herói
Percorres o horizonte costeiro
Ali, onde o futuro se constrói
Ó rio, das boas lusas gentes
Que amam a sua Cidade
Tuas águas levaram valentes
Desaguando em fraternidade
Meu Rio Tejo da Saudade
Caravelas tu viste partir
Com marinheiros de liberdade
P’ra um mundo melhor, descobrir
De: fernando ramos
523
setembro 19, 2006
VÊ
VÊ
Vê o sol que passa
Por teu rosto cansado
Vê o coração que sofre
Por um amor que partiu
Vê a lágrima sofrida
Caída na imensidão
Vê a vida que se some
Numa dor sem cura
Vê o mundo que se perde
Numa guerra sem razão
Vê a paz que não acontece
Trazendo tristeza e desilusão
Vê teu irmão que chora
P’lo emprego que perdeu
Vê os povos sem futuro
Pela intolerância do homens
Vê o voar da pomba branca
Buscando felicidade e amor
Vê a criança que brinca
Num jardim em flor
De: Fernando Ramos
521
Vê o sol que passa
Por teu rosto cansado
Vê o coração que sofre
Por um amor que partiu
Vê a lágrima sofrida
Caída na imensidão
Vê a vida que se some
Numa dor sem cura
Vê o mundo que se perde
Numa guerra sem razão
Vê a paz que não acontece
Trazendo tristeza e desilusão
Vê teu irmão que chora
P’lo emprego que perdeu
Vê os povos sem futuro
Pela intolerância do homens
Vê o voar da pomba branca
Buscando felicidade e amor
Vê a criança que brinca
Num jardim em flor
De: Fernando Ramos
521
setembro 18, 2006
LUA CURIOSA
LUA CURIOSA
No universo das nossas noites de vigília,
vemos se abrirem portas na lua nova,
que nos espreita
Lua essa, que traz a calmaria,
de bem amar, e que nos embriaga
com sua cálida luz
Temo-la como testemunha,
dos abraços, dos ais,
e dos nossos murmúrios nocturnos
Ela nos observa no seu céu
de tantos encantos,
dando brilho a teus cabelos
como se estrelas douradas fossem
Eles que se movem sobre meu peito,
onde os acaricio
E por tuas costas faço deslizar suavemente
meus dedos, explorando impunemente
teus segredos, onde subtilmente
entramos num jogo de prazer sublime
que nos deixa um dentro do outro
E a nossa lua curiosa de absoluta
e rara beleza, colhe o mel do nosso gozo,
como um poema cristalino,
que é pura declaração de vida,
de esperança e de amor
Silenciosamente em meu corpo
deixas beijos que me fascinam,
fazendo desejar-te cada vez mais,
e que entendes bem no fundo de ti
E a lua, lá está parindo claridade
com seu brilho fascinante,
como que, a sorrir para nós
de: fernando ramos
520
No universo das nossas noites de vigília,
vemos se abrirem portas na lua nova,
que nos espreita
Lua essa, que traz a calmaria,
de bem amar, e que nos embriaga
com sua cálida luz
Temo-la como testemunha,
dos abraços, dos ais,
e dos nossos murmúrios nocturnos
Ela nos observa no seu céu
de tantos encantos,
dando brilho a teus cabelos
como se estrelas douradas fossem
Eles que se movem sobre meu peito,
onde os acaricio
E por tuas costas faço deslizar suavemente
meus dedos, explorando impunemente
teus segredos, onde subtilmente
entramos num jogo de prazer sublime
que nos deixa um dentro do outro
E a nossa lua curiosa de absoluta
e rara beleza, colhe o mel do nosso gozo,
como um poema cristalino,
que é pura declaração de vida,
de esperança e de amor
Silenciosamente em meu corpo
deixas beijos que me fascinam,
fazendo desejar-te cada vez mais,
e que entendes bem no fundo de ti
E a lua, lá está parindo claridade
com seu brilho fascinante,
como que, a sorrir para nós
de: fernando ramos
520
SE A ROSA...
SE A ROSA...
Se a rosa não envelhece
Meu amor por ti, também não
O coração, do teu padece
E te deseja sem ilusão
Se a rosa não viver
Deito lágrimas no momento
Teu amor vou perder
Esta vida, eu lamento
Se a rosa chorar
Sofrerei sem pudor
Mas eu não vou deixar
Cair lágrimas ao amor
Se a rosa sonhar
Tenho no peito uma paixão
Que por ti está arfar
Querendo só teu coração
Se a rosa por mim for beijada
Muita ternura vais ter
És uma mulher desejada
P’lo meu ser, que te vai querer
de: fernando ramos
519
Se a rosa não envelhece
Meu amor por ti, também não
O coração, do teu padece
E te deseja sem ilusão
Se a rosa não viver
Deito lágrimas no momento
Teu amor vou perder
Esta vida, eu lamento
Se a rosa chorar
Sofrerei sem pudor
Mas eu não vou deixar
Cair lágrimas ao amor
Se a rosa sonhar
Tenho no peito uma paixão
Que por ti está arfar
Querendo só teu coração
Se a rosa por mim for beijada
Muita ternura vais ter
És uma mulher desejada
P’lo meu ser, que te vai querer
de: fernando ramos
519
setembro 17, 2006
ADVINHAR O AMOR
ADVINHAR O AMOR
(soneto)
Quase sempre se advinha o amor
Pelo sorriso, e até pelo olhar
São tempos de enorme esplendor
Deles, nos queremos regalar
Então, sentimos o coração
Serpenteando apressadamente
Num bom caminho de ilusão
Fazendo-nos amar estupidamente
E nossos sentidos vão perceber
A nossa alma que ficou tatuada
Do sorriso, que nunca vamos esquecer
Ele, nos ligará em exuberância
Numa uma longa vida amada
Que quereremos em abundância
De: fernando ramos
518
(soneto)
Quase sempre se advinha o amor
Pelo sorriso, e até pelo olhar
São tempos de enorme esplendor
Deles, nos queremos regalar
Então, sentimos o coração
Serpenteando apressadamente
Num bom caminho de ilusão
Fazendo-nos amar estupidamente
E nossos sentidos vão perceber
A nossa alma que ficou tatuada
Do sorriso, que nunca vamos esquecer
Ele, nos ligará em exuberância
Numa uma longa vida amada
Que quereremos em abundância
De: fernando ramos
518
SAUDADE DA PARTIDA
SAUDADE DA PARTIDA
Saudade, palavra triste e exótica
A sinto com emoção e beleza
Recorda minha vida caótica
De um tempo tido, em dureza
Saudade, fica gravada na vida
Quando a despedida chega
De alguém que foi de partida,
Que meu coração aconchega
Saudade, foi o que restou
Depois dessa partida precoce
Minha tristeza ai começou,
Meu peito dela, tomou posse
Saudade, irá acabar
E minha nostalgia também
Porque quem partiu vai chegar,
E meu coração fica bem
De: fernando ramos
517
Saudade, palavra triste e exótica
A sinto com emoção e beleza
Recorda minha vida caótica
De um tempo tido, em dureza
Saudade, fica gravada na vida
Quando a despedida chega
De alguém que foi de partida,
Que meu coração aconchega
Saudade, foi o que restou
Depois dessa partida precoce
Minha tristeza ai começou,
Meu peito dela, tomou posse
Saudade, irá acabar
E minha nostalgia também
Porque quem partiu vai chegar,
E meu coração fica bem
De: fernando ramos
517
setembro 16, 2006
FADISTA APAIXONADA
FADISTA APAIXONADA
Arrasta a voz com emoção
Nas difíceis palavras de clamor
Bem choradas no silêncio do coração
Tão cruas, e vestidas em rigor
Sua rouquidão atravessa a madrugada
E nos ombros ajeita seu xaile de cetim
Uma mágoa, p’ra ela vai destinada
Num fado, de memórias sem fim
E no absoluto silêncio de cumplicidade
Escuta-se a fadista que rói a saudade
Aquele fado murmura sua verdade
Da separação ocorrida na cidade
Naquela casa, ouvem seu grito
Sumindo na voz de infelicidade
Na mesa, alguém se sente aflito
P’lo sentimento de tanta intensidade
Ela canta, e sua tristeza engrandece
E a guitarra sofrida a quer acarinhar
Buscando amor, p’ra quem tanto padece
De paixão, que do peito se foi desalojar
Suas lágrimas, são pétalas de flores
Que caem naquele rosto apaixonado
Perdeu um amor, de muitos mil sabores
Deixou seu coração, muito despedaçado
E no poema, que canta em esplendor
Está branda nostalgia do momento
Por ter perdido seu grande amor
Que agora, só lhe traz sofrimento
De: fernando ramos
515
Arrasta a voz com emoção
Nas difíceis palavras de clamor
Bem choradas no silêncio do coração
Tão cruas, e vestidas em rigor
Sua rouquidão atravessa a madrugada
E nos ombros ajeita seu xaile de cetim
Uma mágoa, p’ra ela vai destinada
Num fado, de memórias sem fim
E no absoluto silêncio de cumplicidade
Escuta-se a fadista que rói a saudade
Aquele fado murmura sua verdade
Da separação ocorrida na cidade
Naquela casa, ouvem seu grito
Sumindo na voz de infelicidade
Na mesa, alguém se sente aflito
P’lo sentimento de tanta intensidade
Ela canta, e sua tristeza engrandece
E a guitarra sofrida a quer acarinhar
Buscando amor, p’ra quem tanto padece
De paixão, que do peito se foi desalojar
Suas lágrimas, são pétalas de flores
Que caem naquele rosto apaixonado
Perdeu um amor, de muitos mil sabores
Deixou seu coração, muito despedaçado
E no poema, que canta em esplendor
Está branda nostalgia do momento
Por ter perdido seu grande amor
Que agora, só lhe traz sofrimento
De: fernando ramos
515
setembro 15, 2006
RUGIDO DE ENCANTO
RUGIDO DE ENCANTO
A leoa, anda bela e vigorante
Vagueando entre capim e folhagem
Seduz seu macho possante
Satisfazendo ali, sua libertinagem
Inquietos, cumprindo seu cio
Os animais se unem como amantes
Dá-lhes prazer cómodo e sem frio
Que várias vezes, os deixam ofegantes
E em rugidos de grande encanto
Se entregam, há animalesca vontade
Os leões, seu mel saboreiam tanto
No gozo total de sua intimidade
Nesses dias irrequietos, de sem medo
Nada os fazem parar na sua postura
Satisfazendo-se de um prazer soberbo
Onde rugem por gozar tanta doçura
Acabando prostrados na relva
Termina ali, sua total ternura
Continuando seus destinos p’la selva
Até outro cio, p’ra nova loucura
De: fernando ramos
514
A leoa, anda bela e vigorante
Vagueando entre capim e folhagem
Seduz seu macho possante
Satisfazendo ali, sua libertinagem
Inquietos, cumprindo seu cio
Os animais se unem como amantes
Dá-lhes prazer cómodo e sem frio
Que várias vezes, os deixam ofegantes
E em rugidos de grande encanto
Se entregam, há animalesca vontade
Os leões, seu mel saboreiam tanto
No gozo total de sua intimidade
Nesses dias irrequietos, de sem medo
Nada os fazem parar na sua postura
Satisfazendo-se de um prazer soberbo
Onde rugem por gozar tanta doçura
Acabando prostrados na relva
Termina ali, sua total ternura
Continuando seus destinos p’la selva
Até outro cio, p’ra nova loucura
De: fernando ramos
514
setembro 14, 2006
MUNDO ENTRE PORTAS
MUNDO ENTRE PORTAS
Entre nós, existe um mundo
Onde portas se fecham, e abrem
Por lá, se vai vivendo ao segundo
Tantos seu futuro não sabem
Vai-se morrendo sem dó nem piedade
Nesse mundo de parco viver
Alguns entregam por caridade
O pão, que uns poucos vão comer
Lá, por vezes não é importante
Saber qual amanhã que vai chegar
Ele virá triste e desconfortante
Até um final que não é possível adiar
Quem vive nesse mundo entre portas
Que para muitos estão abertas ou fechadas
Suas esperanças, dentro delas estão mortas
E suas curtas vidas desencontradas
O povo, que desse mundo não pode sair
Resta-lhes apenas um sonho preciso
P’ro infinito, rapidamente querem partir
Onde Deus os espera, em seu Santo Paraíso
De: fernando ramos
513
Entre nós, existe um mundo
Onde portas se fecham, e abrem
Por lá, se vai vivendo ao segundo
Tantos seu futuro não sabem
Vai-se morrendo sem dó nem piedade
Nesse mundo de parco viver
Alguns entregam por caridade
O pão, que uns poucos vão comer
Lá, por vezes não é importante
Saber qual amanhã que vai chegar
Ele virá triste e desconfortante
Até um final que não é possível adiar
Quem vive nesse mundo entre portas
Que para muitos estão abertas ou fechadas
Suas esperanças, dentro delas estão mortas
E suas curtas vidas desencontradas
O povo, que desse mundo não pode sair
Resta-lhes apenas um sonho preciso
P’ro infinito, rapidamente querem partir
Onde Deus os espera, em seu Santo Paraíso
De: fernando ramos
513
MEU VIOLÃO
MEU VIOLÃO
Toco o meu violão,
com prazer e fantasia
Suas cordas, deslizam por minha mão
valsando notas, de esperança e alegria
Vai comigo p’ra todo lado,
dele nunca me vou separar
Componho musicas de algum pecado,
que delas alguém vai gostar
Este violão é a minha vida,
nunca o vou querer perder
Tomei uma atitude decidida,
que só o deixo quando morrer
Meu violão, meu grande amor,
se vais embora eu vou sofrer
Nunca me causes tal dor,
de ti não quero padecer
Tu és o meu doce enlevo,
que me fazes arfar, arfar
Teus acordes me mantém sereno
com vontade de te acompanhar
Fazes de mim um virtuoso
e por tuas notas ando a vaguear
Tocas um chorinho carinhoso
P’ra nossas vidas deslumbrar
de: fernando ramos
511
Toco o meu violão,
com prazer e fantasia
Suas cordas, deslizam por minha mão
valsando notas, de esperança e alegria
Vai comigo p’ra todo lado,
dele nunca me vou separar
Componho musicas de algum pecado,
que delas alguém vai gostar
Este violão é a minha vida,
nunca o vou querer perder
Tomei uma atitude decidida,
que só o deixo quando morrer
Meu violão, meu grande amor,
se vais embora eu vou sofrer
Nunca me causes tal dor,
de ti não quero padecer
Tu és o meu doce enlevo,
que me fazes arfar, arfar
Teus acordes me mantém sereno
com vontade de te acompanhar
Fazes de mim um virtuoso
e por tuas notas ando a vaguear
Tocas um chorinho carinhoso
P’ra nossas vidas deslumbrar
de: fernando ramos
511
setembro 13, 2006
SEDE DE DEUS
SEDE DE DEUS
Vivi na longa escuridão
E p’lo Divino fui iluminado
Comigo morava a solidão
Agora de fé, estou tocado
Ele mostrou-me, o que não queria ver
E fiquei deveras preocupado
Por tanto tempo andar a perder
Sem seu amor, agora encontrado
Neste meu brando despertar
Minha vida totalmente mudou
A luz que minha alma veio habitar
Faz-me revelar, que só não estou
Agradeço ao Altíssimo Deus
Por tanta bondade sua
Amo outros irmãos meus
E a escuridão, em mim recua
Agora, sou escravo da alegria
E p’ra um futuro despertei
Terminou minha agonia
Em solidão não mais viverei
Na minha busca de verdade
A sede de Deus fui encontrar
A ele, devo minha liberdade
P’ra sempre o irei amar
De: fernando ramos
510
Vivi na longa escuridão
E p’lo Divino fui iluminado
Comigo morava a solidão
Agora de fé, estou tocado
Ele mostrou-me, o que não queria ver
E fiquei deveras preocupado
Por tanto tempo andar a perder
Sem seu amor, agora encontrado
Neste meu brando despertar
Minha vida totalmente mudou
A luz que minha alma veio habitar
Faz-me revelar, que só não estou
Agradeço ao Altíssimo Deus
Por tanta bondade sua
Amo outros irmãos meus
E a escuridão, em mim recua
Agora, sou escravo da alegria
E p’ra um futuro despertei
Terminou minha agonia
Em solidão não mais viverei
Na minha busca de verdade
A sede de Deus fui encontrar
A ele, devo minha liberdade
P’ra sempre o irei amar
De: fernando ramos
510
SOMOS FILHOS DE OPERÁRIOS
SOMOS FILHOS DE OPERÁRIOS
Somos filhos de operários, sentimos orgulho
Comeram o pão que o diabo amassou
Toda a vida labutaram bem no duro
Até à velhice, que infelizmente terminou
Estes operários que filhos criaram
São meus pais de absoluto amor
Por nós muito se sacrificaram
Dando-nos o pão do seu labor
Recordo-os, na incomensurável saudade
E seu amor p’ra nós, é a voz de Deus
Deixaram em meu coração sua bondade
Como a todos outros, irmãos meus
Seus exemplos, é nossa esperança
E um dia, os voltaremos abraçar
No céu, Deus lhes oferece a bonança
Que a vida cá, não lhes soube dar
Foram operários, toda sua vida
Com prazer, honra, e gratidão
Deram-nos tudo, até à sua partida
Herdámos um mar de amor, no coração
de: fernando ramos
509
Somos filhos de operários, sentimos orgulho
Comeram o pão que o diabo amassou
Toda a vida labutaram bem no duro
Até à velhice, que infelizmente terminou
Estes operários que filhos criaram
São meus pais de absoluto amor
Por nós muito se sacrificaram
Dando-nos o pão do seu labor
Recordo-os, na incomensurável saudade
E seu amor p’ra nós, é a voz de Deus
Deixaram em meu coração sua bondade
Como a todos outros, irmãos meus
Seus exemplos, é nossa esperança
E um dia, os voltaremos abraçar
No céu, Deus lhes oferece a bonança
Que a vida cá, não lhes soube dar
Foram operários, toda sua vida
Com prazer, honra, e gratidão
Deram-nos tudo, até à sua partida
Herdámos um mar de amor, no coração
de: fernando ramos
509
ESPELHO SEM DÓ
ESPELHO SEM DÓ
Estás sentada, tens na tua frente o espelho
Olhas o rosto, e reparas em tuas rugas,
e pensas:
Como o tempo passou meu Deus!
E notas que ruga após ruga
há nelas histórias de tua vida,
que estão escritas num livro
onde diariamente deixas
lá momentos vencedores e vencidos,
até, o inicio de vida a dois lá está
Um grande amor te aconteceu
e contigo vive até hoje,
apesar de já ter passado alguns anos
Anos que foram de muitos altos e baixos,
anos que trazem lembranças de bons,
e menos bons registos
Olhas p’ro lado desse espelho
e vês fotos de quando eras muito mais nova
Uma lágrima cai no teu infinito,
e vem com uma leve brisa de tristeza
De repente, te lembras dos filhos, ai sorris...
Sentes saudades das suas meninices,
ou quando em bebés te sugavam os seios,
na sua sofreguidão de viver ,
oferecendo-te um feliz natal à vida
Isso por momentos te conforta,
mas novamente a tristeza surge em teu rosto
Outra ruga que teimosamente se vinca
na tua pele, traz outras recordações
menos positivas, como quando foi a saída
dos filhos do teu lar, porque também eles
encontraram o seu grande amor
Outra lágrima acontece, mas esta não chega
ao teu infinito diário de recordações
Porque apesar de estares menos jovem,
contigo ainda está o amor de tua vida,
que o preservas como um acto de posse
Esse, que ainda te preenche as noites
E te as torna sempre doces, nem
que seja só para te aconchegares a ele
e sentires seu calor, o seu respirar
Ou então, com um sorriso
lembras-te que na morna luz da tarde,
com ele passeias todos os dias p’lo vosso
jardim, onde tantas, e tantas vezes se amaram,
como um poema de Florbela Espanca
Maldito espelho sem dó,
pensas:
Porque me envelheces?
E outra lágrima cai
no teu infinito de lembranças
De: fernando ramos
508
Estás sentada, tens na tua frente o espelho
Olhas o rosto, e reparas em tuas rugas,
e pensas:
Como o tempo passou meu Deus!
E notas que ruga após ruga
há nelas histórias de tua vida,
que estão escritas num livro
onde diariamente deixas
lá momentos vencedores e vencidos,
até, o inicio de vida a dois lá está
Um grande amor te aconteceu
e contigo vive até hoje,
apesar de já ter passado alguns anos
Anos que foram de muitos altos e baixos,
anos que trazem lembranças de bons,
e menos bons registos
Olhas p’ro lado desse espelho
e vês fotos de quando eras muito mais nova
Uma lágrima cai no teu infinito,
e vem com uma leve brisa de tristeza
De repente, te lembras dos filhos, ai sorris...
Sentes saudades das suas meninices,
ou quando em bebés te sugavam os seios,
na sua sofreguidão de viver ,
oferecendo-te um feliz natal à vida
Isso por momentos te conforta,
mas novamente a tristeza surge em teu rosto
Outra ruga que teimosamente se vinca
na tua pele, traz outras recordações
menos positivas, como quando foi a saída
dos filhos do teu lar, porque também eles
encontraram o seu grande amor
Outra lágrima acontece, mas esta não chega
ao teu infinito diário de recordações
Porque apesar de estares menos jovem,
contigo ainda está o amor de tua vida,
que o preservas como um acto de posse
Esse, que ainda te preenche as noites
E te as torna sempre doces, nem
que seja só para te aconchegares a ele
e sentires seu calor, o seu respirar
Ou então, com um sorriso
lembras-te que na morna luz da tarde,
com ele passeias todos os dias p’lo vosso
jardim, onde tantas, e tantas vezes se amaram,
como um poema de Florbela Espanca
Maldito espelho sem dó,
pensas:
Porque me envelheces?
E outra lágrima cai
no teu infinito de lembranças
De: fernando ramos
508
A LUA E AS MADRUGADAS
A LUA E AS MADRUGADAS
(soneto)
Vejo o raiar da lua
Ao nascer da escuridão bela
A noite é minha, é tua
Da lua, todos gostamos dela
É, alegria das madrugadas
Nelas definimos juras de amor
A lua, e elas são felizardas
Assistem ao nosso esplendor
Temos a lua no coração
E as madrugadas no sentimento
Quando a olhamos, sentimos emoção
Que perpetuamos o acontecimento
A lua será o nosso aconchego
As madrugadas, o desassossego
De: Fernando Ramos
507
(soneto)
Vejo o raiar da lua
Ao nascer da escuridão bela
A noite é minha, é tua
Da lua, todos gostamos dela
É, alegria das madrugadas
Nelas definimos juras de amor
A lua, e elas são felizardas
Assistem ao nosso esplendor
Temos a lua no coração
E as madrugadas no sentimento
Quando a olhamos, sentimos emoção
Que perpetuamos o acontecimento
A lua será o nosso aconchego
As madrugadas, o desassossego
De: Fernando Ramos
507
setembro 11, 2006
TEU SORRISO, MEU FAROL
TEU SORRISO, O MEU FAROL
Longas são as horas,
os dias, e até os anos
Mas neste percurso de tempo,
teu sorriso enche minha alma
Ele, é envolvido numa auréola,
que sem esforço e dedicação
me embebeda de prazer
Sinto um mundo brilhante
nesse teu sorriso,
onde só de o olhar,
construo meu caminho
num mimo perfeito e sem dor
Nele, apenas procuro o fácil
e o rápido de alcançar,
o sabor da vida
Aquele sabor que nos deixa feliz
por ter esse sorriso, livre de más
vontades e de rancor
Pobres aqueles, que não sonham
sequer com um sorriso desses,
que é para sempre meu,
o meu farol
Ele me indica o caminho certo
do teu bom porto,
onde irei ancorar
E me fará sempre ir mais além,
em busca da felicidade a teu lado,
que se vai cimentando no teu
exuberante sorriso
de: fernando ramos
503
Longas são as horas,
os dias, e até os anos
Mas neste percurso de tempo,
teu sorriso enche minha alma
Ele, é envolvido numa auréola,
que sem esforço e dedicação
me embebeda de prazer
Sinto um mundo brilhante
nesse teu sorriso,
onde só de o olhar,
construo meu caminho
num mimo perfeito e sem dor
Nele, apenas procuro o fácil
e o rápido de alcançar,
o sabor da vida
Aquele sabor que nos deixa feliz
por ter esse sorriso, livre de más
vontades e de rancor
Pobres aqueles, que não sonham
sequer com um sorriso desses,
que é para sempre meu,
o meu farol
Ele me indica o caminho certo
do teu bom porto,
onde irei ancorar
E me fará sempre ir mais além,
em busca da felicidade a teu lado,
que se vai cimentando no teu
exuberante sorriso
de: fernando ramos
503
setembro 10, 2006
O ESTORNINHO
O ESTORNINHO
Ando por aqui perdida
Não encontro meu poleiro
Sou ave, em busca de comida
Ainda sofro um tiro certeiro
Vou de galho em galho
Procurando meu conforto
Assim um caçador baralho
Senão ainda apareço morto
E neste meu voar baixinho,
Minha vida é de perigos sem fim
Sou um Estorninho pequenino
Que voa, voa, voa por ai
Quero construir meu ninho
Bem juntinho ao mar
Lá, a brisa vem de mansinho,
E não virá ninguém me caçar
Ali morarei, e irei viver,
Mais tempo que o normal
Por lá arranjarei de comer,
E nenhum tiro me será fatal
de: fernando ramos
501
Ando por aqui perdida
Não encontro meu poleiro
Sou ave, em busca de comida
Ainda sofro um tiro certeiro
Vou de galho em galho
Procurando meu conforto
Assim um caçador baralho
Senão ainda apareço morto
E neste meu voar baixinho,
Minha vida é de perigos sem fim
Sou um Estorninho pequenino
Que voa, voa, voa por ai
Quero construir meu ninho
Bem juntinho ao mar
Lá, a brisa vem de mansinho,
E não virá ninguém me caçar
Ali morarei, e irei viver,
Mais tempo que o normal
Por lá arranjarei de comer,
E nenhum tiro me será fatal
de: fernando ramos
501
setembro 08, 2006
SANTA UNÇÃO
SANTA UNÇÃO
Neste meu momento final
Vejo a luz bem pertinho
É Deus que dá o sinal
indicando-me seu caminho
Preso à vida ainda estou
Aguardando a Santa Unção
Murmúrios meus lábios rezou
Por minha pena, e perdão
Ouço trinados celestiais
Numa guitarra vadia
Chorando lágrimas mortais
De um fado que ela gemia
Os Anjos me estão a chamar
E no Evangelho está na hora
Meu coração vai parar
Num paraíso que adora
Neste momento da partida
Eu me entrego ao Criador
A alma, do corpo está de saída
Num um último suspiro sem dor
E no céu de felicidade
Encontro Deus e sua razão
Os Santos em liberdade
Me deram a Santa Unção
de: fernando ramos
500
Neste meu momento final
Vejo a luz bem pertinho
É Deus que dá o sinal
indicando-me seu caminho
Preso à vida ainda estou
Aguardando a Santa Unção
Murmúrios meus lábios rezou
Por minha pena, e perdão
Ouço trinados celestiais
Numa guitarra vadia
Chorando lágrimas mortais
De um fado que ela gemia
Os Anjos me estão a chamar
E no Evangelho está na hora
Meu coração vai parar
Num paraíso que adora
Neste momento da partida
Eu me entrego ao Criador
A alma, do corpo está de saída
Num um último suspiro sem dor
E no céu de felicidade
Encontro Deus e sua razão
Os Santos em liberdade
Me deram a Santa Unção
de: fernando ramos
500
PRIMAVERAS FRESCAS
PRIMAVERAS FRESCAS
A primavera nas estações aparece
Num suave jardim silvestre
Onde o florir acontece
Na bonita magia campestre
E nuvens, se vão sumindo no tempo
Com primaveras frescas de rosas mil
Que brotam fragrâncias ao vento
Nas chuvas de Março e Abril
Bem hajam jardins floridos
Compostos de tantas flores
Oferecidas a corações coloridos
Repletos de puros amores
A primavera é sinal da vida
Causa-nos algum bem estar
É como a paixão sentida
Nascida para quem vai amar
Ela tem o Verão há porta
Que de mansinho deixará entrar
Nele a primavera se conforta
No seu calorzinho de abrasar
De: fernando ramos
499
A primavera nas estações aparece
Num suave jardim silvestre
Onde o florir acontece
Na bonita magia campestre
E nuvens, se vão sumindo no tempo
Com primaveras frescas de rosas mil
Que brotam fragrâncias ao vento
Nas chuvas de Março e Abril
Bem hajam jardins floridos
Compostos de tantas flores
Oferecidas a corações coloridos
Repletos de puros amores
A primavera é sinal da vida
Causa-nos algum bem estar
É como a paixão sentida
Nascida para quem vai amar
Ela tem o Verão há porta
Que de mansinho deixará entrar
Nele a primavera se conforta
No seu calorzinho de abrasar
De: fernando ramos
499
setembro 06, 2006
O VELHO DA CALÇADA DE ALFAMA
O VELHO DA CALÇADA DE ALFAMA
Num passo lento e seguro
A calçada é subida com magia
Por um homem velho, mas duro
Que nela vai sem nostalgia
Aquela calçada de algum engano
Onde o tempo, é o seu dono
Ao velho causam-lhe dano
Na subida que o leva ao trono
E dia após dia, o ritual é cumprido
Num cansaço que não desaparece
E naquele absurdo silêncio sumido
O velho de Alfama, não esmorece
No seu caminhar de absoluta beleza
O homem velho, sonatas de amor oferece
Aos novos que o olham com subtileza
Na calçada onde o sonho não padece
E ele, por ali acima vai
Conhecendo cada pedra da calçada
Uma lágrima do seu rosto, cai
No chão, onde sua vida foi caminhada
de: fernando ramos
498
Num passo lento e seguro
A calçada é subida com magia
Por um homem velho, mas duro
Que nela vai sem nostalgia
Aquela calçada de algum engano
Onde o tempo, é o seu dono
Ao velho causam-lhe dano
Na subida que o leva ao trono
E dia após dia, o ritual é cumprido
Num cansaço que não desaparece
E naquele absurdo silêncio sumido
O velho de Alfama, não esmorece
No seu caminhar de absoluta beleza
O homem velho, sonatas de amor oferece
Aos novos que o olham com subtileza
Na calçada onde o sonho não padece
E ele, por ali acima vai
Conhecendo cada pedra da calçada
Uma lágrima do seu rosto, cai
No chão, onde sua vida foi caminhada
de: fernando ramos
498
OS NARCISOS DO NOSSO JARDIM
OS NARCISOS DO NOSSO JARDIM
Olho os Narcisos do nosso jardim,
onde dizias:
Eles são o nosso
puro sentimento de amor,
que nos acompanharão sempre
Há mesma hora do dia,
estou sempre por aqui
desde que meu coração
ficou só, e na espera
que se torna eterna
Aqui, onde planeámos,
beijamo-nos, e nos amámos,
numa mitiga esperança
de vivência comum,
deixadas em eternas juras de amor
tínhamos os lindos Narcisos
Como testemunhas
da nossa ternurenta
paixão sem pecado
Lembro-me em cada pétala
das nossas juras,
das gargalhadas de felicidade,
dos nossos murmúrios
sem dogmas e sem leis
Agora meu coração sangra
por ti, na companhia
dos nossos Narcisos,
deste jardim dos gloriosos
dias que juntos sonhávamos
Hoje, o tempo para mim parou
Partiste com os Anjos
para a glorificação
eterna de Deus
E eu, eu fiquei só, tão só,
até que os Narcisos
já não apresentam
a mesma frescura
O nosso jardim entristeceu
Agora, espreito o horizonte
com uma réstia de esperança,
aguardando que os Anjos
também me levem p’ra junto de ti,
onde te entregarei,
alguns dos nossos lindos Narcisos
de: fernando ramos
497
Olho os Narcisos do nosso jardim,
onde dizias:
Eles são o nosso
puro sentimento de amor,
que nos acompanharão sempre
Há mesma hora do dia,
estou sempre por aqui
desde que meu coração
ficou só, e na espera
que se torna eterna
Aqui, onde planeámos,
beijamo-nos, e nos amámos,
numa mitiga esperança
de vivência comum,
deixadas em eternas juras de amor
tínhamos os lindos Narcisos
Como testemunhas
da nossa ternurenta
paixão sem pecado
Lembro-me em cada pétala
das nossas juras,
das gargalhadas de felicidade,
dos nossos murmúrios
sem dogmas e sem leis
Agora meu coração sangra
por ti, na companhia
dos nossos Narcisos,
deste jardim dos gloriosos
dias que juntos sonhávamos
Hoje, o tempo para mim parou
Partiste com os Anjos
para a glorificação
eterna de Deus
E eu, eu fiquei só, tão só,
até que os Narcisos
já não apresentam
a mesma frescura
O nosso jardim entristeceu
Agora, espreito o horizonte
com uma réstia de esperança,
aguardando que os Anjos
também me levem p’ra junto de ti,
onde te entregarei,
alguns dos nossos lindos Narcisos
de: fernando ramos
497
setembro 05, 2006
TUAS PÁGINAS NÃO LIDAS
TUAS PÁGINAS NÃO LIDAS
(soneto)
Ao ler o livro de teu corpo
Encontro folhas perdidas
Murmúro a revolta num sopro
Por essas páginas não lidas
Leio-as todas no nosso leito
Com o entusiasmo de sempre
Passarei uma, a uma, do mesmo jeito
Quando de paixão te deixo ardente
Nesse teu livro de amor
Eu, o vou ler em fervor
Sentindo tua doce emoção
Como um trampolim de sonhos
Que não traz dias tristonhos
Ao meu pobre e feliz coração
De: fernando ramos
496
(soneto)
Ao ler o livro de teu corpo
Encontro folhas perdidas
Murmúro a revolta num sopro
Por essas páginas não lidas
Leio-as todas no nosso leito
Com o entusiasmo de sempre
Passarei uma, a uma, do mesmo jeito
Quando de paixão te deixo ardente
Nesse teu livro de amor
Eu, o vou ler em fervor
Sentindo tua doce emoção
Como um trampolim de sonhos
Que não traz dias tristonhos
Ao meu pobre e feliz coração
De: fernando ramos
496
GOLPE INFELIZ
GOLPE INFELIZ
Num golpe infeliz e despropositado,
Nesta guerra besta e sem lei
Alguém foi baleado,
E minha fuga não preparei
Na garupa de um cavalo branco,
Fujo montado da raiva e do desespero
Com a crueldade, e ódio, que não é tanto
Desta guerra de exagero
Peço aos guardiões de meu inferno,
Que não falem no destino traçado
Estupidamente matei neste inverno,
Num acto triste e consumado
Sei que me espera a solidão,
Nem o purgatório me salvará
A Deus imploro seu perdão,
Meu espirito jamais matará
E num campo de narcisos brancos,
Quero que meu corpo seja sepultado
Junto de heróis vencidos por uns quantos
Daquele lugar onde me sinto culpado
De: fernando ramos
495
Num golpe infeliz e despropositado,
Nesta guerra besta e sem lei
Alguém foi baleado,
E minha fuga não preparei
Na garupa de um cavalo branco,
Fujo montado da raiva e do desespero
Com a crueldade, e ódio, que não é tanto
Desta guerra de exagero
Peço aos guardiões de meu inferno,
Que não falem no destino traçado
Estupidamente matei neste inverno,
Num acto triste e consumado
Sei que me espera a solidão,
Nem o purgatório me salvará
A Deus imploro seu perdão,
Meu espirito jamais matará
E num campo de narcisos brancos,
Quero que meu corpo seja sepultado
Junto de heróis vencidos por uns quantos
Daquele lugar onde me sinto culpado
De: fernando ramos
495
setembro 04, 2006
TEMPOS DE CHUVA
TEMPOS DE CHUVA
O Inverno se aproxima normalmente,
com o continuar da vida
Sempre do mesmo modo naturalmente,
como a onda, que areia chega vencida
São tempos de chuva que aí estão,
seguindo as estações do ano
Depois do Outono, que é seu irmão
chega o Inverno que causa dano
Nós também temos nosso Inverno,
que paulatinamente chega no tempo
Para alguns, por vezes é um inferno
na sua solidão de passo lento
Esses, são os nossos tempos de chuva
que a idade não perdoa
Onde a uns, a vida é mais turva,
porque a miséria a eles, lhes soa
E neste Inverno da vida,
pouco mais resta que esperar
A família, ás vezes não é uma saída
para quem precisa tanto de amar
de: fernando ramos
494
O Inverno se aproxima normalmente,
com o continuar da vida
Sempre do mesmo modo naturalmente,
como a onda, que areia chega vencida
São tempos de chuva que aí estão,
seguindo as estações do ano
Depois do Outono, que é seu irmão
chega o Inverno que causa dano
Nós também temos nosso Inverno,
que paulatinamente chega no tempo
Para alguns, por vezes é um inferno
na sua solidão de passo lento
Esses, são os nossos tempos de chuva
que a idade não perdoa
Onde a uns, a vida é mais turva,
porque a miséria a eles, lhes soa
E neste Inverno da vida,
pouco mais resta que esperar
A família, ás vezes não é uma saída
para quem precisa tanto de amar
de: fernando ramos
494
AMO A PÁTRIA
AMO A PÁTRIA
Amo esta pátria que é minha,
é tua, e de tantos outros
que ela acolhe
Ela me dá prazer, desilusão,
dissabores, e por vezes revolta
Mas que fazer...
Amo esta Pátria!
Deus que me explique porquê
este desamor e amor,
se ela é a dor, e o doce
no meu viver
Ela é a minha alma,
que um dia se vai soltar
de meu pobre corpo que fica
Mas a pátria...
A minha pátria,
vai com meu espirito,
e vamos os dois alegremente,
como se fosse um divertimento
de Mozartt
de: fernando ramos
493
Amo esta pátria que é minha,
é tua, e de tantos outros
que ela acolhe
Ela me dá prazer, desilusão,
dissabores, e por vezes revolta
Mas que fazer...
Amo esta Pátria!
Deus que me explique porquê
este desamor e amor,
se ela é a dor, e o doce
no meu viver
Ela é a minha alma,
que um dia se vai soltar
de meu pobre corpo que fica
Mas a pátria...
A minha pátria,
vai com meu espirito,
e vamos os dois alegremente,
como se fosse um divertimento
de Mozartt
de: fernando ramos
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setembro 01, 2006
UM NÃO PURO
UM NÃO PURO
Uma nuvem de negro pó,
cobre os raios solares da tarde
Que entra por uma janela só,
onde amarram quem não é cobarde
Ele, lá vive com a esperança,
a sua réstia de liberdade
Que a persegue, e não se cansa,
porque a procura de vontade
Quem o prende são os abutres do terror,
Jogam sua vida num inferno profundo
Obrigando-o a um refugiou de pavor,
com medo que ele fale ao mundo
Está sitiado na sua cidade,
não sai porque lhe espera a morte
Talvez a sua chave de liberdade
e por tudo que sofre, a sua sorte
É indesejado porque diz sua razão,
que não é a do poder instituído
Que lhe rouba, prende e maltrata sem a noção,
De ser a sina dos insatisfeitos de orgulho ferido
Diz que é preciso dizer não, um não puro
ao analfabetismo, à miséria e à justiça perdida
Eles o torturam, e o rodeiam com um muro,
que lhe ocultam o amor, a solidariedade, e a vida
São os esbirros que nada constróem,
nem o saber, a cultura, do teatro, uma cena
São os odiosos que tudo destroem,
só merecem desprezo e pena
E nesta prisão sem lei constituída,
padece um lutador de estigmas impostos
Que ama a vida, e quer a pátria renascida
Para um povo que à luta, estão dispostos
de: fernando ramos
492
Uma nuvem de negro pó,
cobre os raios solares da tarde
Que entra por uma janela só,
onde amarram quem não é cobarde
Ele, lá vive com a esperança,
a sua réstia de liberdade
Que a persegue, e não se cansa,
porque a procura de vontade
Quem o prende são os abutres do terror,
Jogam sua vida num inferno profundo
Obrigando-o a um refugiou de pavor,
com medo que ele fale ao mundo
Está sitiado na sua cidade,
não sai porque lhe espera a morte
Talvez a sua chave de liberdade
e por tudo que sofre, a sua sorte
É indesejado porque diz sua razão,
que não é a do poder instituído
Que lhe rouba, prende e maltrata sem a noção,
De ser a sina dos insatisfeitos de orgulho ferido
Diz que é preciso dizer não, um não puro
ao analfabetismo, à miséria e à justiça perdida
Eles o torturam, e o rodeiam com um muro,
que lhe ocultam o amor, a solidariedade, e a vida
São os esbirros que nada constróem,
nem o saber, a cultura, do teatro, uma cena
São os odiosos que tudo destroem,
só merecem desprezo e pena
E nesta prisão sem lei constituída,
padece um lutador de estigmas impostos
Que ama a vida, e quer a pátria renascida
Para um povo que à luta, estão dispostos
de: fernando ramos
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