julho 20, 2006
CAMÉLIAS COM AMOR
CAMÉLIAS COM AMOR
Louvamos à vida em alegria
Beijando as Camélias com amor
Cuidamo-las, à sombra do dia
Porque a vida sem elas, traz dor
Em exuberância exalam perfume
Vagueando a mitiga esperança
Suas fragrâncias no ar se sume
Levadas p’lo vento em aliança
Várias Camélias de cores e gostos
Embelezam meu jardim de prazer
Acariciando suas pétalas em meu rosto
Vem a certeza, de com elas o bom viver
Minhas Camélias que do bem és capaz
Contigo a vida tem outro sabor
Dás ao mundo tua beleza e paz
Brotando futuro de enorme esplendor
De: fernando ramos
16.3.2006
Louvamos à vida em alegria
Beijando as Camélias com amor
Cuidamo-las, à sombra do dia
Porque a vida sem elas, traz dor
Em exuberância exalam perfume
Vagueando a mitiga esperança
Suas fragrâncias no ar se sume
Levadas p’lo vento em aliança
Várias Camélias de cores e gostos
Embelezam meu jardim de prazer
Acariciando suas pétalas em meu rosto
Vem a certeza, de com elas o bom viver
Minhas Camélias que do bem és capaz
Contigo a vida tem outro sabor
Dás ao mundo tua beleza e paz
Brotando futuro de enorme esplendor
De: fernando ramos
16.3.2006
POBRES MENDIGOS
POBRES MENDIGOS
Vou vivendo, dormindo ao frio e à chuva
Na companhia de outros mendigos
Na cidade, na estrada ou numa curva
Somos vidas de passados incompreendidos
O céu de dia ou de noite, é o nosso telheiro
Andamos rotos, descalços, e em desalinho
Temos doença, e a fome como companheiro
Esperando a morte que chegue de mansinho
Vivemos por aí, sem enganos
Procurando a beata deitada fora
Contemplamos a natureza que amamos
Está sempre connosco a toda a hora
Cruzamos gentes, que nem nos olha
E com elas nem falamos
Somos um livro que não se desfolha
Guardado em baús, por muitos anos
Não passamos de pobres mendigos
Em busca de amor, por aqui, e ali
Somos muitos, e temos amigos
Que o distribuem bem, por aí
E em degraus de Igreja, que é nosso trono
Temos as noites frias como retiro
Deitados em velhos cartões, fazemos o sono
Até que um dia, pare nosso suspiro
De: fernando ramos
478
Vou vivendo, dormindo ao frio e à chuva
Na companhia de outros mendigos
Na cidade, na estrada ou numa curva
Somos vidas de passados incompreendidos
O céu de dia ou de noite, é o nosso telheiro
Andamos rotos, descalços, e em desalinho
Temos doença, e a fome como companheiro
Esperando a morte que chegue de mansinho
Vivemos por aí, sem enganos
Procurando a beata deitada fora
Contemplamos a natureza que amamos
Está sempre connosco a toda a hora
Cruzamos gentes, que nem nos olha
E com elas nem falamos
Somos um livro que não se desfolha
Guardado em baús, por muitos anos
Não passamos de pobres mendigos
Em busca de amor, por aqui, e ali
Somos muitos, e temos amigos
Que o distribuem bem, por aí
E em degraus de Igreja, que é nosso trono
Temos as noites frias como retiro
Deitados em velhos cartões, fazemos o sono
Até que um dia, pare nosso suspiro
De: fernando ramos
478
DIVINA SANTA LUZIA
DIVINA SANTA LUZIA
Na velha calçada que pisei
Para os lados de Santa Luzia
Rezei à Virgem tudo que sei
Até meus pecados na Mouraria
A penitência vai ser dura e sem Lei
Cumprida no miradouro Santa Luzia
Lá vou sofrer porque abandonei
Um coração, que a mim muito queria
Hoje caem lágrimas salgadas
Deste amor que fui afastar
Lembranças não são abençoadas
Porque dela andei a troçar
Depois das oportunidades me dadas
Ela, tenho de voltar a conquistar
À Divina, imploro paixões sonhadas
P’ra seu coração eu agarrar
Minha Santa Luzia peço perdão
Por tal imprudência cometida
Agora quem sofre, é meu coração
Por não ter ligado à paixão perdida
E por minha mente passa a união
Que por ela nunca foi conseguida
Na Igreja vou encontrar a razão
Da tristeza que dura na minha vida
De: fernando ramos
477
Na velha calçada que pisei
Para os lados de Santa Luzia
Rezei à Virgem tudo que sei
Até meus pecados na Mouraria
A penitência vai ser dura e sem Lei
Cumprida no miradouro Santa Luzia
Lá vou sofrer porque abandonei
Um coração, que a mim muito queria
Hoje caem lágrimas salgadas
Deste amor que fui afastar
Lembranças não são abençoadas
Porque dela andei a troçar
Depois das oportunidades me dadas
Ela, tenho de voltar a conquistar
À Divina, imploro paixões sonhadas
P’ra seu coração eu agarrar
Minha Santa Luzia peço perdão
Por tal imprudência cometida
Agora quem sofre, é meu coração
Por não ter ligado à paixão perdida
E por minha mente passa a união
Que por ela nunca foi conseguida
Na Igreja vou encontrar a razão
Da tristeza que dura na minha vida
De: fernando ramos
477
AMIGA, MEU AMOR
AMIGA, MEU AMOR
Minha amiga é aquela,
Que vem no horizonte
Está cansada, mas vem bela
Seu sorriso bonito, ela esconde
Vem cá minha doce amiga
Dou-te um abraço de conforto
Meu peito teu rosto abriga,
Vejo que trazes um desgosto
Ela mais tranquila ficou
Diz que sou sua paixão
Logo ali meu coração fraquejou
Por tão singela confissão
Por seus encantos ando perdido,
Mas esta atitude me surpreendeu
Agora tenho um amor correspondido,
Agradeço a Deus, o bem que me deu
De amiga, passou a meu amor
E a terei por toda a vida
Com ela não vou ter mais temor
De abraçar sua fadiga
De: fernando ramos
476
Minha amiga é aquela,
Que vem no horizonte
Está cansada, mas vem bela
Seu sorriso bonito, ela esconde
Vem cá minha doce amiga
Dou-te um abraço de conforto
Meu peito teu rosto abriga,
Vejo que trazes um desgosto
Ela mais tranquila ficou
Diz que sou sua paixão
Logo ali meu coração fraquejou
Por tão singela confissão
Por seus encantos ando perdido,
Mas esta atitude me surpreendeu
Agora tenho um amor correspondido,
Agradeço a Deus, o bem que me deu
De amiga, passou a meu amor
E a terei por toda a vida
Com ela não vou ter mais temor
De abraçar sua fadiga
De: fernando ramos
476
NOTICIAS DA MANHÃ
NOTICIAS DA MANHÃ
Leio as noticias da manhã,
nada que lá vem é novo
Noticias de guerra, fome,
miséria, e pouca paz
Não sei se é uma leitura
necessária, O que sei é que
elas nos deixam deprimidos
Por vezes vou para a rua
para o Espirito aliviar
Mas... azar, ao passar
na banca dos jornais,
lá está “escarrapachado”
em páginas meias amarelas
a vida no seu melhor, e pior
Porque se perde tempo a ler
as noticias dos jornais?
Se no nosso dia a dia
encontramos os mesmos
problemas das misérias do mundo
que são publicadas, ou não,
ao lado de nossa casa
As leio com a mesma singularidade,
com que saboreio o verde da natureza
Mas não encontro boas respostas nelas,
será melhor parar de ler?
Já pensei o fazer, mas não
Ler jornais é tão trivial para mim
Como o ar que respiro
Espero que amanhã as noticias
me tragam novos prazeres de viver,
e um sabor a mel a meus lábios
que velozmente as murmuram
E não a perversão do mundo,
cruel e inquieto, que exprime só,
e apenas só, a vida entre portas
de: fernando ramos
475
Leio as noticias da manhã,
nada que lá vem é novo
Noticias de guerra, fome,
miséria, e pouca paz
Não sei se é uma leitura
necessária, O que sei é que
elas nos deixam deprimidos
Por vezes vou para a rua
para o Espirito aliviar
Mas... azar, ao passar
na banca dos jornais,
lá está “escarrapachado”
em páginas meias amarelas
a vida no seu melhor, e pior
Porque se perde tempo a ler
as noticias dos jornais?
Se no nosso dia a dia
encontramos os mesmos
problemas das misérias do mundo
que são publicadas, ou não,
ao lado de nossa casa
As leio com a mesma singularidade,
com que saboreio o verde da natureza
Mas não encontro boas respostas nelas,
será melhor parar de ler?
Já pensei o fazer, mas não
Ler jornais é tão trivial para mim
Como o ar que respiro
Espero que amanhã as noticias
me tragam novos prazeres de viver,
e um sabor a mel a meus lábios
que velozmente as murmuram
E não a perversão do mundo,
cruel e inquieto, que exprime só,
e apenas só, a vida entre portas
de: fernando ramos
475
julho 19, 2006
MINHA PARTIDA
MINHA PARTIDA
Partirei já,
Mas partirei com pena
Irei para minha jangada
Aí ficarei olhando os peixes
Nadando para um lado,
E para outro, ao sabor da brisa
Lá receberei a natureza
Ouvindo o murmúrio das águas
Partirei já,
E partirei com amor
Na jangada viverei,
E vos levarei a todos no coração
Ali sorrirei para o mar,
Como hoje sorriu para a vida
Acariciarei as ondas
Com a certeza do dever cumprido
Partirei já,
Tomarei atenção à razão
Que sempre me alertou
Ouvirei meu espirito,
Com a mesma ternura
E saberei rir,
No preciso momento
Que o tempo para mim terminar
De: fernando ramos
472
Partirei já,
Mas partirei com pena
Irei para minha jangada
Aí ficarei olhando os peixes
Nadando para um lado,
E para outro, ao sabor da brisa
Lá receberei a natureza
Ouvindo o murmúrio das águas
Partirei já,
E partirei com amor
Na jangada viverei,
E vos levarei a todos no coração
Ali sorrirei para o mar,
Como hoje sorriu para a vida
Acariciarei as ondas
Com a certeza do dever cumprido
Partirei já,
Tomarei atenção à razão
Que sempre me alertou
Ouvirei meu espirito,
Com a mesma ternura
E saberei rir,
No preciso momento
Que o tempo para mim terminar
De: fernando ramos
472
O MUNDO É UMA ORQUESTRA
O MUNDO É UMA ORQUESTRA
O mundo é uma orquestra
Onde a natureza faz de música
Os violinos são como o sol
Tocando a melodia sublime
O rufar dos tambores, é a chuva,
Cujas gotas caem com os trovões
Levando a água do rio para o mar
Na mais perfeita harmonia
O Planeta gira, e gira
Parecendo a batuta do maestro
Fazendo tocar os instrumentos
A caminho de uma nota só
O mundo que nos rodeia
É a beleza humana com suas
Tragédias e acasos, como o
afinar ou desafinar da orquestra
Quando a vida encontra
A magia certa dos instrumentos
Seu ritmo faz dançar o amor
O mundo trona-se a batuta do maestro
Dirigindo pianos, flautas, e clarinetes,
Por pautas escritas a negro
Funcionam na perfeição, com melodias
de Chopin, Wagner, Mozartt ou Vivaldi
A natureza , é uma orquestra perfeita
Tocada com sentimento para um bolero
Por favor, poupem o mundo, e deixem
a melodia entrar pura, e cristalina
de: fernando ramos
471
O mundo é uma orquestra
Onde a natureza faz de música
Os violinos são como o sol
Tocando a melodia sublime
O rufar dos tambores, é a chuva,
Cujas gotas caem com os trovões
Levando a água do rio para o mar
Na mais perfeita harmonia
O Planeta gira, e gira
Parecendo a batuta do maestro
Fazendo tocar os instrumentos
A caminho de uma nota só
O mundo que nos rodeia
É a beleza humana com suas
Tragédias e acasos, como o
afinar ou desafinar da orquestra
Quando a vida encontra
A magia certa dos instrumentos
Seu ritmo faz dançar o amor
O mundo trona-se a batuta do maestro
Dirigindo pianos, flautas, e clarinetes,
Por pautas escritas a negro
Funcionam na perfeição, com melodias
de Chopin, Wagner, Mozartt ou Vivaldi
A natureza , é uma orquestra perfeita
Tocada com sentimento para um bolero
Por favor, poupem o mundo, e deixem
a melodia entrar pura, e cristalina
de: fernando ramos
471
O MUNDO É UMA ORQUESTRA
O MUNDO É UMA ORQUESTRA
O mundo é uma orquestra
Onde a natureza faz de música
Os violinos são como o sol
Tocando a melodia sublime
O rufar dos tambores, é a chuva,
Cujas gotas caem com os trovões
Levando a água do rio para o mar
Na mais perfeita harmonia
O Planeta gira, e gira
Parecendo a batuta do maestro
Fazendo tocar os instrumentos
A caminho de uma nota só
O mundo que nos rodeia
É a beleza humana com suas
Tragédias e acasos, como o
afinar ou desafinar da orquestra
Quando a vida encontra
A magia certa dos instrumentos
Seu ritmo faz dançar o amor
O mundo trona-se a batuta do maestro
Dirigindo pianos, flautas, e clarinetes,
Por pautas escritas a negro
Funcionam na perfeição, com melodias
de Chopin, Wagner, Mozartt ou Vivaldi
A natureza , é uma orquestra perfeita
Tocada com sentimento para um bolero
Por favor, poupem o mundo, e deixem
a melodia entrar pura, e cristalina
de: fernando ramos
471
O mundo é uma orquestra
Onde a natureza faz de música
Os violinos são como o sol
Tocando a melodia sublime
O rufar dos tambores, é a chuva,
Cujas gotas caem com os trovões
Levando a água do rio para o mar
Na mais perfeita harmonia
O Planeta gira, e gira
Parecendo a batuta do maestro
Fazendo tocar os instrumentos
A caminho de uma nota só
O mundo que nos rodeia
É a beleza humana com suas
Tragédias e acasos, como o
afinar ou desafinar da orquestra
Quando a vida encontra
A magia certa dos instrumentos
Seu ritmo faz dançar o amor
O mundo trona-se a batuta do maestro
Dirigindo pianos, flautas, e clarinetes,
Por pautas escritas a negro
Funcionam na perfeição, com melodias
de Chopin, Wagner, Mozartt ou Vivaldi
A natureza , é uma orquestra perfeita
Tocada com sentimento para um bolero
Por favor, poupem o mundo, e deixem
a melodia entrar pura, e cristalina
de: fernando ramos
471
julho 17, 2006
VERSOS CANTADOS P'LO TROVADOR
VERSOS CANTADOS P'LO TROVADOR
(soneto)
Meus versos cantados p’lo trovador
Com arte, candura e singeleza
Nus de intenções e muita beleza,
Gritando a vida pura e sem dor
Versos escritos, e não declamados
Um dia, junto da minha tumba final
Trazem paz e muito amor sem igual
A sedutoras de corações chorados
Versos inspirados, e sem ilusão
Deitados em minha escrita fina
Deram poemas ricos de sedução
Também de ódio, e amor valente
Cujos traços eu guardo na retina
E gravados em meu coração quente
De: fernando ramos
467
11s
(soneto)
Meus versos cantados p’lo trovador
Com arte, candura e singeleza
Nus de intenções e muita beleza,
Gritando a vida pura e sem dor
Versos escritos, e não declamados
Um dia, junto da minha tumba final
Trazem paz e muito amor sem igual
A sedutoras de corações chorados
Versos inspirados, e sem ilusão
Deitados em minha escrita fina
Deram poemas ricos de sedução
Também de ódio, e amor valente
Cujos traços eu guardo na retina
E gravados em meu coração quente
De: fernando ramos
467
11s
VIVER AGRIDOCE
VIVER AGRIDOCE
A vida tem altos,
E baixos
Momentos bons,
E maus
Épocas doces,
E épocas a fel
Nossa vida é assim,
Tumultuosa, calma
Problemática
Dias melhores,
Dias piores
E neste viver agridoce,
O melhor
É quando nos sobra alguma paz
Aquela paz que nos faz pensar
Que vale a pena acreditar
Andar por aqui,
É o sublime, o máximo
Mesmo que por vezes
Nuvens negras
Apareça num Inverno
da nossa vida
Mas um dia,
Um bonito sol
Surge no horizonte,
E mostra-nos que afinal
O agridoce da vida é mesmo assim
Faz parte de nós
Viver em agridoce,
É a natureza de tudo
É um mundo de paz, guerra
E acima de tudo
De desamores e amores
De: fernando ramos
466
A vida tem altos,
E baixos
Momentos bons,
E maus
Épocas doces,
E épocas a fel
Nossa vida é assim,
Tumultuosa, calma
Problemática
Dias melhores,
Dias piores
E neste viver agridoce,
O melhor
É quando nos sobra alguma paz
Aquela paz que nos faz pensar
Que vale a pena acreditar
Andar por aqui,
É o sublime, o máximo
Mesmo que por vezes
Nuvens negras
Apareça num Inverno
da nossa vida
Mas um dia,
Um bonito sol
Surge no horizonte,
E mostra-nos que afinal
O agridoce da vida é mesmo assim
Faz parte de nós
Viver em agridoce,
É a natureza de tudo
É um mundo de paz, guerra
E acima de tudo
De desamores e amores
De: fernando ramos
466
julho 16, 2006
DIA DA MULHER
DIA DA MULHER
(soneto)
hoje p’ra ti, é um bonito dia mulher
Despertas desejos de enorme furor
Apaixonas-te pelo homem que te quer
A quem te entregas em profundo amor
És pérola da vida, graça, magia
És o charme, a simpatia, a determinação
Tens o carisma, beleza e alegria
Inspiração, sensualidade, sedução
Vestes de branco, rosa, e de outra cor
Es sensível, de coração abrasador
És vida dos filhos, que de ti tem amor
És rainha de um trono, e da razão
És a musa dos poetas e do trovador
És a mulher que queremos no coração
De: fernando ramos
468
12s
Dia Internacional da Mulher
(soneto)
hoje p’ra ti, é um bonito dia mulher
Despertas desejos de enorme furor
Apaixonas-te pelo homem que te quer
A quem te entregas em profundo amor
És pérola da vida, graça, magia
És o charme, a simpatia, a determinação
Tens o carisma, beleza e alegria
Inspiração, sensualidade, sedução
Vestes de branco, rosa, e de outra cor
Es sensível, de coração abrasador
És vida dos filhos, que de ti tem amor
És rainha de um trono, e da razão
És a musa dos poetas e do trovador
És a mulher que queremos no coração
De: fernando ramos
468
12s
Dia Internacional da Mulher
DOCE ERUPÇÃO
DOCE ERUPÇÃO
(soneto)
Nossos corpos unem em exaltação
Por uma vontade de suspirar
Parecem a fornalha do vulcão
Que dá um sensual prazer de amar
Eles se entregam subtilmente
Na doce erupção que nos faz gritar
Dando cor a um sentimento ardente
Que apetece nesta forma de pecar
E na nossa total nudez pura
Sentimos este belo, e doce prazer
Numa paixão, que em nós perdura
Levando-nos à loucura sem dor
Na sublime vontade de gemer
Causada por um vai vem de amor
De: fernando ramos
464
10s
(soneto)
Nossos corpos unem em exaltação
Por uma vontade de suspirar
Parecem a fornalha do vulcão
Que dá um sensual prazer de amar
Eles se entregam subtilmente
Na doce erupção que nos faz gritar
Dando cor a um sentimento ardente
Que apetece nesta forma de pecar
E na nossa total nudez pura
Sentimos este belo, e doce prazer
Numa paixão, que em nós perdura
Levando-nos à loucura sem dor
Na sublime vontade de gemer
Causada por um vai vem de amor
De: fernando ramos
464
10s
julho 14, 2006
POETAS
POETAS
Digo que não há bons,
nem maus poetas
Há simplesmente poetas!
E são todos que escrevem o amor,
Alegria, prazer,
a tristeza, e vejam, até dor
Só alguns ditos iluminados
é que teimam
em dizer que há bons poetas
O que é isso de poetas bons?
Poetas são todos
que escrevem do coração
São os que murmuram a imaginação
e a passam numa folha no momento
Bons poetas...
Maus poetas...
Todos são poetas, todos são só poetas
Mais nada, porque a poesia é viver
Com arte, e a arte ama-se, e faz-se
amor com ela,
na escrita, na música,
escultura, pintura e tantas
outras coisas de cultura,
que apenas se ama
Bons poetas,
maus poetas, o que é isso...
Vamos é escrever a imaginação
com amor, apenas com amor,
e isso é ser poeta
Agora quem lê,
ou gosta,
ou não gosta!
De: fernando ramos
462
Digo que não há bons,
nem maus poetas
Há simplesmente poetas!
E são todos que escrevem o amor,
Alegria, prazer,
a tristeza, e vejam, até dor
Só alguns ditos iluminados
é que teimam
em dizer que há bons poetas
O que é isso de poetas bons?
Poetas são todos
que escrevem do coração
São os que murmuram a imaginação
e a passam numa folha no momento
Bons poetas...
Maus poetas...
Todos são poetas, todos são só poetas
Mais nada, porque a poesia é viver
Com arte, e a arte ama-se, e faz-se
amor com ela,
na escrita, na música,
escultura, pintura e tantas
outras coisas de cultura,
que apenas se ama
Bons poetas,
maus poetas, o que é isso...
Vamos é escrever a imaginação
com amor, apenas com amor,
e isso é ser poeta
Agora quem lê,
ou gosta,
ou não gosta!
De: fernando ramos
462
julho 13, 2006
JOANINHA VAI CASAR
JOANINHA VAI CASAR
Joaninha, minha flor bela
É tão linda como rosas
Meu coração está nela
Atado em lágrimas preciosas
Esta flor da minha vida
Brotará fragrâncias nas noites boas
Onde a paixão será desmedida
Que nossos corações, cantarão loas
Ela, pede-me que a leve à igreja
P’ra comigo um dia casar
Quer que de noiva, o povo a veja
E suas pétalas, em nós deitar
Joaninha, minha linda flor
Com senhor prior, já fui falar
P’ra Deus unir este amor
E nossos corações, a ele rezar
Joaninha irá de Branco
Num lindo vestido de cetim
Deus, a protegerá com seu manto
Dando amor a ela, e a mim
de: fernando ramos
460
Joaninha, minha flor bela
É tão linda como rosas
Meu coração está nela
Atado em lágrimas preciosas
Esta flor da minha vida
Brotará fragrâncias nas noites boas
Onde a paixão será desmedida
Que nossos corações, cantarão loas
Ela, pede-me que a leve à igreja
P’ra comigo um dia casar
Quer que de noiva, o povo a veja
E suas pétalas, em nós deitar
Joaninha, minha linda flor
Com senhor prior, já fui falar
P’ra Deus unir este amor
E nossos corações, a ele rezar
Joaninha irá de Branco
Num lindo vestido de cetim
Deus, a protegerá com seu manto
Dando amor a ela, e a mim
de: fernando ramos
460
julho 12, 2006
EU QUERO VIVER
EU QUERO VIVER
Eu quero viver, entre perfumes
No teu jardim de felicidade
Não ter um futuro de queixumes
Nem estar contigo por caridade
Eu quero viver, na flor silvestre
Num campo semeado de verdades
Onde caminhe de pouca veste
Observando-te nua, de vaidades
Eu quero viver, em teu coração
Tocando meus lábios, teus seios
Amando-te sempre na emoção
Sentir-te em mim sem rodeios
Eu quero viver, por tua candura
E seres tão feliz a meu lado
Sentir no leito, essa ternura
Mesmo estando no doce pecado
Eu quero viver, eternamente
Sem preconceitos em nossos corpos
Se um dia, não te beijar docemente
Entrámos por trilhos bem tortos
Eu quero viver, e arfar, arfar
Na bonita arte de envelhecer
Estar contigo, e muito amar
E que nunca aconteça te perder
de: fernando ramos
459
Eu quero viver, entre perfumes
No teu jardim de felicidade
Não ter um futuro de queixumes
Nem estar contigo por caridade
Eu quero viver, na flor silvestre
Num campo semeado de verdades
Onde caminhe de pouca veste
Observando-te nua, de vaidades
Eu quero viver, em teu coração
Tocando meus lábios, teus seios
Amando-te sempre na emoção
Sentir-te em mim sem rodeios
Eu quero viver, por tua candura
E seres tão feliz a meu lado
Sentir no leito, essa ternura
Mesmo estando no doce pecado
Eu quero viver, eternamente
Sem preconceitos em nossos corpos
Se um dia, não te beijar docemente
Entrámos por trilhos bem tortos
Eu quero viver, e arfar, arfar
Na bonita arte de envelhecer
Estar contigo, e muito amar
E que nunca aconteça te perder
de: fernando ramos
459
julho 11, 2006
SERÁ UTOPIA
SERÁ UTOPIA
Será Utopia, falar verdade
Da solidariedade sem amarras
Da desigualdade, dar liberdade
Não ter muros que são como chagas
Será utopia, amar sem beleza
Passear na rua de mão dada
Beijar cada traço da natureza,
Ver o nosso Anjo da guarda
Será utopia, ver gente de dentro p’ra fora
Que nos ama, e que vive p’ra nós
Amar o negro que se quer na hora,
Ou na vida, e que não nos deixa sós
Será Utopia, acordar na esperança,
Sem saudade, sem ilusão
Com trabalho, e segurança,
Amar os pobres nosso irmão
Será Utopia, acabar a guerra,
Que nos retalha e traz ódio feroz
Ser amado, todos terem terra,
Viverem felizes neste tempo veloz
Será utopia, acabar com o racismo,
A desigualdade, a solidão, e a dor
Exterminar deste mundo o fascismo
A injustiça, e o sentimento explorador
Será Utopia, quererem a paz,
Que nossa vida consola sem dor
Amar Cristo que feliz nos faz,
E nos concede seu perdão e amor
de: fernando ramos
456
Será Utopia, falar verdade
Da solidariedade sem amarras
Da desigualdade, dar liberdade
Não ter muros que são como chagas
Será utopia, amar sem beleza
Passear na rua de mão dada
Beijar cada traço da natureza,
Ver o nosso Anjo da guarda
Será utopia, ver gente de dentro p’ra fora
Que nos ama, e que vive p’ra nós
Amar o negro que se quer na hora,
Ou na vida, e que não nos deixa sós
Será Utopia, acordar na esperança,
Sem saudade, sem ilusão
Com trabalho, e segurança,
Amar os pobres nosso irmão
Será Utopia, acabar a guerra,
Que nos retalha e traz ódio feroz
Ser amado, todos terem terra,
Viverem felizes neste tempo veloz
Será utopia, acabar com o racismo,
A desigualdade, a solidão, e a dor
Exterminar deste mundo o fascismo
A injustiça, e o sentimento explorador
Será Utopia, quererem a paz,
Que nossa vida consola sem dor
Amar Cristo que feliz nos faz,
E nos concede seu perdão e amor
de: fernando ramos
456
julho 10, 2006
POETA DESALINHADO
POETA DESALINHADO
Sei que escrevo com pouca ordem
Mas minha imaginação acha bem
A métrica vai em completa desordem
Não me importa, como escrevo o que sei
Serei um poeta desalinhado
E que importância isso tem
Escrevo quando estou para ai virado
A minha pobre poesia, que só eu sei
Escrevo a dor, a vida, e sempre o amor
Em rimas, prosas, ou sonetos
Com felicidade, e muito sabor
Sou um poeta, que tudo é novo
Em poemas coloridos, brancos e pretos
Que ama a arte, a vida, e o povo
Fernando Ramos
455
Sei que escrevo com pouca ordem
Mas minha imaginação acha bem
A métrica vai em completa desordem
Não me importa, como escrevo o que sei
Serei um poeta desalinhado
E que importância isso tem
Escrevo quando estou para ai virado
A minha pobre poesia, que só eu sei
Escrevo a dor, a vida, e sempre o amor
Em rimas, prosas, ou sonetos
Com felicidade, e muito sabor
Sou um poeta, que tudo é novo
Em poemas coloridos, brancos e pretos
Que ama a arte, a vida, e o povo
Fernando Ramos
455
ARTESÃO DE VIOLINOS
ARTESÃO DE VIOLINOS
Esculpi um pedaço de madeira
E construi um lindo violino
Dei um toque à minha maneira
P’ra seu timbre sair cristalino
Sua grossura foi reduzida
Raspando-a delicadamente
Para acústica ser bem ouvida
Por um público muito exigente
Não será um Stradivarius, não
Este instrumento que fui fazer
É preciosidade de minha mão,
A peça de arte que fiz nascer
Não sou um mestre de violino
Mas faze-los dá-me prazer
Faço-o num estilo muito fino
Quando pronto, é lindo p’ra ver
É soberbo o timbre que faz
Alguns ouvidos se regalam
Talvez eu, um dia seja capaz
Esculpir o Stradivarius, que falam
Não serei um Artesão dotado
Mas faço violinos com primor
Onde alguém, bem endinheirado
Os vá ouvir com muito amor
Fernando Ramos
454
Esculpi um pedaço de madeira
E construi um lindo violino
Dei um toque à minha maneira
P’ra seu timbre sair cristalino
Sua grossura foi reduzida
Raspando-a delicadamente
Para acústica ser bem ouvida
Por um público muito exigente
Não será um Stradivarius, não
Este instrumento que fui fazer
É preciosidade de minha mão,
A peça de arte que fiz nascer
Não sou um mestre de violino
Mas faze-los dá-me prazer
Faço-o num estilo muito fino
Quando pronto, é lindo p’ra ver
É soberbo o timbre que faz
Alguns ouvidos se regalam
Talvez eu, um dia seja capaz
Esculpir o Stradivarius, que falam
Não serei um Artesão dotado
Mas faço violinos com primor
Onde alguém, bem endinheirado
Os vá ouvir com muito amor
Fernando Ramos
454
BEIJA MÃO
BEIJA MÃO
De além mar, e além terra
Vem lacaios beijar a mão
Em locais onde a guerra
É de senhores sem razão
São eles, os bobos do festim
Usando despojos dos vencidos
Roubaram trajes de cetim
Dos pobres heróis sofridos
Querem bens de vencedores,
De guerra, que apenas traz sorte
A esses lacaios sonhadores
Da paz final da morte
Os vencidos, deixam viúvas trágicas
Daquela batalha que encerra a guerra
Onde lutas, não foram mágicas
Para lá, de além mar, e além terra
E os vassalos, aos poderosos
Prestam-lhes todas as homenagens
Esperando pedaços vitoriosos
De uma guerra pura, de sacanagem
Fernando Ramos
452
De além mar, e além terra
Vem lacaios beijar a mão
Em locais onde a guerra
É de senhores sem razão
São eles, os bobos do festim
Usando despojos dos vencidos
Roubaram trajes de cetim
Dos pobres heróis sofridos
Querem bens de vencedores,
De guerra, que apenas traz sorte
A esses lacaios sonhadores
Da paz final da morte
Os vencidos, deixam viúvas trágicas
Daquela batalha que encerra a guerra
Onde lutas, não foram mágicas
Para lá, de além mar, e além terra
E os vassalos, aos poderosos
Prestam-lhes todas as homenagens
Esperando pedaços vitoriosos
De uma guerra pura, de sacanagem
Fernando Ramos
452
julho 08, 2006
SINFONIA COMPLETA
SINFONIA COMPLETA
(soneto)
A vida é uma sinfonia
Elaborada ao sabor do tempo
Que se escuta dia, a dia
Num palco em movimento
É uma sinfonia singela e bela
Que se ouve mesmo sem querer
Onde a vida tem notas dela
Bem compostas de saber
O maestro, a dirige em pistas
P’las partituras, e sem pudor
P’ra uma orquestra de bons artistas
Aí a vida, tem a inspiração do poeta
Que a constrói como bom escritor
Numa admirável sinfonia completa
de: fernando ramos
451
(soneto)
A vida é uma sinfonia
Elaborada ao sabor do tempo
Que se escuta dia, a dia
Num palco em movimento
É uma sinfonia singela e bela
Que se ouve mesmo sem querer
Onde a vida tem notas dela
Bem compostas de saber
O maestro, a dirige em pistas
P’las partituras, e sem pudor
P’ra uma orquestra de bons artistas
Aí a vida, tem a inspiração do poeta
Que a constrói como bom escritor
Numa admirável sinfonia completa
de: fernando ramos
451
UMA PARTE DE MIM
UMA PARTE DE MIM
Uma parte de mim é um mundo
Outra parte não é ninguém
Uma parte de mim, é um grito profundo
Porque a outra sofre por alguém
Uma parte de mim quer a guerra,
A outra parte desespera por paz
Uma parte de mim não sossega
Se acabar com ela, não for capaz
Uma parte de mim é amor
Outra parte é solidão e amargura
A primeira vive sem dor
A outra anseia por ternura
Uma parte de mim é poesia
Outra parte ama viver
Uma parte quer amar na noite fria
Outra parte, já diz poemas ao adormecer
de: Fernando Ramos
450
Uma parte de mim é um mundo
Outra parte não é ninguém
Uma parte de mim, é um grito profundo
Porque a outra sofre por alguém
Uma parte de mim quer a guerra,
A outra parte desespera por paz
Uma parte de mim não sossega
Se acabar com ela, não for capaz
Uma parte de mim é amor
Outra parte é solidão e amargura
A primeira vive sem dor
A outra anseia por ternura
Uma parte de mim é poesia
Outra parte ama viver
Uma parte quer amar na noite fria
Outra parte, já diz poemas ao adormecer
de: Fernando Ramos
450
julho 07, 2006
BOCA DE ROSAS
BOCA DE ROSAS
Hoje não te espero à nossa porta,
mas sim por de trás da janela
de madeira velha e trabalhada
Colando eu o rosto ás cortinas
de cores alegres e vistosas,
que faz da casa o nosso jardim
Por ela, e já noite tarde te vejo chegar
ao fundo da rua, onde a lua meia escondida
comigo observa teu andar calmo e certo
de virtudes e defeitos, subindo a calçada
já gasta p’lo tempo e p’los caminhantes,
que no seu vai e vem trazem vida ao bairro
Vens pensativo e cansado,
de uma vida de trabalho e causas
A brisa desliza por tua face
enrugada pelos anos, e por teus cabelos
em desalinho, curtos e grisalhos, que para mim
ainda te torna atraente apesar da idade
Não me queixo por levar esta vida contigo,
sei que sou a tua âncora,
e ainda por vezes dizes que me amas
Por isso, te espero noite após noite na
porta ou à janela, com o mesmo amor
e satisfação de quando éramos meninos
Fico feliz quando te vejo à entrada
da nossa casa, e tu para mim sorris
Esse sorriso que me encanta todas as noites,
e eu o beijo com minha boca de rosas,
como tu por graça sempre dizes, o que para mim
é como tomar uma chávena de prazer
Nós nos deitamos, com nossos corpos
bem aconchegados um no outro,
deliciando meu corpo o silêncio
dos Deuses, que anseia por muitas
outras noites tranquilas a teu lado,
onde por vezes saboreamos o manjar do amor
de: fernando ramos
449
Hoje não te espero à nossa porta,
mas sim por de trás da janela
de madeira velha e trabalhada
Colando eu o rosto ás cortinas
de cores alegres e vistosas,
que faz da casa o nosso jardim
Por ela, e já noite tarde te vejo chegar
ao fundo da rua, onde a lua meia escondida
comigo observa teu andar calmo e certo
de virtudes e defeitos, subindo a calçada
já gasta p’lo tempo e p’los caminhantes,
que no seu vai e vem trazem vida ao bairro
Vens pensativo e cansado,
de uma vida de trabalho e causas
A brisa desliza por tua face
enrugada pelos anos, e por teus cabelos
em desalinho, curtos e grisalhos, que para mim
ainda te torna atraente apesar da idade
Não me queixo por levar esta vida contigo,
sei que sou a tua âncora,
e ainda por vezes dizes que me amas
Por isso, te espero noite após noite na
porta ou à janela, com o mesmo amor
e satisfação de quando éramos meninos
Fico feliz quando te vejo à entrada
da nossa casa, e tu para mim sorris
Esse sorriso que me encanta todas as noites,
e eu o beijo com minha boca de rosas,
como tu por graça sempre dizes, o que para mim
é como tomar uma chávena de prazer
Nós nos deitamos, com nossos corpos
bem aconchegados um no outro,
deliciando meu corpo o silêncio
dos Deuses, que anseia por muitas
outras noites tranquilas a teu lado,
onde por vezes saboreamos o manjar do amor
de: fernando ramos
449
O SOL E OS MENINOS
O SOL E OS MENINOS
No horizonte vai aparecendo
O Sol que nos vai deliciar
Meninos vão aprendendo
No seu calor brincar
Olha o sol que está nascendo
Seus raios brilham no mar
O amor nele se vai aquecendo
Em beijos que namorados vão dar
O sol é a fonte da vida
Que a todos vai brindar
É como um cavalo sem brida
Feliz no seu cavalgar
Olha o sol no horizonte
Que bonito que ele está
Rufam tambores no monte
Em homenagem ao Deus Rá
E já o sol, está posto
Para a noite começar
Os dias tem o seu rosto
E a vida vai continuar
Lá foi o sol embora
Os meninos já não vão brincar
A noite apareceu na sua hora
P’ra no seu fim, outro dia raiar
De: fernando ramos
445
No horizonte vai aparecendo
O Sol que nos vai deliciar
Meninos vão aprendendo
No seu calor brincar
Olha o sol que está nascendo
Seus raios brilham no mar
O amor nele se vai aquecendo
Em beijos que namorados vão dar
O sol é a fonte da vida
Que a todos vai brindar
É como um cavalo sem brida
Feliz no seu cavalgar
Olha o sol no horizonte
Que bonito que ele está
Rufam tambores no monte
Em homenagem ao Deus Rá
E já o sol, está posto
Para a noite começar
Os dias tem o seu rosto
E a vida vai continuar
Lá foi o sol embora
Os meninos já não vão brincar
A noite apareceu na sua hora
P’ra no seu fim, outro dia raiar
De: fernando ramos
445
O SONHO E A ARTE
O SONHO E A ARTE
Fazemos tudo por um sonho,
que a vida o vai guiando
neste nosso mundo feio,
triste, hipócrita e de ganância
Pelo sonho se faz tudo,
e até por vezes também pela arte,
arte essa que nem sempre se reparte
Alguns de nós são verdadeiros
depositários dela desde que nascem
Só muito mais tarde é que percebem
quanto ela é preciosa e estimada,
e pode estar tão próxima de todos
Mais perto do que se imagina,
basta só ter vontade de a partilhar
E quando finalmente o sonho se realiza
ou a arte chega à grande maioria,
por vezes é tarde, muito tarde mesmo
Não se chegando a saborear
e aproveitar os momentos mágicos
como o da poesia, pintura, música
que são doces que a arte dá à vida,
e nem os guardamos como tesouros
Tão tarde, que sem se esperar
a morte vem, como uma triste sinfonia
que se ouve ao crepúsculo
Por vezes traiçoeira e tão certa da vitória,
que dá toda a nossa vida de avanço
para desfrutar o sonho e a arte
É uma elementar realidade
Porque levamos tanto tempo
para concretizar nossos sonhos,
e para perceber que a arte é para
ser distribuída por todos,
e irmos envelhecendo com ela
sem deixarmos de ser crianças
porque a desfrutamos
como o nosso brinquedo
Porque se leva tanto tempo
a repartir a arte por todos
Porque se leva tanto tempo
a compreender os nossos sonhos
Porque se leva tanto tempo
a sermos felizes sem magoar,
e com respeito pelo próximo?
de: fernando ramos
443
Fazemos tudo por um sonho,
que a vida o vai guiando
neste nosso mundo feio,
triste, hipócrita e de ganância
Pelo sonho se faz tudo,
e até por vezes também pela arte,
arte essa que nem sempre se reparte
Alguns de nós são verdadeiros
depositários dela desde que nascem
Só muito mais tarde é que percebem
quanto ela é preciosa e estimada,
e pode estar tão próxima de todos
Mais perto do que se imagina,
basta só ter vontade de a partilhar
E quando finalmente o sonho se realiza
ou a arte chega à grande maioria,
por vezes é tarde, muito tarde mesmo
Não se chegando a saborear
e aproveitar os momentos mágicos
como o da poesia, pintura, música
que são doces que a arte dá à vida,
e nem os guardamos como tesouros
Tão tarde, que sem se esperar
a morte vem, como uma triste sinfonia
que se ouve ao crepúsculo
Por vezes traiçoeira e tão certa da vitória,
que dá toda a nossa vida de avanço
para desfrutar o sonho e a arte
É uma elementar realidade
Porque levamos tanto tempo
para concretizar nossos sonhos,
e para perceber que a arte é para
ser distribuída por todos,
e irmos envelhecendo com ela
sem deixarmos de ser crianças
porque a desfrutamos
como o nosso brinquedo
Porque se leva tanto tempo
a repartir a arte por todos
Porque se leva tanto tempo
a compreender os nossos sonhos
Porque se leva tanto tempo
a sermos felizes sem magoar,
e com respeito pelo próximo?
de: fernando ramos
443
julho 06, 2006
DE MOZARTT PARA S. VALENTIM
DE MOZARTT PARA S.VALENTIM
Eu ofereço ao meu amor,
Orquídeas de muito suspirar
Que é bela como esta flor,
Este bem que vou sempre amar
S. Valentim me inspirou
Para Orquídeas te oferecer
E que bem que ele pensou
De ti meu doce prazer
Já tem anos esta cena
Deste amor que tem arte
Nossa vida é um poema
Na partitura de Mozartt
Mais orquídeas te vou dar
Neste namoro eterno
E mais anos se irão passar
No nosso leito fraterno
De Mozartt p’ra S.Valentim
Vai música em notas divinais
Algumas se tocam para ti
Suspirando eu, cada vez mais
de: fernando ramos
441
Eu ofereço ao meu amor,
Orquídeas de muito suspirar
Que é bela como esta flor,
Este bem que vou sempre amar
S. Valentim me inspirou
Para Orquídeas te oferecer
E que bem que ele pensou
De ti meu doce prazer
Já tem anos esta cena
Deste amor que tem arte
Nossa vida é um poema
Na partitura de Mozartt
Mais orquídeas te vou dar
Neste namoro eterno
E mais anos se irão passar
No nosso leito fraterno
De Mozartt p’ra S.Valentim
Vai música em notas divinais
Algumas se tocam para ti
Suspirando eu, cada vez mais
de: fernando ramos
441
VÊ O QUE ANDAS A FAZER MUNDO
VÊ O QUE ANDAS A FAZER MUNDO
O mundo vai à beira do abismo,
ouvem-se gritos de revolta
Muitos estão a ser espezinhados
p’la miséria sem sentido
O mundo gira em sinal contrário
à paz dos homens
Para onde vais mundo!
Ouve o choro das crianças
Ninguém de bom senso
te percebe
Vais no caminho da destruição,
não da paz, do ódio, não do amor
A tua fúria materialista é desmedida
Dinheiro, dinheiro,
sempre o dinheiro
Onde fica o amor, a paz, amizade
o bem viver entre todos,
a solidariedade entre os homens
Onde está o trabalho, que é a base
de viver digno de todo o ser humano
Só existe ganância,
desprezo, escravidão na sua
máxima exploração,
tantos, e tantos vivem à mingua
Para onde caminhas mundo?
Ouvem-se o gemer da desgraça
por todo o lado, que nos leva à guerra
Crianças e velhos morrem de fome,
são abandonados numa vida sem sentido
Vê o que andas a fazer mundo!
Vivemos numa enorme escuridão,
falta-nos a luz, a chama que nos pode
guiar à felicidade num jardim
colorido de bondade
Olha que vais
por maus caminhos mundo!
De: fernando ramos
440
O mundo vai à beira do abismo,
ouvem-se gritos de revolta
Muitos estão a ser espezinhados
p’la miséria sem sentido
O mundo gira em sinal contrário
à paz dos homens
Para onde vais mundo!
Ouve o choro das crianças
Ninguém de bom senso
te percebe
Vais no caminho da destruição,
não da paz, do ódio, não do amor
A tua fúria materialista é desmedida
Dinheiro, dinheiro,
sempre o dinheiro
Onde fica o amor, a paz, amizade
o bem viver entre todos,
a solidariedade entre os homens
Onde está o trabalho, que é a base
de viver digno de todo o ser humano
Só existe ganância,
desprezo, escravidão na sua
máxima exploração,
tantos, e tantos vivem à mingua
Para onde caminhas mundo?
Ouvem-se o gemer da desgraça
por todo o lado, que nos leva à guerra
Crianças e velhos morrem de fome,
são abandonados numa vida sem sentido
Vê o que andas a fazer mundo!
Vivemos numa enorme escuridão,
falta-nos a luz, a chama que nos pode
guiar à felicidade num jardim
colorido de bondade
Olha que vais
por maus caminhos mundo!
De: fernando ramos
440
NOVO AMOR ESCALDANTE
NOVO AMOR ESCALDANTE
Estou triste e só, em sofridão
Porque um bonito amor fui perder
Já não tenho mais ilusão
De voltar a ser feliz ao amanhecer
P’la manhã, meu coração
Um doce prazer ia receber
Era feliz em tanta sedução
Por meu amor, na aurora me ter
Enquanto dele me lembrar
Tenho esta dor no coração
De outro homem tenho de gostar
Senão, não saio da longa escuridão
Só um Deus do amor me poderá dar
Novo caminho, e inspiração
Porque só, já não vou encontrar
Outra paixão, e outra razão
Eu quero amar muito mais
E ter outras manhãs radiosas
Voltar a ser feliz nos meus ais
Em mãos de caricias maravilhosas
E sentir essas alegrias tais
Em meu corpo de metáforas fogosas
Com um novo amor, de gostos fatais
Em novas manhãs esplendorosas
De: fernando ramos
1439
Estou triste e só, em sofridão
Porque um bonito amor fui perder
Já não tenho mais ilusão
De voltar a ser feliz ao amanhecer
P’la manhã, meu coração
Um doce prazer ia receber
Era feliz em tanta sedução
Por meu amor, na aurora me ter
Enquanto dele me lembrar
Tenho esta dor no coração
De outro homem tenho de gostar
Senão, não saio da longa escuridão
Só um Deus do amor me poderá dar
Novo caminho, e inspiração
Porque só, já não vou encontrar
Outra paixão, e outra razão
Eu quero amar muito mais
E ter outras manhãs radiosas
Voltar a ser feliz nos meus ais
Em mãos de caricias maravilhosas
E sentir essas alegrias tais
Em meu corpo de metáforas fogosas
Com um novo amor, de gostos fatais
Em novas manhãs esplendorosas
De: fernando ramos
1439
julho 05, 2006
AS MÃOSZINHAS DO MEU BEBÉ
AS MÃOSZINHAS DO MEU BEBÉ
Suavidade de suas mãos
São tão leves como cetim
Dão música a meu coração
Como o sambista ao tamborim
Elas deslizam por meus lábios
Empregnandos a doce de morangos
Que os saboreio em beijos sábios
Coreografados em passos de tangos
E meu bebé me deixa assim
Com suas mãoszinhas abençoadas
Nasceram dum amor que tive em mim
Em noites boas, de paixões sonhadas
Suas mãoszinhas me dão tanto amor
Ficando meus olhos embevecidos
Que as amarei mesmo em dor
Com sentimentos envaidecidos
E quando ao paraíso um dia chegar
Minha alma as levará consigo
Lá, meu bebé também irei amar
Com Deus sorrindo, pelo sucedido
de: fernando ramos
438
Suavidade de suas mãos
São tão leves como cetim
Dão música a meu coração
Como o sambista ao tamborim
Elas deslizam por meus lábios
Empregnandos a doce de morangos
Que os saboreio em beijos sábios
Coreografados em passos de tangos
E meu bebé me deixa assim
Com suas mãoszinhas abençoadas
Nasceram dum amor que tive em mim
Em noites boas, de paixões sonhadas
Suas mãoszinhas me dão tanto amor
Ficando meus olhos embevecidos
Que as amarei mesmo em dor
Com sentimentos envaidecidos
E quando ao paraíso um dia chegar
Minha alma as levará consigo
Lá, meu bebé também irei amar
Com Deus sorrindo, pelo sucedido
de: fernando ramos
438
LISBOA CIDADE DE PAIXÕES
LISBOA CIDADE DE PAIXÕES
Tenho Lisboa de muita honra
Bem juntinha ao coração
Ela é linda, e não desonra
Quem lá vive em sedução
Esta cidade de mil paixões
Como poucas que há no mundo
Ama os seus lindos pregões
Num sentimento profundo
Nela, corre um rio sem igual
Num destino com regresso
Que, quando chega ao seu final
Tem um mar sereno, e não perverso
Lisboa, de labirintos e caminhos
E gentes de muita história
É cantada em sobradinhos
Por fadistas com memória
E nesta cidade lavrada em trinados
Por guitarras de fino recorte
Há bairros onde são escutados
Poemas de amor, dor, e morte
Lisboa das belas colinas bem altas
Praças, vielas, avenidas e jardins
Vive amores, descritos em pautas
Vestidos de organdins e cetins
de: fernando ramos
436
Tenho Lisboa de muita honra
Bem juntinha ao coração
Ela é linda, e não desonra
Quem lá vive em sedução
Esta cidade de mil paixões
Como poucas que há no mundo
Ama os seus lindos pregões
Num sentimento profundo
Nela, corre um rio sem igual
Num destino com regresso
Que, quando chega ao seu final
Tem um mar sereno, e não perverso
Lisboa, de labirintos e caminhos
E gentes de muita história
É cantada em sobradinhos
Por fadistas com memória
E nesta cidade lavrada em trinados
Por guitarras de fino recorte
Há bairros onde são escutados
Poemas de amor, dor, e morte
Lisboa das belas colinas bem altas
Praças, vielas, avenidas e jardins
Vive amores, descritos em pautas
Vestidos de organdins e cetins
de: fernando ramos
436
julho 04, 2006
FORNALHA DE PAIXÃO
FORNALHA DE PAIXÃO
Seu olhar, dança comigo
quando nua ando pelo quarto
No nosso aconchego não resistimos
a um doce desejo
que toma conta de nós
E ao som de um bolero imaginado,
nos temos perdidamente
A nos espiar, entrando p’la janela
está a lua cheia,
que nesta noite de verão
nos enche de brilho,
transmitindo a nossos corpos
imagens transcendentes de vida
Sou feliz, com o amor da minha vida
minha nudez lhe desperta no olhar
desejos que são o fruto do pecado,
do nosso pecado que está escrito
na partitura do maestro do amor
Bebo com todas as minhas forças,
cada nota de sua paixão,
que espero infinita
É um amor para sempre,
e que nunca me abandone
Senão, me irá fazer voar
por montes e vales,
procurando-o no meu bailado
de medos
Nossos segredos da dança do amor,
são como poemas guardados
no livro da vida,
que quero ler e reler,
quando seu prazer de olhar
minha nudez,
deixar de ser como uma
fornalha de paixão
de: fernando ramos
434
Seu olhar, dança comigo
quando nua ando pelo quarto
No nosso aconchego não resistimos
a um doce desejo
que toma conta de nós
E ao som de um bolero imaginado,
nos temos perdidamente
A nos espiar, entrando p’la janela
está a lua cheia,
que nesta noite de verão
nos enche de brilho,
transmitindo a nossos corpos
imagens transcendentes de vida
Sou feliz, com o amor da minha vida
minha nudez lhe desperta no olhar
desejos que são o fruto do pecado,
do nosso pecado que está escrito
na partitura do maestro do amor
Bebo com todas as minhas forças,
cada nota de sua paixão,
que espero infinita
É um amor para sempre,
e que nunca me abandone
Senão, me irá fazer voar
por montes e vales,
procurando-o no meu bailado
de medos
Nossos segredos da dança do amor,
são como poemas guardados
no livro da vida,
que quero ler e reler,
quando seu prazer de olhar
minha nudez,
deixar de ser como uma
fornalha de paixão
de: fernando ramos
434
ESTOU FARTA
ESTOU FARTA
Por tudo que tenho passado,
inquietações, desilusões,
tuas longas ausências,
noites só, e sem dormir,
e uma vez por outra,
até alguma violência
Por tudo isso te digo,
estou farta!
Não voltes
Deixa-me ser feliz
Deixa-me viver de bem com
o sabor da vida,
Deixa-me ler as noites de aconchego
Deixa-me amar sem limites,
Deixa-me sentir o doce da esperança
Deixa-me ter a grande ilusão,
de poder amar outra vez
Devolve-me a liberdade na vida
Deixa-me ser livre,
sim livre como nunca fui contigo
Deixa-me sentir a fragrância da paz
Por favor não voltes,
estou farta!
de: fernando ramos
431
Por tudo que tenho passado,
inquietações, desilusões,
tuas longas ausências,
noites só, e sem dormir,
e uma vez por outra,
até alguma violência
Por tudo isso te digo,
estou farta!
Não voltes
Deixa-me ser feliz
Deixa-me viver de bem com
o sabor da vida,
Deixa-me ler as noites de aconchego
Deixa-me amar sem limites,
Deixa-me sentir o doce da esperança
Deixa-me ter a grande ilusão,
de poder amar outra vez
Devolve-me a liberdade na vida
Deixa-me ser livre,
sim livre como nunca fui contigo
Deixa-me sentir a fragrância da paz
Por favor não voltes,
estou farta!
de: fernando ramos
431
julho 03, 2006
ESSE AMOR QUE PERDI
ESSE AMOR QUE PERDI
Perdido vou na escuridão
Foi de repente que aconteceu
Ando numa tremenda confusão
Um amor p’ra mim morreu
Esse amor fui perder
E este vazio me aparece
Sem ele não vou querer
O futuro que me enlouquece
Ao deitar-me à noitinha
Peço a Deus sua Luz
Com ela o coração mais brilha
Poderei abandonar esta cruz
Esse amor que perdi
Só me trouxe a solidão
Com isso, tanto esmoreci
Estando triste meu coração
de: fernando ramos
430
Perdido vou na escuridão
Foi de repente que aconteceu
Ando numa tremenda confusão
Um amor p’ra mim morreu
Esse amor fui perder
E este vazio me aparece
Sem ele não vou querer
O futuro que me enlouquece
Ao deitar-me à noitinha
Peço a Deus sua Luz
Com ela o coração mais brilha
Poderei abandonar esta cruz
Esse amor que perdi
Só me trouxe a solidão
Com isso, tanto esmoreci
Estando triste meu coração
de: fernando ramos
430
julho 02, 2006
NÃO DESISTAS DE SER FELIZ
NÃO DESISTAS DE SER FELIZ
A vida é um bem incomensurável,
mesmo que alguns espinhos
nela se atravessem,
e nos deixem como uma partitura
de notas bem negras
É preciso lembrar sempre que para ser feliz,
não é ir por caminhos sem sobressaltos,
nem deixar de se passar por graves desilusões,
ou querer ter um arco Íris entre portas e ele,
teimosamente não entrar
Ser feliz, é ter esperança em batalhas
que por vezes parecem perdidas,
ter amor no perdão a dar a nosso irmão,
mesmo que nos deixe uma mágoa dorida
que nos marca o coração
Tudo isso são pedras que aparecem
no nosso caminho,
só temos de as separar e pôr de lado,
e talvez um dia, ainda se construa
a casa da desilusão com elas
Ser feliz, não é pensar que o dia, a dia
é só de vitórias, dinheiro ou ter tudo
E que o mundo é nosso, e gira só p’ra nós
Ou não ter doenças,
não ter dissabores
Não desistir de ser feliz,
é o mais importante,
tão importante como a agua
que bebemos, ou a cultura, a arte,
a liberdade, ou como o ar que se respira
Não desistas de ir ao encontro
da natureza que é todo o nosso viver,
respeitá-la, amá-la e preservando-a,
isso é saber ser feliz, o resto...
O resto não é importante,
o resto são nadas
de: fernando ramos
429
A vida é um bem incomensurável,
mesmo que alguns espinhos
nela se atravessem,
e nos deixem como uma partitura
de notas bem negras
É preciso lembrar sempre que para ser feliz,
não é ir por caminhos sem sobressaltos,
nem deixar de se passar por graves desilusões,
ou querer ter um arco Íris entre portas e ele,
teimosamente não entrar
Ser feliz, é ter esperança em batalhas
que por vezes parecem perdidas,
ter amor no perdão a dar a nosso irmão,
mesmo que nos deixe uma mágoa dorida
que nos marca o coração
Tudo isso são pedras que aparecem
no nosso caminho,
só temos de as separar e pôr de lado,
e talvez um dia, ainda se construa
a casa da desilusão com elas
Ser feliz, não é pensar que o dia, a dia
é só de vitórias, dinheiro ou ter tudo
E que o mundo é nosso, e gira só p’ra nós
Ou não ter doenças,
não ter dissabores
Não desistir de ser feliz,
é o mais importante,
tão importante como a agua
que bebemos, ou a cultura, a arte,
a liberdade, ou como o ar que se respira
Não desistas de ir ao encontro
da natureza que é todo o nosso viver,
respeitá-la, amá-la e preservando-a,
isso é saber ser feliz, o resto...
O resto não é importante,
o resto são nadas
de: fernando ramos
429
NOSSOS JARDINS
NOSSOS JARDINS
(soneto)
Recordo nosso passear p’lo jardim
E p’la tarde colhíamos flores
Aí, te oferecia o jasmim
Que à nossa vida dava bonitas cores
Os anos passaram, tu partiste
Agora sozinho, ainda vou aos jardins
Deus te levou, eu estou tão triste
Aqui tão só, olhando os jasmins
Que os acaricio só para ti
Alguns, levo p‘ra casa embelezar
E a saudade, seu perfume desfrutar
Seus odores, se espalham por mim
E comigo vão ficar até morrer
Que os levarei, p’ra te os oferecer
de: Fernando Ramos
428
(soneto)
Recordo nosso passear p’lo jardim
E p’la tarde colhíamos flores
Aí, te oferecia o jasmim
Que à nossa vida dava bonitas cores
Os anos passaram, tu partiste
Agora sozinho, ainda vou aos jardins
Deus te levou, eu estou tão triste
Aqui tão só, olhando os jasmins
Que os acaricio só para ti
Alguns, levo p‘ra casa embelezar
E a saudade, seu perfume desfrutar
Seus odores, se espalham por mim
E comigo vão ficar até morrer
Que os levarei, p’ra te os oferecer
de: Fernando Ramos
428
julho 01, 2006
A MADRUGADA É MANHOSA
A MADRUGADA É MANHOSA
A madrugada é a montra
Da magia e do exotismo,
Que nem a brisa a desmonta
E no seu fim, que acaba em dia
E os amantes trocam o suspiro
Numa cama nada fria
A madrugada ao começar
Tem travestis, e outros tais
E mulheres prontas amar
Para bom dinheiro arrecadar
Nesta vida de algo mais
Que na morte vai acabar
A madrugada é um local
Onde o silêncio é perigoso,
Que para muitos acaba mal
Dá discussão de má hora
Onde o sono fica preguiçoso,
A espera que chegue a aurora
A madrugada é manhosa
Tem bêbados p’la noite fora
Fazendo dela caprichosa
Terminando num sono justo
Depois da noite saborosa
Onde vão p’ra casa a muito custo
de: fernando ramos
426
A madrugada é a montra
Da magia e do exotismo,
Que nem a brisa a desmonta
E no seu fim, que acaba em dia
E os amantes trocam o suspiro
Numa cama nada fria
A madrugada ao começar
Tem travestis, e outros tais
E mulheres prontas amar
Para bom dinheiro arrecadar
Nesta vida de algo mais
Que na morte vai acabar
A madrugada é um local
Onde o silêncio é perigoso,
Que para muitos acaba mal
Dá discussão de má hora
Onde o sono fica preguiçoso,
A espera que chegue a aurora
A madrugada é manhosa
Tem bêbados p’la noite fora
Fazendo dela caprichosa
Terminando num sono justo
Depois da noite saborosa
Onde vão p’ra casa a muito custo
de: fernando ramos
426
Subscrever Mensagens [Atom]