julho 19, 2007

TEU NOME

TEU NOME

Direi teu nome sem devassa
Nunca será palavras vãs
Ele, no peito se enlaça
E é meu sol p’las manhãs

Esse é o nome, que eu adoro
Manter-se-á dentro de mim calado
Manuela, por dize-lo quase choro
Lágrimas de prazer reencontrado

Teu nome é a esperança levada à cena
Dize-lo é um acto que não cansa
Mas estar contigo, valerá mais a pena
Porque assim meu coração tanto amansa

És a boa razão do meu sonhar
E serás minha chama vida fora
Perdendo-te, quando meu final chegar
Porque esse momento aparecerá na hora

De: Fernando Ramos
748

julho 18, 2007

RAZÕES SECRETAS

RAZÕES SECRETAS

Mulheres com suas razões secretas
Aguardam à janela em orações completas
Que os Santos da procissão por ali passem
E lhes abençoem, como se de puras se tratassem

São exaltadas mulheres pecadoras
Da malícia, que as deixam sonhadoras
Nas noites de todos os enlaços
Ansiando felicidades em seus pedaços

Estas mulheres de suas razões escondidas
Entre a crença e a tentação, estão divididas
Não sabendo onde pára a razão
Aguardando ás janelas o piadoso perdão

Que o divino limpidamente lhes poderá conceder
P’ra que num céu de amor, não possam padecer

Acendendo-lhes em seus corações, a Santa chama
Erguendo-lhes as almas, onde tudo se derrama
Bem longe, donde suas vidas era um incêndio
Percebendo ali, que pecar era seu dispêndio

De: Fernando Ramos
747

julho 09, 2007

O BAILE DA VILA

O BAILE DA VILA

Na vila da cidade, a festa vai ocorrer
Abrilhanta-se o baile da tarde de sábado
E pares se juntam, a conviver
P’ra um pedaço muito bem passado

É uma alegria contagiante
E outro baile assim não há
Por ali, a festa é estonteante
Dançando-se a salsa, a rumba e o chá, chá, chá

Os bailarinos, num frenesim sem parar
Vão prestando sua alegria à vila
E é vê-los dançar, dançar, dançar

Dança o policia, e o carteiro
A dona de casa, e a sopeira
Dança a peixeira, mais o funileiro
O menino do coro, e a lavadeira

E num rodopiar harmonioso de palco
Um par de idosos mais afoito
Mostra num tango, sua perícia de estalo

Ali, os dançantes bem se agitam
Naquela tarde de enorme esplendor
Crianças brincam, e outras gritam
P’la entrada no coreto, do artista cantor

Meninas casadoiras choram de alegria
E o imponente galã, para elas sorri
Há quem suspire, por uma fantasia
Sonhando que o cantor é só para si

Toca a orquestra bem afinada
E o pátio inquietou-se num instante
Fica na cadeira, uma senhora encantada
P’la voz doce, daquele cantante

É a loucura, tudo salta e dança
Numa alegria de deslumbrar
A tarde já vai longa, e não cansa
Todos querem, é na vila dançar

É uma alegria contagiante
E outro baile assim não há
Por ali, a festa é estonteante
Dançando-se a salsa, a rumba e o chá, chá, chá

De: Fernando Ramos
746

julho 01, 2007

SAUDADE DE AMORES

SAUDADE DE AMORES

Teu rosto, é sonho meu já esquecido
Teus murmúrios, ainda guardo nos ouvidos
É um som que me deixa já vencido
E na mente, resta apenas teus gemidos

Que os recordo tantas vezes em prantos
Na minha triste solidão atroz
São prazeres, amores e encantos
Estes momentos passados, quando sós

Desenhei teu nome em meu coração
Que é um poema nos troncos do arvoredo
Agora são pedaços de desilusão
Que só de lembrar, sinto medo

E nas planícies de verde frescura
Procuro a linda flor vermelha açucena
Que a beijarei com toda ternura
Como a ti beijava, na manhã serena

Hoje, vem o choro destas lembranças
Quando no campo olho as lindas flores
Que com elas enfeitava tuas tranças
Agora resta a saudade, desses amores

De: Fernando Ramos
745

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