setembro 23, 2006

LEMBRANÇAS E DESESPERO

LEMBRANÇAS E DESESPERO

Foi embora o Outono,
e não me deixa saudades
Suas noites são frias,
melancólicas, e silenciosas
Junto à lareira, no calor
de sua fornalha, adormeço
preso a um livro de acção,
tão sombrio como a noite

As noites de Outono
não me trazem boas memórias
Foi numa delas, que perdi aquela
que era o meu doce viver
Agora, me resta apenas um livro,
e a brasa da minha lareira,
que não aquece
meu coração cheio de cicatrizes

Por vezes sussurro a Deus,
zangado por sua insensibilidade
que trouxe esta solidão,
que me leva, à absoluta dor
“És tão cruel meu Deus,
porque não me levas
para junto de quem me trazia
a quentura da alma”

Aqui estou só, nestas noites frias
onde rasgo lembranças de desespero
num grito alvoraçado,
que vai em busca da louca paixão
Que se encontra no seu
porto seguro da eternidade,
e me deixa aqui a morrer
de perene saudade

Vivo no sonho, de encontrar
a luz para ir no seu caminho
Meu amor partiu,
e deixou a perplexidade
no fundo de mim,
como uma dança oculta,
que é uma constante
na minha vida

de: fernando ramos
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