setembro 16, 2006

FADISTA APAIXONADA

FADISTA APAIXONADA

Arrasta a voz com emoção
Nas difíceis palavras de clamor
Bem choradas no silêncio do coração
Tão cruas, e vestidas em rigor

Sua rouquidão atravessa a madrugada
E nos ombros ajeita seu xaile de cetim
Uma mágoa, p’ra ela vai destinada
Num fado, de memórias sem fim

E no absoluto silêncio de cumplicidade
Escuta-se a fadista que rói a saudade
Aquele fado murmura sua verdade
Da separação ocorrida na cidade

Naquela casa, ouvem seu grito
Sumindo na voz de infelicidade
Na mesa, alguém se sente aflito
P’lo sentimento de tanta intensidade

Ela canta, e sua tristeza engrandece
E a guitarra sofrida a quer acarinhar
Buscando amor, p’ra quem tanto padece
De paixão, que do peito se foi desalojar

Suas lágrimas, são pétalas de flores
Que caem naquele rosto apaixonado
Perdeu um amor, de muitos mil sabores
Deixou seu coração, muito despedaçado

E no poema, que canta em esplendor
Está branda nostalgia do momento
Por ter perdido seu grande amor
Que agora, só lhe traz sofrimento

De: fernando ramos
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