tag:blogger.com,1999:blog-80990402024-02-28T15:20:05.259+00:00FERNANDO RAMOS - NAUFRÁGIO DE LETRAS<a href="http://marocas.blogs.sapo.pt/arquivo/peace.gif"><img alt="peace.gif" src="http://marocas.blogs.sapo.pt/arquivo/peace-thumb.gif" width="134" height="99" border="0" /></a>Fernando Ramoshttp://www.blogger.com/profile/17460202919713012622noreply@blogger.comBlogger441125tag:blogger.com,1999:blog-8099040.post-50595335239670611822008-05-16T19:28:00.001+01:002008-05-16T19:30:43.882+01:00DEPOIS DOS CINQUENTADEPOIS DOS CINQUENTA<br /><br />Depois dos cinquenta anos<br />Já se percorreu todas as estradas<br />Esquinas e encruzilhadas <br />Com pouco, ou muito <br />Amor pela vida <br />Que todo esse tempo <br />Nos ofertou em várias direcções <br /><br />Durante meio século passado<br />Tanto aconteceu, tanto se viveu<br />E tanto para trás ficou...<br />Já se errou nas atitudes<br />Noutras até se acertou<br />Talvez nestas menos!<br /><br />Já nos perdemos de amor<br />Naquelas noites e dias<br />Que são só nossas<br />Já nos perdemos na vaidade <br />Talvez por egoísmo<br />Já caminhamos por tanta<br />Turbulência, e alguma Bonança<br />Já tivemos o brilhozinho nos olhos<br />Nos momentos intensos de paixão<br />E até nos pequenos detalhes<br />Sentimos os mesmos doces<br />Momentos da primeira vez<br />A nossa primeira vez<br /><br />Nunca foram demais esses <br />Nossos tempos <br />Antes dos cinquenta<br />Como nunca irão ser demais<br />Os pedaços amargurados ou não<br />Que nos falta viver<br /><br />E de mansinho os iremos<br />Contemplar, como quem <br />Olha o sol pela manhã<br />E nós sorriremos sempre<br />Mas sempre à saudade <br />Que nos presenteia<br /><br />Agora depois dos cinquenta anos<br />Mais suavemente <br />Sentimos o esplendor da vida<br />Em toda a sua plenitude<br />Mais tranquila, mais doce<br />E aqui e ali, talvez uma rebeldia<br />Que ainda teimosamente vem <br />de antes dos cinquenta<br /><br />De: Fernando Ramos<br />860Fernando Ramoshttp://www.blogger.com/profile/17460202919713012622noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8099040.post-71768467335269859442008-05-15T17:09:00.000+01:002008-05-15T17:10:20.621+01:00ESTE É O NOSSO MUNDOESTE É O NOSSO MUNDO<br /><br />O mundo é uma bola de cristal<br />Lá dentro gira as peripécias da vida<br />De forma insegura tão natural <br />Como uma lei à muito consentida<br /><br />Este mundo, é o nosso mundo<br />Feito de actos, sorrisos e dor<br />Tornando-se tanto imundo<br />Quando nele se grita o horror<br /><br />É um mundo de hipocrisia<br />Também de bom senso, e intolerância<br />E do egoísmo que vidas silencia<br />Quando prevalece a ganância<br /><br />Este é um mundo do homem e mulher<br />Alguns mascarados de verdades<br />Que numa má oportunidade qualquer<br />Terminam com seu futuro nas grades<br /><br />Em prisões nojentas e repletas, de se ver<br />Seres que nunca deveriam ter nascido<br />Destroem e assassinam com prazer<br />Neste mundo que não lhes é merecido<br /><br />Mas este é o mundo onde vivemos<br />Cá também existe um céu de amor<br />E gostosamente o merecemos<br />Quando se ama os outros com esplendor<br /><br />De: Fernando Ramos<br />859Fernando Ramoshttp://www.blogger.com/profile/17460202919713012622noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8099040.post-76173349139840109572008-05-14T17:55:00.000+01:002008-05-14T17:56:08.799+01:00AMOR ENGANADO<br /><br />Na simples fresca sala de fado<br />Sentados em velhas cadeiras<br />Ouve-se o fadista ousado<br />Em poemas que são fogueiras<br /><br />Arde o artista na emoção <br />Evocando a vida descuidada<br />Oferecendo-lhe golpes ao coração<br />Vindos de sua mulher amada<br /><br />Ao cantor corre-lhe em pranto<br />Correntes lagrimas da vida<br />Todos comovem-se com seu canto<br />Desse fado de dor vencida<br /><br />Ao lado do homem sofrido<br />Há quem o ouve com paixão<br />Sentem-lhe um amor traído <br />Deixando-os em consternação<br /><br />Seu amor está tão longe<br />Nos lados onde sol vem<br />Já pensou em ser monge<br />Mas sua vocação não tem<br /><br />Nesse fado de fogo infinito<br />Dum amor não correspondido<br />O artista solta seu grito<br />Num soluço bem fugido<br /><br />O povo na sala se agita<br />P’la frieza da traição<br />Ninguém ali mais acredita<br />Que esta vida conceda perdão<br /><br />Ela traiu um grande amor<br />Numa atitude grosseira <br />Deu ao coração a dor<br />E um olhar que se incendeia <br /> <br />O fadista cala sua voz<br />Não mais vai cantar o fado<br />Vive em sofrimento atroz<br />Por um amor o ter enganado<br /><br />E bem antes do sol nascer<br />A sala ficou triste e vazia<br />Escravo do amor vai ser<br />O fadista da nostalgia<br /><br />De: Fernando Ramos<br />858Fernando Ramoshttp://www.blogger.com/profile/17460202919713012622noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8099040.post-41865013259032644442008-05-09T16:36:00.000+01:002008-05-09T16:39:16.536+01:00CHORO CONSUMIDOCHORO CONSUMIDO<br /><br />Dos valentes regista a história<br />A sua heróica postura<br />Da guerra de triste memória<br />Resta apenas raiva e loucura<br /><br />E com mágoas se relembra<br />A Guerra que nunca é nula<br />Porquê, porquê tal contenda<br />Rica de ambição, desprezo e gula<br /><br />O louco na história apareceu<br />Na Europa que se julgava de bem<br />Matou esperanças mas não venceu<br />O mundo apelou à razão, sua mãe<br /><br />Agora longe desse tempo<br />Ainda se aguarda melhoras<br />E neste passar tão lento<br />Vai na memória más horas<br /><br />Mil lágrimas caídas<br />Dessa máscara tão nocturna<br />Muitas vidas foram sumidas<br />Por negra repelente figura<br /><br />Dessa guerra sem sentido<br />Uma geração foi perdida<br />No seu choro consumido<br />Gritava-se paz, então conseguida<br /><br />Do homem fica o pesadelo<br />Do seu acto vil e feroz<br />Pacifista, precisa saber sê-lo<br />P'ra não voltar à ferida tão atroz<br /><br />De: Fernando Ramos<br />852Fernando Ramoshttp://www.blogger.com/profile/17460202919713012622noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8099040.post-9163912102691686542008-05-07T18:53:00.000+01:002008-05-07T18:56:26.321+01:00AQUELE TEMPOAQUELE TEMPO<br /><br />Nasci num tempo, onde a vida<br />Não era feita nesta correria infernal<br />Nasci no tempo onde se podia<br />Brincar na rua, saltando à corda<br />Jogar à bola, ao berlinde, e até lançar o peão<br />Sou do tempo de ler o cavaleiro Andante<br />O mundo de Aventuras<br />Os heróis Bill the Kid, e o Bufalo Bill<br />No tempo onde se passeava pelos campos<br />E se conversava rodeado de doces cheiros<br />De tranquilidade, e dos lindos pavões<br />Que em liberdade passeavam pelo<br />Jardim do Campo Grande<br /><br />Nasci num tempo onde a natureza<br />Em cada pequeno pedaço nos oferecia<br />O prazer de olhar as lindas flores<br />E onde pares de namorados nos bancos<br />Do jardim confessavam seu eterno amor<br />Na braseira da paixão, sem incomodo<br />Sou do tempo...<br />Onde não havia comida enlatada<br />Congelada, e sem sabor<br />E tenho quase a certeza<br />Que não havia crianças tão gordas<br />E de falsa abastança<br /><br />Nasci antes da informática,<br />Tantos tinham trabalho<br />Nem que fosse a cultivar<br />Aqueles figos, e aquelas ameixas tão gulosas<br />Que nós miúdos tanto gostávamos<br />Que bom ser do tempo onde os pêssegos<br />Cheiravam tão bem<br />Que bom ser do tempo da fruta saborosa<br />Ser do tempo onde tudo era descoberta<br />E nós gostávamos tanto, tanto<br />Do tempo do nascimento dos Beatles<br />Do aparecimento das calças de ganga<br /><br />Sei que nasci num tempo de fome<br />Mas será que hoje esse tempo não existe?<br />Será que hoje não haverá mais fome<br />A nova miséria não andará encoberta?<br />Nesse tempo estava tudo à vista<br />Tudo era claro, tudo era honesto<br />Onde a palavra dada valia ouro<br />Nasci naquele tempo...<br />Agora a lágrima cai só de nele pensar<br />Que aconteceu meu Deus!<br />Estarei tão velho que agora pergunto<br />Que é feito desse tempo<br />Que tempos são os de hoje?<br /><br />De: Fernando Ramos<br />851Fernando Ramoshttp://www.blogger.com/profile/17460202919713012622noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8099040.post-21578350871588459412008-05-03T12:50:00.000+01:002008-05-03T12:52:00.748+01:00CHICA MORENACHICA MORENA<br /><br />Na Adega da Chica morena<br />Passo horas de ricos momentos<br />Ali ambiciono por paz serena<br />Mergulhado em cálidos pensamentos<br /><br />Agarrado a uma velha viola<br />Canto, canto até o dia raiar<br />Na noite meu espirito se consola<br />Nas quadras que a morena vai amar <br /><br />Chica não chores das minhas baladas<br />Elas são dores da alma e meu receio<br />P’ra ti, as canto p’las velhas calçadas<br />Entre o povo que é o meu meio<br /><br />De meus lábios brotam poemas<br />Em frases embriagadas e desvairadas<br />Eles são para ti Chica... E apenas<br />Os seguras p’las mãos ágeis e delgadas <br /><br />Poemas são os beijos e doces gemidos<br />Que trocamos quando sós na velha adega<br />Deles melosamente ficamos unidos<br />Tornando-se poesia que a vida carrega<br /><br />E nessa adega de nosso canto<br />Ouves as baladas sem dor<br />São a minha vida num pranto<br />P’ra teu coração feliz de amor<br /><br />De: Fernando Ramos<br />850Fernando Ramoshttp://www.blogger.com/profile/17460202919713012622noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8099040.post-85046886063028308242008-05-01T21:00:00.000+01:002008-05-01T21:01:16.389+01:00DEUSADEUSA<br /><br />Vejo a deusa dum templo Grego<br />Banhando-se nos raios da lua<br />É a mais linda, da noite nua<br />P’ra estrelas em desassossego<br /><br />Em meu coração vai um suplicio<br />Por olhar tal quadro cativante<br />Dessa linda Deusa deslumbrante<br />Que me leva de amor ao precipício<br /><br />Vão ânsias dentro de mim<br />Pela sublime Deusa desejada<br />E numa noite desesperada<br />Um estrela e a lua para mim sorri <br /><br />Neste meu aconchego solitário<br />Não esqueço a graça e simplicidade<br />Que na Deusa não é pura casualidade <br />Mas para mim a eterna felicidade<br /><br />De Fernando Ramos<br />849Fernando Ramoshttp://www.blogger.com/profile/17460202919713012622noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8099040.post-40455980425165130022008-04-28T18:46:00.000+01:002008-04-28T18:51:12.803+01:00NOITE DE PRIMAVERANOITE DE PRIMAVERA<br /><br />Numa noite de primavera<br />Andei por Lisboa<br />Percorrendo as velhas vielas<br />E nesse mês de florescerem<br />As sementes na terra<br />Ouvi na tasca bem velhinha<br />Desta linda cidade<br />O som da guitarra<br />Chorar teimosos trinados<br />As gentes ouviam<br />E se emocionava<br />Num fado triste e negro<br />Tão negro como um céu sem luar<br />E no final da noite de primavera<br />P’la manhãzinha<br />Quando o sol desponta<br />As primeiras flores sorriam<br />Sorriam de felicidade<br />Da vida da guitarra, e da fadista<br />Da tão castiça Lisboa<br />E o povo aquela hora<br />Ainda mal desperto<br />Vai num vaivém<br />No seu destino intimista<br />Fazendo contas, e murmurando<br />Como dando os bons dias<br />À doce manhã que chega<br />Pelo final da noite de primavera<br /><br />De Fernando Ramos<br />848Fernando Ramoshttp://www.blogger.com/profile/17460202919713012622noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8099040.post-55543155180639753232008-04-24T19:43:00.000+01:002008-04-24T19:44:37.878+01:00UM BOCADINHO ASSIMUM BOCADINHO ASSIM<br /><br />À loucura falta um bocadinho assim<br />Para se encontrar na alegria e no amor<br />E de braço dado na vida vai por aí<br />Com a timidez a insegurança e dor<br /><br />Também leva euforia e o medo<br />Neste manicómio que é a vida<br />Traz tantos dissabores e enredo<br />Até à morte que vem ligeira e decidida<br /><br />A timidez, timidamente aparece<br />Nesta encruzilhada de sentimentos<br />É envergonhada e por vezes lhe apetece<br />Esconder-se dos tristes maus momentos<br /><br />A loucura lá segue bem acompanhada<br />Surgindo percalços aqui, acolá e ali<br />Leva esperança que é companheira e fada<br />E lhe mostra o amor, no tal bocadinho assim<br /><br />De: Fernando Ramos<br />847Fernando Ramoshttp://www.blogger.com/profile/17460202919713012622noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8099040.post-19816102099367951122008-04-23T14:29:00.000+01:002008-04-23T14:33:14.499+01:00POESIA PARA TIPOESIA PARA TI<br /><br />Cada poema que escrevo<br />Leva um pedaço de amor, p’ra ti<br />Ele se envaidece sem medo<br />Porque ao escreve-lo<br />Sabe que faz bem a mim<br /><br />Ao o leres, não sei se te encantas<br />Talvez nem seja isso que ensejo<br />Nele não vão promessas tantas<br />Nem também é esse meu desejo<br /><br />Minha poesia sai como um rio<br />Em marés de fios de pura água<br />Minha inspiração jamais alguém sentiu<br />Com isso vivem na eterna mágoa<br /><br />Cada palavra que escrevo<br />Minha alma tanto engrandece<br />É um acto de amor soberbo<br />P’ra meu coração Que do teu padece<br /><br />Teu amor é como um abrigo<br />Onde guardas meus poemas<br />Fazes da minha poesia um amigo<br />Pintada em telas de airosas cenas<br /><br />De: Fernando Ramos<br />842Fernando Ramoshttp://www.blogger.com/profile/17460202919713012622noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8099040.post-79889984061365921342008-04-18T17:16:00.000+01:002008-04-18T17:17:26.044+01:00MEU MUNDOMEU MUNDO<br /><br />Este meu mundo não tem segredo<br />Nem é pertença de outro lugar<br />O mar lá vai correndo sem medo<br />Em veias de amizade sabendo perdoar<br /><br />Percorro sua estrada desde nascença<br />Onde o sol se põem ao anoitecer<br />E no fim da noite a aurora não pensa<br />O que o mundo nesse dia vai oferecer<br /><br />E ele desperta p’la alvorada sorrindo<br />Não escondendo a sua teia feia<br />À minha vida, nunca foi mentindo<br />Mostrou sempre a miséria em cadeia<br /><br />Nele nunca terei medo de amar<br />Mesmo que vá p’la estrada sinuosa<br />Quero que me leve para um lugar<br />Junto de paz e beleza virtuosa<br /><br />Dizem que o mundo, já é do passado<br />Mas é de agora e será do futuro<br />Nem que seja rebelde e envergonhado<br />Jamais viro as costas a este meu mundo<br /><br />De: Fernando Ramos<br />841Fernando Ramoshttp://www.blogger.com/profile/17460202919713012622noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8099040.post-5959526093053540992008-04-17T15:57:00.000+01:002008-04-17T16:00:10.234+01:00NOSSO CÉU AZULNOSSO CÉU AZUL<br /><br />Esta noite fomos ás nuvens azuis<br />E lá estava o luar cor de marfim<br />Acariciei teus peitos de truz<br />Por debaixo do pijama de cetim<br /><br />E bem agarradinhos no nosso leito<br />Imaginámo-nos pombas a esvoaçar<br />Desapertei teu cetim, com tanto jeito<br />E nos tivemos como aves acasalar<br /><br />E nesse magnifico poético esplendor<br />Cânticos se ouviram melosamente<br />Consagrando o ninho do nosso amor<br />Nas nuvens azuis, de tons resplandecente<br /><br />Pró céu azul, embevecidos olhámos<br />De olhos felizes, e flamejantes<br />E p’lo colorido divino, suspirámos<br />Felizes por tais momentos cativantes<br /><br />de: Fernando Ramos<br />837Fernando Ramoshttp://www.blogger.com/profile/17460202919713012622noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8099040.post-33118554349684638642008-04-15T16:20:00.000+01:002008-04-15T16:21:25.400+01:00836 - LUGAR NENHUMLUGAR NENHUM<br /><br />Hoje recordo quando te ouvia a fala<br />E tanto me beijavas sem demora<br />Como belo é o silencio que exala<br />Estas minhas lembranças agora<br /><br />Nem a folha que lá fora se agita<br />Me faz esquecer esses doces tempos<br />Mesmo que o vento traga a saudade aflita<br />E nem que meu peito grite seus lamentos <br /><br />Este é um desejo consumido<br />Nos subúrbios da minha paixão<br />Mas nunca é um momento perdido<br />Que navega em águas de minha desilusão<br /><br />Agora vejo como um magnifico clarão<br />O que passa por minha memória<br />Desses tempos em que te roubei o coração<br />Que juntinho ao meu era a melosa glória<br /><br />Hoje todas estas recordações<br />São como notas de música estranha<br />Composta na pauta de lamentações<br />Que p’la minha alma se entranha<br /><br />Sofro por tua longa ausência<br />Que a lugar nenhum me conduz<br />Fica ao abandono toda a vivência<br />Que nem se resguarda na minha cruz<br /><br /> De: Fernando Ramos<br />836Fernando Ramoshttp://www.blogger.com/profile/17460202919713012622noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8099040.post-88897275040248863302008-04-14T17:46:00.001+01:002008-04-14T17:46:47.735+01:00SE EU PUDESSESE EU PUDESSE<br /><br />Se eu tivesse o dom do vento<br />Soprava amor a todo momento<br />Fazia voar a injustiça<br />Tirava a dor ao pensamento<br />E acabaria com a má preguiça<br /><br />Mas se eu tivesse todos os dons<br />Terminaria com as guerras<br />Pintava a paz de lindos tons<br />E a todos oferecia férteis terras<br /><br />Ai se eu pudesse... Deitava fora<br />O orgulho, a mentira e a miséria<br />Decretava leis, sem demora<br />P’ra política do homem ser coisa séria<br /><br />De: Fernando Ramos<br />834Fernando Ramoshttp://www.blogger.com/profile/17460202919713012622noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8099040.post-10197397741081954862008-04-10T17:15:00.000+01:002008-04-10T17:16:12.188+01:00FUTURO CANALHAFUTURO CANALHA<br /><br />Os excluídos calcorreiam as ruas costumeiras<br />Bem pertinhas de suas casas<br />Eles são os filhos da inconsciência<br />De quem Governa seu ganha pão<br />Estas são as virtudes de um governo sábio<br />Tão sábio que deixa homens e mulheres<br />Perto dos cinquenta anos de idade<br />Entregue ás mãos de um patrão esperto<br />Afinal mais esperto que os governos sábios<br />Metidos em redomas de vidro onde se fecham<br /><br />Eles se aproveitam de todos os pequenos<br />Pormenores, até os mais escondidos<br />Nas leis elaboradas p’los tais sábios governos<br />Que dizem aprovar estas ditas leis<br />Em defesa da estabilidade e da liberdade<br />Mas qual Liberdade?<br />Quando pessoas vivem à mingua e à sorte<br />E outros se aproveitam da sua fragilidade!<br />Sabe-se lá com que interesses...<br /><br />Não são certamente o destes excluídos <br />Que sussurram pelas esquinas das cidades<br />A seu pobre coração sobre a falta de afectos<br />Dos misteriosos governos sábios<br />Que maquiavelicamente<br />Em determinadas alturas da vida<br />Tem sido fieis causadores <br />Dos maus momentos de tristes destinos<br /><br />Os dias dos excluídos se confundem<br />Uns com os outros<br />Como se fossem um relógio<br />Sem ponteiros que nunca se adianta<br />Nem nunca se atrasa<br />E eles mergulhados nesta verdade feia<br />Pensam que são demasiados novos<br />Para receber a sua reforma conquistada<br />Em longos anos de labor<br />E demasiado velhos para trabalharem<br />Como um direito que vem escrito<br />Em todos os manuais da vida humana<br />E afinal não passa de uma farsa bem ferida<br /><br />Este não é aquele favo de mel tão doce<br />Como doce era o sabor de se sentirem úteis<br />Para a sua meia idade como sempre aspiraram<br />Este é um pesadelo dos mais sinistros<br />Que agora vive em todos os excluídos<br />E que amanhã, infelizmente<br />Continuará a viver com outros sem sorte<br />Que terão as mesmas ruas<br />As mesmas esquinas<br />Para olharem para um horizonte<br />Onde certamente e calmamente<br />Passeará o dinheiro dos espertos<br />E o puder dos sábios<br />Num futuro canalha<br /><br />De: Fernando Ramos<br />833Fernando Ramoshttp://www.blogger.com/profile/17460202919713012622noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8099040.post-28124238234932691982008-04-09T17:31:00.000+01:002008-04-09T17:32:34.985+01:00PULOS DE FELICIDADEPULOS DE FELICIDADE<br /><br />Pobre mundo que nos rodeia<br />Vivendo ao sabor do vento<br />Triste futuro desencadeia<br />Faz-nos sofrer no seu tempo<br />Será preciso... Outro encontrar<br />Mais amante, solidário e seguro<br />Tanta ajuda se irá precisar<br />Nesse trilho longo e escuro<br /><br />Serão relâmpagos de desilusão<br />Que na caminhada irão aparecer<br />Encontra-se pedras de alucinação<br />Dum duro chão, a percorrer<br />Mas anseia-se por um sonho lindo<br />Como mares de preciosos corais<br />Para trás ficará um mundo findo<br />Outro nascerá... De novos rituais<br /><br />Ouvir-se-ão corações a sussurrar<br />Não por falta de novos afectos<br />Mas sim p’lo fim do triste caminhar<br />E na vida não surgirá mais desertos<br />O amor, o amor de novo voltará<br />Sorrindo no aconchego da liberdade<br />A paz outro caminho percorrerá<br />Onde se pulará, de imensa felicidade<br /><br />Este é um gracioso desejo<br />Se acontecer... Esse futuro eu beijo!<br /><br />De: Fernando Ramos<br />832Fernando Ramoshttp://www.blogger.com/profile/17460202919713012622noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8099040.post-80340214791423934352008-04-08T14:28:00.000+01:002008-04-08T14:29:25.242+01:00AMOR SEM JUIZOAMOR SEM JUÍZO<br /><br />Eu preciso de te falar<br />De beber teu sorriso<br />Já não sei como calar<br />Meu amor sem juízo<br /><br />Tive um erro imperdoável<br />Cometi a traição num impulso<br />Dei-te a dor insuportável<br />Sofres deste meu abuso<br />Não ando nesta vida<br />Sem primeiro a razão escutar<br />Não a ouvi, agora germina a ferida<br />Da verdade difícil de aceitar<br /><br />Eu preciso de te falar<br />E beber teu sorriso<br />Já não sei como calar<br />Meu amor sem juízo<br /><br />Tanto te abracei p’ra proteger<br />De alguma insensatez voraz<br />Mas acabei por te perder<br />Não sei, como fui capaz<br />Vivemos um belo amor<br />E te fiz juras sem ilusão<br />Trai-te... Agora sobra a dor<br />Jamais concedes teu perdão<br /><br />Eu preciso de te falar<br />E beber teu sorriso<br />Já não sei como calar<br />Meu amor sem juízo<br /><br />De: Fernando Ramos<br />831Fernando Ramoshttp://www.blogger.com/profile/17460202919713012622noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8099040.post-46793315153377521352008-04-07T17:19:00.000+01:002008-04-07T17:20:06.032+01:00DOCE MÃEDOCE MÃE<br /><br />Na beira do rio sob a escuridão infinda<br />A doce mãe seu filho adormece<br />Naquele silencio a flor mais linda<br />Fragrâncias de sonho à noite tece<br /><br />Na noite negra tão escura como preta<br />A Senhora a seu menino sorri<br />No horizonte opaco se abre uma greta<br />Mostrando à mãe um mundo ruim<br /><br />Pensando ela... É mais bonito a beira do rio!<br />Ali reside o amor a viver em bonança <br />Apesar de ser bem pequeno e esguio<br />Lá mora p’ra seu filho a fiel segurança<br /><br />A doce mãe daquela beira jamais quer partir<br />Ali, onde escuta o conversar das flores<br />Que por vezes muito a fazem sorrir<br />Voando ao vento, maravilhosos odores<br /><br />Naquele berço coberto pelo céu<br />A mãe sussurra ás estrelas que a cativa<br />Pede a elas amor quente dum seio seu<br />P’ra que seu menino, em pureza viva<br /><br />Ao entardecer quando o sol já ia<br />Um poema se escreveu p’ra seu espanto<br />À beira do rio o declamou na orvalhada fria<br />Empregando ao momento, tanto, tanto encanto<br /><br />E na noite de cativante azul comovente<br />No infinito das profundezas do luar<br />A doce mãe, ao menino oferece seu seio quente<br />Murmurando-lhe no rosto canções de embalar<br /><br />De: Fernando Ramos<br />830Fernando Ramoshttp://www.blogger.com/profile/17460202919713012622noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8099040.post-34551689760340268832008-04-05T13:45:00.001+01:002008-04-05T13:45:51.730+01:00DEIXEM-NO RIRDEIXEM-NO RIR<br /><br />Ao final da tarde<br />Quando o sol vai de abalada<br />Dá um prazer danado<br />Escutar algumas pérolas<br />De Jorge Palma<br />E nesse doce entardecer<br />A melodia entra sem bater<br />Sem precisar de se anunciar<br />Numa rádio qualquer<br /><br />O artista deambula seu gozo <br />E vai dizendo a alma poeta<br />Só como ele a espreita<br />É assim a velha estrada<br />De sua musica aromática<br />Que ao piano, ou à guitarra<br />Mostra a raça e o coração<br />Em teimosos poemas<br />Ao amor, e á vida<br /><br />Vai suplicando pelos dedos<br />Num teclado de piano<br />Para o deixarem rir<br />Na voz que engrandece os génios<br />Tocando e escrevendo<br />O que nós ouvimos como<br />Uma perpétua sinfonia<br />Que passa por toda a existência<br />A nossa existência<br /><br />E ao som de pura liberdade<br />De compor<br />Vai soluçando magia<br />No melhor que pode oferecer<br />Como se fosse um fetiche<br />De emoções dentro de sonhos<br />Que se vão ouvir e ler<br />Através dos tempos<br />E ele num espirito de saudade<br />Vai suplicando arduamente<br />Para o deixarem rir <br /><br />De: Fernando Ramos<br />826Fernando Ramoshttp://www.blogger.com/profile/17460202919713012622noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8099040.post-41901744176816987152008-03-30T13:24:00.000+01:002008-03-30T13:25:47.433+01:00LISBOA DO POVO E DO TURISTALISBOA DO POVO E DO TURISTA<br /><br />Lisboa, paraíso de sete colinas<br />Desperta aos raios da manhã<br />Brilha o sol nas casas Pombalinas<br />Da bela cidade amiga e cortesã<br /><br />Nas ruas a liberdade pulula por ali<br />Desde cedinho sob um céu majestoso<br />O povo diz que a cidade é parte de si<br />Abençoada p’lo seu Santo fervoroso<br /><br />À noite a lua p’las janelas entra em cheio<br />Nos becos e vielas do fado submisso<br />O turista espreita as tascas, e de permeio<br />Apaixona-se p’la guitarra de timbre castiço<br /><br />É nesta Capital mágica de mil sois<br />O visitante se move alegremente<br />Nas esplanadas prova pratinhos de caracóis<br />Saboreando-os com cerveja perdidamente<br /><br />De dia o estrangeiro esta Lisboa visita<br />As belezas aquecidas p’lo sol encantado<br />E à noite se perde pela voz da fadista<br />Que lhes dedica o fado de amor perfumado<br /><br />É assim a maravilhosa Lisboa<br />Que muito tem para oferecer<br />Tantos a querem como sua fada boa<br />Os turistas já mais a irão esquecer<br /><br />E no eléctrico turístico vermelho e amarelo<br />Passeia-se p’la Lisboa cosmopolita e amena<br />Deslumbrando-se próximo do céu, no Castelo<br />Olhando o Tejo e a cidade que é poema<br /> <br />O turista, calcorreia os bairros populares<br />Deambulando por ali sem alguma maçada <br />O povo lhes oferece em faustos jantares<br />Vinho tinto, e a bela Sardinha assada<br /><br />Pelas ruas vai criando suas ilusões<br />Nesta cidade que para si é um espanto<br />Falam-lhe do grande poeta Camões<br />E da poesia que lhes traz tanto encanto<br /><br />Na hora do visitante ir embora<br />A tristeza bate com ansiedade<br />Já amam Lisboa conhecida em boa hora<br />Levando no peito a palavra SAUDADE<br /><br />E a cidade para eles bem se agita<br />Com amor e o calor do céu azul<br />Gritando muito feliz o turista<br />“Lisboa é tão bela como as ilhas do mar do sul”<br /><br />De: Fernando Ramos<br />821Fernando Ramoshttp://www.blogger.com/profile/17460202919713012622noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8099040.post-4162663103336986982008-03-24T18:34:00.000+00:002008-03-24T18:35:47.069+00:00PERDÃO PARA A MÃEPERDÃO PARA A MÃE<br /><br />Minha mãe foi rezar<br />Na Igreja da Virgem Maria<br />P’ra Virgem perdoar<br />O pecado que na alma, lhe ia<br /><br />Senhora perdoai minha mãe<br />Que é uma Santa mulher<br />Os pecados que ela tem<br />Seu pobre coração fere<br />Carregamos a alma pecadora<br />Fazendo vida desgraçada<br />Perdoai-nos Santa Senhora<br />Para o céu ser boa morada<br /><br />A Virgem perdoa sempre<br />Na sua piedosa Divindade<br />Adoramo-la eternamente<br />Jurando-lhe fidelidade<br />Na igreja, minha mãe reza<br />Pelo o mundo e p’la família<br />Quando lá vai, leva a promessa<br />De amor à Virgem Maria<br /><br />E a Virgem bem a escuta<br />Nas suas tristezas da vida<br />Senhora, protege-a nessa luta<br />P’ra que nunca se sinta perdida<br /><br />De: Fernando Ramos<br />819Fernando Ramoshttp://www.blogger.com/profile/17460202919713012622noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8099040.post-83510857801787896312008-03-17T18:45:00.000+00:002008-03-17T18:47:37.175+00:00CHOVEM BEIJOS DE AMORCHOVEM BEIJOS DE AMOR<br /><br />Teu sorriso soa por minha alma<br />Na harmonia que o maestro levanta<br />Inundando o peito, e o palpitar acalma<br />Tanta angustia melada, tanta... tanta<br /><br />Por teu sorriso que dá perdição<br />Murmura o vento levantando vagas<br />Num mar de amor perto do coração<br />Esconde beijos vestidos de pratas<br /><br />De mil raios chovem desejos de amor<br />Perdidos por esses lábios gostosos<br />Caindo na terra, num forte tremor<br />Aromas teus, em beijos melosos<br /><br />É com espanto e tanta fantasia<br />Que o penetrante olhar bem vigia<br />Tua boca bela de minha tontaria<br />P’lo brilhar da noite até ao raiar do dia<br /> <br />E no imenso azul de total luar<br />Beijamo-nos rendidos de olhos cerrados<br />Com nossos lábios quase a murmurar<br />Esses doces momentos tão perfumados<br /><br />E uiva o vento num feliz tormento<br />Buscando beleza em teu sorriso maroto<br />Desfraldam velas e Naus não aguentam<br />O mar de beijos que por teus lábios solto<br /><br />De: Fernando Ramos<br />818Fernando Ramoshttp://www.blogger.com/profile/17460202919713012622noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8099040.post-33972510359116203842008-03-16T18:20:00.000+00:002008-03-16T18:21:35.058+00:00TEU AMOR É O RUMTEU AMOR É O RUM<br /><br />Diz lá, diz lá meu bem<br />Porque bebes tanto Rum<br />O ciúme te persegue, bem sei<br />Mas o meu amor, és tu<br /><br />Nesse teu mergulhar em bebida<br />Fazes-me sofrer sem razão<br />À muito, me sinto perdida<br />Por fazeres doer meu coração<br />Porquê, porquê tua tristeza<br />Se desde novinha que sou tua<br />Hoje penso que não foi beleza<br />Quando me tinhas à luz da lua<br /><br />Diz lá, diz lá meu bem<br />Porque bebes tanto Rum<br />O ciúme te persegue, bem sei<br />Mas o meu amor, és tu<br /><br />Estranha é, tua atitude tortuosa<br />Que me faz cair na solidão<br />Agora a noite passa vagarosa<br />Quando antes era só emoção<br />Meu desespero é tão cruel<br />Falta-me tua confiança<br />Esse ciúme na nossa vida é fel<br />E vai matando o amor de criança<br /><br />Diz lá, diz lá meu bem<br />Porque bebes tanto Rum<br />O ciúme te persegue, bem sei<br />Mas o meu amor, és tu<br /><br />Agora, teu amor é o Rum<br />Bebida da tua destruição<br />Ele te consome, e não sofre só um<br />Pois eu vivo em total consternação<br />Esta maldita maleita te alcançou<br />Como lamina de dor na nossa vida<br />Toda esta angústia me cansou<br />E o coração, não sara esta ferida<br /><br />Diz lá, diz lá meu bem<br />Porque bebes tanto Rum<br />O ciúme te persegue, bem sei<br />Mas o meu amor, és tu<br /><br />De: Fernando Ramos<br />816Fernando Ramoshttp://www.blogger.com/profile/17460202919713012622noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8099040.post-80266801481667675352008-03-09T14:42:00.000+00:002008-03-09T14:56:37.411+00:00GUITARRA VAIDOSAGUITARRA VAIDOSA<br /><br />A nossa guitarra é vaidosa<br />Põem-se bonita ao trinar<br />Para a bela voz virtuosa<br />Que dela se faz acompanhar<br /><br />Suas cordas são de puro ouro<br />Tão macias como cetim<br />Dedilha-se este belo tesouro<br />Em fados de amor, e dor ruim<br /><br />A sua riqueza, trina a coragem<br />Diz o povo, sentindo-a nos fados<br />Poetas oferecem vassalagem<br />Nos poemas de amores agitados<br /><br />Do Tejo, partiram Naus e Caravelas<br />Levando guitarras, e guitarristas<br />P’ra num mundo novo, à luz das velas<br />Se ouvirem, valentes marinheiros fadistas<br /><br />É sempre num castiço e bonito fado<br />Que a guitarra tem a nobre missão<br />Tocar a dor, o amor, e o pecado<br />Que moram pertinho do coração<br /><br />Os bairros amam sua Guitarra<br />E os fadistas choram com ela<br />Voz ardente nela se amarra<br />Pró povo, que a ouve à janela<br /><br />E na sua vaidade de trinar<br />Ela sorri p’ra noite, e pró dia<br />Com fadistas a maravilhar<br />O turista, o povo, e a fidalguia<br /><br />De: Fernando Ramos<br />815Fernando Ramoshttp://www.blogger.com/profile/17460202919713012622noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8099040.post-70085403743120843522008-02-20T19:52:00.000+00:002008-02-20T19:53:05.324+00:00BEIJOS PELA TARDINHABEIJOS PELA TARDINHA<br />(soneto)<br /><br />Deste-me beijos pela tardinha<br />Por esse encanto me fiquei<br />E, em tua boca tão docinha<br />Entre suspiros balancei<br /><br />Nela, subi ao firmamento<br />Tal era minha felicidade<br />Quero teus lábios, todo momento<br />E quem sabe... P’ra eternidade<br /><br />Tua boca, é a doce loucura<br />E fonte de mel do meu viver<br />Teus beijos, são pura ternura<br /><br />P’ra meu doido peito ofegante<br />Por tão assombroso prazer<br />Que perdido está neste instante<br /><br />de: Fernando Ramos<br />814Fernando Ramoshttp://www.blogger.com/profile/17460202919713012622noreply@blogger.com0