junho 28, 2007
RIO DE AMARGURAS
RIO DE AMARGURAS
Sou um homem triste
Que hoje à beira do desconforto
Vê o rio de minha existência
Paulatinamente correr
Nele, vão todas as boas ilusões
Que a cada instante sinto latejar
E sempre me fizeram sonhar
É um rio, de bonitas
E boas recordações
Que em minha memória
Andarão sempre presentes
E viverão alegremente bailando
Sobre a sua vontade de existirem
Haja o que houver em todo
Este percurso, as boas
Lembranças proibirão
O esvaziar do pensamento
Elas, permanecerão gravadas
Em meu coração
Como bocados de bons desejos
Que em algumas situações
Mal foram cumpridos
Deixando a mágoa ir em busca
De um final feliz, o meu final
Que terminará na foz
Deste silencioso rio, de amarguras
de: Fernando Ramos
744
Sou um homem triste
Que hoje à beira do desconforto
Vê o rio de minha existência
Paulatinamente correr
Nele, vão todas as boas ilusões
Que a cada instante sinto latejar
E sempre me fizeram sonhar
É um rio, de bonitas
E boas recordações
Que em minha memória
Andarão sempre presentes
E viverão alegremente bailando
Sobre a sua vontade de existirem
Haja o que houver em todo
Este percurso, as boas
Lembranças proibirão
O esvaziar do pensamento
Elas, permanecerão gravadas
Em meu coração
Como bocados de bons desejos
Que em algumas situações
Mal foram cumpridos
Deixando a mágoa ir em busca
De um final feliz, o meu final
Que terminará na foz
Deste silencioso rio, de amarguras
de: Fernando Ramos
744
junho 26, 2007
JORNALISTA E O POETA
JORNALISTA E O POETA
Surgem palavras p’ra poemas
Ou noticias, na imaginação fértil
De quem escreve
Elas, vêem cheias de acontecimentos
do nosso dia, a dia
Que vai dando noticias do momento
Saídas p’la ponta do lápis de carvão
Registando-se cada facto nas silabas
Que vão garreando com ideias
Para o pensamento deixar cair
Numa folha branca
Que faltará afinal?
Um elo, um rasto de informação
Para o criativo melhorar o que escreve?
Pobre do escritor, que p’la frente
Ou por detrás de uma máscara,
Por vezes não lhe ocorre
As palavras certas
Luta, estrebucha, e para quê?
Se nas palavras está toda a verdade
Está lá tudo do pensamento humano
Sem uma única falha
Mesmo a inspiração fatigada
Essa inspiração que por vezes
Vem com o cansaço
Do jornalista que escreve
Mas elas, as palavras
Vão surgindo uma a uma
Pró escrivão, como uma poesia
De choros, onde lágrimas
São letras que anseiam p’lo final
do poema, ou da noticia
Que sairá num livro,
Ou num jornal do dia
Ó divino, como és generoso
E dás a razão, e certeza do saber
Ao jornalista, e ao inspirador
Numa mistura de ideias
Deixadas na folha de papel
Com a pequena diferença de inspiração
Entre o jornalista, e o poeta
De: Fernando Ramos
743
Surgem palavras p’ra poemas
Ou noticias, na imaginação fértil
De quem escreve
Elas, vêem cheias de acontecimentos
do nosso dia, a dia
Que vai dando noticias do momento
Saídas p’la ponta do lápis de carvão
Registando-se cada facto nas silabas
Que vão garreando com ideias
Para o pensamento deixar cair
Numa folha branca
Que faltará afinal?
Um elo, um rasto de informação
Para o criativo melhorar o que escreve?
Pobre do escritor, que p’la frente
Ou por detrás de uma máscara,
Por vezes não lhe ocorre
As palavras certas
Luta, estrebucha, e para quê?
Se nas palavras está toda a verdade
Está lá tudo do pensamento humano
Sem uma única falha
Mesmo a inspiração fatigada
Essa inspiração que por vezes
Vem com o cansaço
Do jornalista que escreve
Mas elas, as palavras
Vão surgindo uma a uma
Pró escrivão, como uma poesia
De choros, onde lágrimas
São letras que anseiam p’lo final
do poema, ou da noticia
Que sairá num livro,
Ou num jornal do dia
Ó divino, como és generoso
E dás a razão, e certeza do saber
Ao jornalista, e ao inspirador
Numa mistura de ideias
Deixadas na folha de papel
Com a pequena diferença de inspiração
Entre o jornalista, e o poeta
De: Fernando Ramos
743
junho 18, 2007
DÉSPOTAS
DÉSPOTAS
Imaginam-se senhores esclarecidos
Julgam-se reis, e de todo poder
São apenas seres agressivos
Que a tantos, tantos dão mau viver
Estes senhores, que alguns são de guerra
Pensam serem iluminados p’lo divino
Enganam-se... Porque cá na terra
São simples déspotas pobres de tino
E na mais pura soberba arrogância
Anseiam por regimes de má memória
Elevam sua total ganância
Na esperança da eterna gloria
E tais déspotas incorrigíveis
Senhoreiam-se do que não lhes pertence
São ambições sempre apetecíveis
Que só os incautos, convencem
Dizem-se espíritos cheios de clareza
Mas afinal são de pensamentos fechados
Sua ignorância, pró mundo são a tristeza
Das ideologias feudais, de séculos passados
De: Fernando Ramos
742
Imaginam-se senhores esclarecidos
Julgam-se reis, e de todo poder
São apenas seres agressivos
Que a tantos, tantos dão mau viver
Estes senhores, que alguns são de guerra
Pensam serem iluminados p’lo divino
Enganam-se... Porque cá na terra
São simples déspotas pobres de tino
E na mais pura soberba arrogância
Anseiam por regimes de má memória
Elevam sua total ganância
Na esperança da eterna gloria
E tais déspotas incorrigíveis
Senhoreiam-se do que não lhes pertence
São ambições sempre apetecíveis
Que só os incautos, convencem
Dizem-se espíritos cheios de clareza
Mas afinal são de pensamentos fechados
Sua ignorância, pró mundo são a tristeza
Das ideologias feudais, de séculos passados
De: Fernando Ramos
742
junho 17, 2007
CAOS
CAOS
Difícil este mau tempo que passa
Onde o destino, em alguns traça
A miséria, que é o extermínio que os enlaça
Sejam eles Brancos, ou outra cor que grassa
Neste planeta fértil de pérfidos contrastes
Onde apenas importa, a sórdida ambição
De senhores, que não passam de trastes
É gente sem dó, nem coração
Em volta de mim olho, e o que vejo!
Caos, violência, decadência sem razão
Tenho apenas, um puro e simples desejo
De não viver mais, nesta triste confusão
Já a mitologia, a história ou a lenda
Nos relata este mesmo percurso passado
Mas agora, não se sara a fenda
Dum pobre mundo, mal venerado
Onde a posse do ouro, em alguns se torna sinistro
Para quem sofre, e acalenta a esperança
Suplicando que o mundo gire em sistema misto
A fim de se receber, a felicidade como herança
De: Fernando Ramos
741
Difícil este mau tempo que passa
Onde o destino, em alguns traça
A miséria, que é o extermínio que os enlaça
Sejam eles Brancos, ou outra cor que grassa
Neste planeta fértil de pérfidos contrastes
Onde apenas importa, a sórdida ambição
De senhores, que não passam de trastes
É gente sem dó, nem coração
Em volta de mim olho, e o que vejo!
Caos, violência, decadência sem razão
Tenho apenas, um puro e simples desejo
De não viver mais, nesta triste confusão
Já a mitologia, a história ou a lenda
Nos relata este mesmo percurso passado
Mas agora, não se sara a fenda
Dum pobre mundo, mal venerado
Onde a posse do ouro, em alguns se torna sinistro
Para quem sofre, e acalenta a esperança
Suplicando que o mundo gire em sistema misto
A fim de se receber, a felicidade como herança
De: Fernando Ramos
741
junho 04, 2007
MINHA MÃE MINHA TERRA
MINHA MÃE, MINHA TERRA
Vou indo para a minha terra
Por caminhos floridos, de bom chão
À sua beira, vou colhendo à mão
Lindas flores, que perfumam a serra
Foi com amor que as plantei
E que a natureza regou
P’ra minha mãe as levarei
Esta oferta que Deus criou
São p’ra ela, que está gravida
Dum irmãozinho que vai nascer
E dum amor de tanto querer
Concedeu-lhe Deus, esta dávida
Quando chegar à minha aldeia
Bonita festa irei fazer
Que se prolongará até à ceia
Com minha mãe, a me enternecer
A ela sempre amarei
Seu coração bem no fundo
E, à minha terra, sempre voltarei
Enquanto o mundo, for mundo
De: Fernando Ramos
740
Vou indo para a minha terra
Por caminhos floridos, de bom chão
À sua beira, vou colhendo à mão
Lindas flores, que perfumam a serra
Foi com amor que as plantei
E que a natureza regou
P’ra minha mãe as levarei
Esta oferta que Deus criou
São p’ra ela, que está gravida
Dum irmãozinho que vai nascer
E dum amor de tanto querer
Concedeu-lhe Deus, esta dávida
Quando chegar à minha aldeia
Bonita festa irei fazer
Que se prolongará até à ceia
Com minha mãe, a me enternecer
A ela sempre amarei
Seu coração bem no fundo
E, à minha terra, sempre voltarei
Enquanto o mundo, for mundo
De: Fernando Ramos
740
ESPERO O AMANHÃ
ESPERO O AMANHÃ
Já nada me sobra deste tempo
Outra vida, melhor teria sido
Agora vou no meu passo lento
Calcando o passado já vencido
Apenas restam lamentações
Do meu mundo outrora sumido
Foram imensas as tentações
Aproveita-las, foi imerecido
Nova aurora p’ra mim aconteceu
Na adiantada idade que se some
Senti-la, meu corpo estremeceu
Agarrado ao futuro que consome
No meu difuso quebranto
A mente, ainda se encontra sã
E num emaranhado espanto
Serenamente espero, p’lo amanhã
De: Fernando Ramos
739
Já nada me sobra deste tempo
Outra vida, melhor teria sido
Agora vou no meu passo lento
Calcando o passado já vencido
Apenas restam lamentações
Do meu mundo outrora sumido
Foram imensas as tentações
Aproveita-las, foi imerecido
Nova aurora p’ra mim aconteceu
Na adiantada idade que se some
Senti-la, meu corpo estremeceu
Agarrado ao futuro que consome
No meu difuso quebranto
A mente, ainda se encontra sã
E num emaranhado espanto
Serenamente espero, p’lo amanhã
De: Fernando Ramos
739
BRANCAS MORTALHAS
BRANCAS MORTALHAS
Surgem mortalhas p’ra corpos
Elas são de algodão, e grosso corte
Vestem tantos sem sorte
Que deambulavam no pecado forte
Terminando assim, inertes e mortos
Irão p’ro céu? Não se sabe!
O inferno talvez seja seu destino
Eram pecadores de pouco tino
Num lugar triste e pouco fino
Onde, o bom futuro lá não cabe
Agora são almas sem regresso?
Cobertas de mortalhas p’ra conforto
Cobrindo o corpo frio e morto
A caminho dum além, nascido torto
Que em vida não mereceram sucesso
Mas afinal, esperam-lhes o céu!
Num paraíso de paz celestial
São almas felizes, e é consensual
Que ir pró inferno, era irreal
Subiram ás nuvens, vestidos de véu
E as mortalhas foram-lhes retiradas
Daqueles corpos mal enfeitados
Deus perdoou tédios pecados
Abrindo sua porta, aos pobres coitados
Enlaçando-lhes, as felicidades desejadas
P’ra traz, ficaram tristes destinos
Foram embora as brancas mortalhas
Chegou paz, a espíritos sem malhas
Vividos em profundos meios de palhas
Que ansiavam por Anjos bem vindos
De: Fernando Ramos
738
Surgem mortalhas p’ra corpos
Elas são de algodão, e grosso corte
Vestem tantos sem sorte
Que deambulavam no pecado forte
Terminando assim, inertes e mortos
Irão p’ro céu? Não se sabe!
O inferno talvez seja seu destino
Eram pecadores de pouco tino
Num lugar triste e pouco fino
Onde, o bom futuro lá não cabe
Agora são almas sem regresso?
Cobertas de mortalhas p’ra conforto
Cobrindo o corpo frio e morto
A caminho dum além, nascido torto
Que em vida não mereceram sucesso
Mas afinal, esperam-lhes o céu!
Num paraíso de paz celestial
São almas felizes, e é consensual
Que ir pró inferno, era irreal
Subiram ás nuvens, vestidos de véu
E as mortalhas foram-lhes retiradas
Daqueles corpos mal enfeitados
Deus perdoou tédios pecados
Abrindo sua porta, aos pobres coitados
Enlaçando-lhes, as felicidades desejadas
P’ra traz, ficaram tristes destinos
Foram embora as brancas mortalhas
Chegou paz, a espíritos sem malhas
Vividos em profundos meios de palhas
Que ansiavam por Anjos bem vindos
De: Fernando Ramos
738
junho 03, 2007
ESCREVO
ESCREVO
(soneto)
P’ra ti, escrevo de mil cuidados
São poemas de minha alvura
É pedaços de vida inspirados
Em palavras de breve cultura
Pensamentos deitados num livro
Que só p’ra ti, apenas para ti, editarei
Em palavras endoidecidas sem castigo
Que no meu coração, são lei
Escrevo, e para ti rescrevo sem fim
Poesia de amor e emoção
São breves, e vão voando por aí
Buscando no vento, seu poiso manso
Que se não encontrar, cairão no chão
Mas escreverei na mesma, e não me canso
De: Fernando Ramos
737
(soneto)
P’ra ti, escrevo de mil cuidados
São poemas de minha alvura
É pedaços de vida inspirados
Em palavras de breve cultura
Pensamentos deitados num livro
Que só p’ra ti, apenas para ti, editarei
Em palavras endoidecidas sem castigo
Que no meu coração, são lei
Escrevo, e para ti rescrevo sem fim
Poesia de amor e emoção
São breves, e vão voando por aí
Buscando no vento, seu poiso manso
Que se não encontrar, cairão no chão
Mas escreverei na mesma, e não me canso
De: Fernando Ramos
737
Subscrever Mensagens [Atom]