maio 16, 2008
DEPOIS DOS CINQUENTA
DEPOIS DOS CINQUENTA
Depois dos cinquenta anos
Já se percorreu todas as estradas
Esquinas e encruzilhadas
Com pouco, ou muito
Amor pela vida
Que todo esse tempo
Nos ofertou em várias direcções
Durante meio século passado
Tanto aconteceu, tanto se viveu
E tanto para trás ficou...
Já se errou nas atitudes
Noutras até se acertou
Talvez nestas menos!
Já nos perdemos de amor
Naquelas noites e dias
Que são só nossas
Já nos perdemos na vaidade
Talvez por egoísmo
Já caminhamos por tanta
Turbulência, e alguma Bonança
Já tivemos o brilhozinho nos olhos
Nos momentos intensos de paixão
E até nos pequenos detalhes
Sentimos os mesmos doces
Momentos da primeira vez
A nossa primeira vez
Nunca foram demais esses
Nossos tempos
Antes dos cinquenta
Como nunca irão ser demais
Os pedaços amargurados ou não
Que nos falta viver
E de mansinho os iremos
Contemplar, como quem
Olha o sol pela manhã
E nós sorriremos sempre
Mas sempre à saudade
Que nos presenteia
Agora depois dos cinquenta anos
Mais suavemente
Sentimos o esplendor da vida
Em toda a sua plenitude
Mais tranquila, mais doce
E aqui e ali, talvez uma rebeldia
Que ainda teimosamente vem
de antes dos cinquenta
De: Fernando Ramos
860
Depois dos cinquenta anos
Já se percorreu todas as estradas
Esquinas e encruzilhadas
Com pouco, ou muito
Amor pela vida
Que todo esse tempo
Nos ofertou em várias direcções
Durante meio século passado
Tanto aconteceu, tanto se viveu
E tanto para trás ficou...
Já se errou nas atitudes
Noutras até se acertou
Talvez nestas menos!
Já nos perdemos de amor
Naquelas noites e dias
Que são só nossas
Já nos perdemos na vaidade
Talvez por egoísmo
Já caminhamos por tanta
Turbulência, e alguma Bonança
Já tivemos o brilhozinho nos olhos
Nos momentos intensos de paixão
E até nos pequenos detalhes
Sentimos os mesmos doces
Momentos da primeira vez
A nossa primeira vez
Nunca foram demais esses
Nossos tempos
Antes dos cinquenta
Como nunca irão ser demais
Os pedaços amargurados ou não
Que nos falta viver
E de mansinho os iremos
Contemplar, como quem
Olha o sol pela manhã
E nós sorriremos sempre
Mas sempre à saudade
Que nos presenteia
Agora depois dos cinquenta anos
Mais suavemente
Sentimos o esplendor da vida
Em toda a sua plenitude
Mais tranquila, mais doce
E aqui e ali, talvez uma rebeldia
Que ainda teimosamente vem
de antes dos cinquenta
De: Fernando Ramos
860
maio 15, 2008
ESTE É O NOSSO MUNDO
ESTE É O NOSSO MUNDO
O mundo é uma bola de cristal
Lá dentro gira as peripécias da vida
De forma insegura tão natural
Como uma lei à muito consentida
Este mundo, é o nosso mundo
Feito de actos, sorrisos e dor
Tornando-se tanto imundo
Quando nele se grita o horror
É um mundo de hipocrisia
Também de bom senso, e intolerância
E do egoísmo que vidas silencia
Quando prevalece a ganância
Este é um mundo do homem e mulher
Alguns mascarados de verdades
Que numa má oportunidade qualquer
Terminam com seu futuro nas grades
Em prisões nojentas e repletas, de se ver
Seres que nunca deveriam ter nascido
Destroem e assassinam com prazer
Neste mundo que não lhes é merecido
Mas este é o mundo onde vivemos
Cá também existe um céu de amor
E gostosamente o merecemos
Quando se ama os outros com esplendor
De: Fernando Ramos
859
O mundo é uma bola de cristal
Lá dentro gira as peripécias da vida
De forma insegura tão natural
Como uma lei à muito consentida
Este mundo, é o nosso mundo
Feito de actos, sorrisos e dor
Tornando-se tanto imundo
Quando nele se grita o horror
É um mundo de hipocrisia
Também de bom senso, e intolerância
E do egoísmo que vidas silencia
Quando prevalece a ganância
Este é um mundo do homem e mulher
Alguns mascarados de verdades
Que numa má oportunidade qualquer
Terminam com seu futuro nas grades
Em prisões nojentas e repletas, de se ver
Seres que nunca deveriam ter nascido
Destroem e assassinam com prazer
Neste mundo que não lhes é merecido
Mas este é o mundo onde vivemos
Cá também existe um céu de amor
E gostosamente o merecemos
Quando se ama os outros com esplendor
De: Fernando Ramos
859
maio 14, 2008
AMOR ENGANADO
Na simples fresca sala de fado
Sentados em velhas cadeiras
Ouve-se o fadista ousado
Em poemas que são fogueiras
Arde o artista na emoção
Evocando a vida descuidada
Oferecendo-lhe golpes ao coração
Vindos de sua mulher amada
Ao cantor corre-lhe em pranto
Correntes lagrimas da vida
Todos comovem-se com seu canto
Desse fado de dor vencida
Ao lado do homem sofrido
Há quem o ouve com paixão
Sentem-lhe um amor traído
Deixando-os em consternação
Seu amor está tão longe
Nos lados onde sol vem
Já pensou em ser monge
Mas sua vocação não tem
Nesse fado de fogo infinito
Dum amor não correspondido
O artista solta seu grito
Num soluço bem fugido
O povo na sala se agita
P’la frieza da traição
Ninguém ali mais acredita
Que esta vida conceda perdão
Ela traiu um grande amor
Numa atitude grosseira
Deu ao coração a dor
E um olhar que se incendeia
O fadista cala sua voz
Não mais vai cantar o fado
Vive em sofrimento atroz
Por um amor o ter enganado
E bem antes do sol nascer
A sala ficou triste e vazia
Escravo do amor vai ser
O fadista da nostalgia
De: Fernando Ramos
858
Na simples fresca sala de fado
Sentados em velhas cadeiras
Ouve-se o fadista ousado
Em poemas que são fogueiras
Arde o artista na emoção
Evocando a vida descuidada
Oferecendo-lhe golpes ao coração
Vindos de sua mulher amada
Ao cantor corre-lhe em pranto
Correntes lagrimas da vida
Todos comovem-se com seu canto
Desse fado de dor vencida
Ao lado do homem sofrido
Há quem o ouve com paixão
Sentem-lhe um amor traído
Deixando-os em consternação
Seu amor está tão longe
Nos lados onde sol vem
Já pensou em ser monge
Mas sua vocação não tem
Nesse fado de fogo infinito
Dum amor não correspondido
O artista solta seu grito
Num soluço bem fugido
O povo na sala se agita
P’la frieza da traição
Ninguém ali mais acredita
Que esta vida conceda perdão
Ela traiu um grande amor
Numa atitude grosseira
Deu ao coração a dor
E um olhar que se incendeia
O fadista cala sua voz
Não mais vai cantar o fado
Vive em sofrimento atroz
Por um amor o ter enganado
E bem antes do sol nascer
A sala ficou triste e vazia
Escravo do amor vai ser
O fadista da nostalgia
De: Fernando Ramos
858
maio 09, 2008
CHORO CONSUMIDO
CHORO CONSUMIDO
Dos valentes regista a história
A sua heróica postura
Da guerra de triste memória
Resta apenas raiva e loucura
E com mágoas se relembra
A Guerra que nunca é nula
Porquê, porquê tal contenda
Rica de ambição, desprezo e gula
O louco na história apareceu
Na Europa que se julgava de bem
Matou esperanças mas não venceu
O mundo apelou à razão, sua mãe
Agora longe desse tempo
Ainda se aguarda melhoras
E neste passar tão lento
Vai na memória más horas
Mil lágrimas caídas
Dessa máscara tão nocturna
Muitas vidas foram sumidas
Por negra repelente figura
Dessa guerra sem sentido
Uma geração foi perdida
No seu choro consumido
Gritava-se paz, então conseguida
Do homem fica o pesadelo
Do seu acto vil e feroz
Pacifista, precisa saber sê-lo
P'ra não voltar à ferida tão atroz
De: Fernando Ramos
852
Dos valentes regista a história
A sua heróica postura
Da guerra de triste memória
Resta apenas raiva e loucura
E com mágoas se relembra
A Guerra que nunca é nula
Porquê, porquê tal contenda
Rica de ambição, desprezo e gula
O louco na história apareceu
Na Europa que se julgava de bem
Matou esperanças mas não venceu
O mundo apelou à razão, sua mãe
Agora longe desse tempo
Ainda se aguarda melhoras
E neste passar tão lento
Vai na memória más horas
Mil lágrimas caídas
Dessa máscara tão nocturna
Muitas vidas foram sumidas
Por negra repelente figura
Dessa guerra sem sentido
Uma geração foi perdida
No seu choro consumido
Gritava-se paz, então conseguida
Do homem fica o pesadelo
Do seu acto vil e feroz
Pacifista, precisa saber sê-lo
P'ra não voltar à ferida tão atroz
De: Fernando Ramos
852
maio 07, 2008
AQUELE TEMPO
AQUELE TEMPO
Nasci num tempo, onde a vida
Não era feita nesta correria infernal
Nasci no tempo onde se podia
Brincar na rua, saltando à corda
Jogar à bola, ao berlinde, e até lançar o peão
Sou do tempo de ler o cavaleiro Andante
O mundo de Aventuras
Os heróis Bill the Kid, e o Bufalo Bill
No tempo onde se passeava pelos campos
E se conversava rodeado de doces cheiros
De tranquilidade, e dos lindos pavões
Que em liberdade passeavam pelo
Jardim do Campo Grande
Nasci num tempo onde a natureza
Em cada pequeno pedaço nos oferecia
O prazer de olhar as lindas flores
E onde pares de namorados nos bancos
Do jardim confessavam seu eterno amor
Na braseira da paixão, sem incomodo
Sou do tempo...
Onde não havia comida enlatada
Congelada, e sem sabor
E tenho quase a certeza
Que não havia crianças tão gordas
E de falsa abastança
Nasci antes da informática,
Tantos tinham trabalho
Nem que fosse a cultivar
Aqueles figos, e aquelas ameixas tão gulosas
Que nós miúdos tanto gostávamos
Que bom ser do tempo onde os pêssegos
Cheiravam tão bem
Que bom ser do tempo da fruta saborosa
Ser do tempo onde tudo era descoberta
E nós gostávamos tanto, tanto
Do tempo do nascimento dos Beatles
Do aparecimento das calças de ganga
Sei que nasci num tempo de fome
Mas será que hoje esse tempo não existe?
Será que hoje não haverá mais fome
A nova miséria não andará encoberta?
Nesse tempo estava tudo à vista
Tudo era claro, tudo era honesto
Onde a palavra dada valia ouro
Nasci naquele tempo...
Agora a lágrima cai só de nele pensar
Que aconteceu meu Deus!
Estarei tão velho que agora pergunto
Que é feito desse tempo
Que tempos são os de hoje?
De: Fernando Ramos
851
Nasci num tempo, onde a vida
Não era feita nesta correria infernal
Nasci no tempo onde se podia
Brincar na rua, saltando à corda
Jogar à bola, ao berlinde, e até lançar o peão
Sou do tempo de ler o cavaleiro Andante
O mundo de Aventuras
Os heróis Bill the Kid, e o Bufalo Bill
No tempo onde se passeava pelos campos
E se conversava rodeado de doces cheiros
De tranquilidade, e dos lindos pavões
Que em liberdade passeavam pelo
Jardim do Campo Grande
Nasci num tempo onde a natureza
Em cada pequeno pedaço nos oferecia
O prazer de olhar as lindas flores
E onde pares de namorados nos bancos
Do jardim confessavam seu eterno amor
Na braseira da paixão, sem incomodo
Sou do tempo...
Onde não havia comida enlatada
Congelada, e sem sabor
E tenho quase a certeza
Que não havia crianças tão gordas
E de falsa abastança
Nasci antes da informática,
Tantos tinham trabalho
Nem que fosse a cultivar
Aqueles figos, e aquelas ameixas tão gulosas
Que nós miúdos tanto gostávamos
Que bom ser do tempo onde os pêssegos
Cheiravam tão bem
Que bom ser do tempo da fruta saborosa
Ser do tempo onde tudo era descoberta
E nós gostávamos tanto, tanto
Do tempo do nascimento dos Beatles
Do aparecimento das calças de ganga
Sei que nasci num tempo de fome
Mas será que hoje esse tempo não existe?
Será que hoje não haverá mais fome
A nova miséria não andará encoberta?
Nesse tempo estava tudo à vista
Tudo era claro, tudo era honesto
Onde a palavra dada valia ouro
Nasci naquele tempo...
Agora a lágrima cai só de nele pensar
Que aconteceu meu Deus!
Estarei tão velho que agora pergunto
Que é feito desse tempo
Que tempos são os de hoje?
De: Fernando Ramos
851
maio 03, 2008
CHICA MORENA
CHICA MORENA
Na Adega da Chica morena
Passo horas de ricos momentos
Ali ambiciono por paz serena
Mergulhado em cálidos pensamentos
Agarrado a uma velha viola
Canto, canto até o dia raiar
Na noite meu espirito se consola
Nas quadras que a morena vai amar
Chica não chores das minhas baladas
Elas são dores da alma e meu receio
P’ra ti, as canto p’las velhas calçadas
Entre o povo que é o meu meio
De meus lábios brotam poemas
Em frases embriagadas e desvairadas
Eles são para ti Chica... E apenas
Os seguras p’las mãos ágeis e delgadas
Poemas são os beijos e doces gemidos
Que trocamos quando sós na velha adega
Deles melosamente ficamos unidos
Tornando-se poesia que a vida carrega
E nessa adega de nosso canto
Ouves as baladas sem dor
São a minha vida num pranto
P’ra teu coração feliz de amor
De: Fernando Ramos
850
Na Adega da Chica morena
Passo horas de ricos momentos
Ali ambiciono por paz serena
Mergulhado em cálidos pensamentos
Agarrado a uma velha viola
Canto, canto até o dia raiar
Na noite meu espirito se consola
Nas quadras que a morena vai amar
Chica não chores das minhas baladas
Elas são dores da alma e meu receio
P’ra ti, as canto p’las velhas calçadas
Entre o povo que é o meu meio
De meus lábios brotam poemas
Em frases embriagadas e desvairadas
Eles são para ti Chica... E apenas
Os seguras p’las mãos ágeis e delgadas
Poemas são os beijos e doces gemidos
Que trocamos quando sós na velha adega
Deles melosamente ficamos unidos
Tornando-se poesia que a vida carrega
E nessa adega de nosso canto
Ouves as baladas sem dor
São a minha vida num pranto
P’ra teu coração feliz de amor
De: Fernando Ramos
850
maio 01, 2008
DEUSA
DEUSA
Vejo a deusa dum templo Grego
Banhando-se nos raios da lua
É a mais linda, da noite nua
P’ra estrelas em desassossego
Em meu coração vai um suplicio
Por olhar tal quadro cativante
Dessa linda Deusa deslumbrante
Que me leva de amor ao precipício
Vão ânsias dentro de mim
Pela sublime Deusa desejada
E numa noite desesperada
Um estrela e a lua para mim sorri
Neste meu aconchego solitário
Não esqueço a graça e simplicidade
Que na Deusa não é pura casualidade
Mas para mim a eterna felicidade
De Fernando Ramos
849
Vejo a deusa dum templo Grego
Banhando-se nos raios da lua
É a mais linda, da noite nua
P’ra estrelas em desassossego
Em meu coração vai um suplicio
Por olhar tal quadro cativante
Dessa linda Deusa deslumbrante
Que me leva de amor ao precipício
Vão ânsias dentro de mim
Pela sublime Deusa desejada
E numa noite desesperada
Um estrela e a lua para mim sorri
Neste meu aconchego solitário
Não esqueço a graça e simplicidade
Que na Deusa não é pura casualidade
Mas para mim a eterna felicidade
De Fernando Ramos
849
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