abril 25, 2007
REI DA RÁDIO
REI DA RÁDIO
É um artista, da música ligeira
Vai p’la estrada, cantando por aí
Usa penteados, à vedeta de feira
O mulherio, gosta dele assim
Sabe encantar, p’ra várias gerações
E seus corações ficam desfeitos
Nas meninas, espalha ilusões
Com sua voz de amores perfeitos
Quando o vêem, gritam e choram
Andam loucas, com seu trovar
Ele diz que as ama, elas adoram
Mas nenhuma com ele, vai ao altar
Ouvem-no, na rádio com emoção
Sonham com ele, em mil segredos
Faz vibrar tanto coração
Mas ama-las, causa-lhe medos
É o rei da rádio, p’ra todas elas
Suas canções andam a beber
Diz-lhes, que são frescas e belas
Assim as anda a entreter
É um artista, da música ligeira
Vai p’la estrada, cantando por aí
Usa penteados, à vedeta de feira
O mulherio, gosta dele assim
De: Fernando Ramos
686
É um artista, da música ligeira
Vai p’la estrada, cantando por aí
Usa penteados, à vedeta de feira
O mulherio, gosta dele assim
Sabe encantar, p’ra várias gerações
E seus corações ficam desfeitos
Nas meninas, espalha ilusões
Com sua voz de amores perfeitos
Quando o vêem, gritam e choram
Andam loucas, com seu trovar
Ele diz que as ama, elas adoram
Mas nenhuma com ele, vai ao altar
Ouvem-no, na rádio com emoção
Sonham com ele, em mil segredos
Faz vibrar tanto coração
Mas ama-las, causa-lhe medos
É o rei da rádio, p’ra todas elas
Suas canções andam a beber
Diz-lhes, que são frescas e belas
Assim as anda a entreter
É um artista, da música ligeira
Vai p’la estrada, cantando por aí
Usa penteados, à vedeta de feira
O mulherio, gosta dele assim
De: Fernando Ramos
686
MOMENTOS EMOCIONADOS
MOMENTOS EMOCIONADOS
(soneto)
Bons momentos trazem emoção
São como orquestra bem afinada
Eles, nos confortam o coração
Numa melodia de génio, consertada
As pautas sem notas, não produzem som
Da bela melodia, que não se ouve, e reparte
Já outros momentos, são como um dom
Do génio que compõem, a bela arte
Ele cria belas pautas, de notas pretas
Prós tais momentos emocionados
Ouvindo-se lindas sinfonias completas
Tocadas por artistas bem Orquestrados
Estremecendo, corações sensibilizados
Dum publico, na plateia deslumbrados
De Fernando Ramos
685
(soneto)
Bons momentos trazem emoção
São como orquestra bem afinada
Eles, nos confortam o coração
Numa melodia de génio, consertada
As pautas sem notas, não produzem som
Da bela melodia, que não se ouve, e reparte
Já outros momentos, são como um dom
Do génio que compõem, a bela arte
Ele cria belas pautas, de notas pretas
Prós tais momentos emocionados
Ouvindo-se lindas sinfonias completas
Tocadas por artistas bem Orquestrados
Estremecendo, corações sensibilizados
Dum publico, na plateia deslumbrados
De Fernando Ramos
685
abril 24, 2007
O BORDEL DA VIDA
O BORDEL DA VIDA
Os dias passam velozmente
Entrando p’la porta do Bordel
Trazendo mágoas repletas
De histórias da vida
Lá dentro, marionetes do poder
Obedecem como prostitutas baratas
Ao seu amo explorador
Que ao mesmo tempo é seu rei
Rei da podridão que produz
Num ambiente poluído de ódio misterioso
Onde esse reizinho se sente muito bem
Talvez bem de mais
É um lugar perfeito
Para este personagem único!
É como o figurante de um
Livro da banda desenhada,
Onde o terror se rabisca
p’la ponta de um lápis.
A vingança, a destruição, e o mal,
São gravados na folha de papel
Com a mesma precisão de um tiro
Dado por este péssimo personagem
Mostrando ele. a suja miséria causadora
da destruição da nossa sociedade
Vivida no exterior ao bordel
Lá dentro, prostitutas da desgraça,
Deixando muito a desejar ás outras
Que buscam apenas alguns trocos
P’ra viver, apenas isso
Vão servindo seus clientes,
Com a distribuição, não de carinho, amor,
Sorrisos, mas sim do que aqueles homens
Tem de mais nefasto à sua própria vida
Que são as armas de todo o tipo de fogo
O importante é que sejam do último modelo
Daquelas que qualquer senhor da guerra
Ambiciona e sonha, em ter
Em suas próprias mãos
P’ra acarinhar, e para vincar bem o seu poder
E desprezo p’lo seu semelhante, e irmão
E o mundo da paz, pergunta assustado:
Mas não será possível fechar
todos os bordeis da desgraça humana?
de: Fernando Ramos
684
Os dias passam velozmente
Entrando p’la porta do Bordel
Trazendo mágoas repletas
De histórias da vida
Lá dentro, marionetes do poder
Obedecem como prostitutas baratas
Ao seu amo explorador
Que ao mesmo tempo é seu rei
Rei da podridão que produz
Num ambiente poluído de ódio misterioso
Onde esse reizinho se sente muito bem
Talvez bem de mais
É um lugar perfeito
Para este personagem único!
É como o figurante de um
Livro da banda desenhada,
Onde o terror se rabisca
p’la ponta de um lápis.
A vingança, a destruição, e o mal,
São gravados na folha de papel
Com a mesma precisão de um tiro
Dado por este péssimo personagem
Mostrando ele. a suja miséria causadora
da destruição da nossa sociedade
Vivida no exterior ao bordel
Lá dentro, prostitutas da desgraça,
Deixando muito a desejar ás outras
Que buscam apenas alguns trocos
P’ra viver, apenas isso
Vão servindo seus clientes,
Com a distribuição, não de carinho, amor,
Sorrisos, mas sim do que aqueles homens
Tem de mais nefasto à sua própria vida
Que são as armas de todo o tipo de fogo
O importante é que sejam do último modelo
Daquelas que qualquer senhor da guerra
Ambiciona e sonha, em ter
Em suas próprias mãos
P’ra acarinhar, e para vincar bem o seu poder
E desprezo p’lo seu semelhante, e irmão
E o mundo da paz, pergunta assustado:
Mas não será possível fechar
todos os bordeis da desgraça humana?
de: Fernando Ramos
684
SOBREIRO DOS BONS
SOBREIRO DOS BONS
Á sombra quente do velho sobreiro
No latejar silêncio da tarde
Uma avezinha, procura o poleiro
Fugindo de um caçador cobarde
Aquele sobreiro, que é abrigo de tantos
Nele buscam sua graciosa protecção
Para um puro acolhimento de Santos
Evitando uma morte cruel e sem razão
As aves se protegem neste seu amigo
Nas melancólicas fins de tarde de Verão
Porque alguém mais afoito e decidido
Se resolve, as caçar sem perdão
O sobreiro magnifico está presente
Na reserva protegidas da caça
Lá, as aves gorjeiam ao medo ausente
Porque ali não há maldade que se faça
Mas se um dia, no azul da felicidade
O sobreiro dos bons já ali não existir
Foi o homem, que o abateu sem piedade
Não podendo as avezinhas lhes acudir
De: Fernando Ramos
683
Á sombra quente do velho sobreiro
No latejar silêncio da tarde
Uma avezinha, procura o poleiro
Fugindo de um caçador cobarde
Aquele sobreiro, que é abrigo de tantos
Nele buscam sua graciosa protecção
Para um puro acolhimento de Santos
Evitando uma morte cruel e sem razão
As aves se protegem neste seu amigo
Nas melancólicas fins de tarde de Verão
Porque alguém mais afoito e decidido
Se resolve, as caçar sem perdão
O sobreiro magnifico está presente
Na reserva protegidas da caça
Lá, as aves gorjeiam ao medo ausente
Porque ali não há maldade que se faça
Mas se um dia, no azul da felicidade
O sobreiro dos bons já ali não existir
Foi o homem, que o abateu sem piedade
Não podendo as avezinhas lhes acudir
De: Fernando Ramos
683
abril 23, 2007
MENTIRA NO MEU AMOR
MENTIRA NO MEU AMOR
Por belas que sejam tuas magias
E me deixem perdida p’ra te amar
Apenas são meras fantasias
Durando só, até meu despertar
Tens-me, sem teres amor
Num doce frenesi de loucura
Sei que depois vem a dor
Dessa falsidade, que tortura
Não é assim que sonho viver
Contigo a meu lado p'ra sempre
Essa esperança em mim vai morrer
No meu coração, triste e ausente
São meras ilusões que choram a dor
E ideias, que depois se deitam fora
Por favor, não enganes mais o meu amor
Essa mentira nele, tem de ir embora
De: Fernando Ramos
682
Por belas que sejam tuas magias
E me deixem perdida p’ra te amar
Apenas são meras fantasias
Durando só, até meu despertar
Tens-me, sem teres amor
Num doce frenesi de loucura
Sei que depois vem a dor
Dessa falsidade, que tortura
Não é assim que sonho viver
Contigo a meu lado p'ra sempre
Essa esperança em mim vai morrer
No meu coração, triste e ausente
São meras ilusões que choram a dor
E ideias, que depois se deitam fora
Por favor, não enganes mais o meu amor
Essa mentira nele, tem de ir embora
De: Fernando Ramos
682
abril 22, 2007
A LOUCURA DO HOMEM BRANCO
A LOUCURA DO HOMEM BRANCO – (COROA DE SONETOS)
1
A loucura, do homem Branco
Nos séculos intensos de escravidão
Cometeu actos, que envergonham tanto
Que ao saber-se, provoca emoção
Negros, em tombadilhos eram levados
Nas condições mais miseráveis
Muitos chegavam despedaçados
Os vivos, em estados deploráveis
Ali, dignidade humana não existia
P'ra aqueles pobres infelizes, coitados
Onde seu futuro, em viagens morria
Nem podiam gemer, ou gritar seus ais
Suportados p'los seus corações chorados
Por serem tratados como animais
2
Por serem tratados como animais
E não por simples boa gente
Uns, teriam mortes brutais
Mas p’ro Branco, era indiferente
Nas sanzalas, esperava-lhes o tronco
E vil chibatadas sem fim
Dadas por um feitor bronco
Ordenadas p’lo seu senhor, ruim
Ali, multidões de negros cambaleavam
Dançando, e fugindo da maldita chibata
E, enganando a fome que a vida roubava
Serviam, desbravadores e colonizadores
Que os compravam a negreiros de vida farta
Como bons escravos, e óptimos trabalhadores
3
Como bons escravos, e óptimos trabalhadores
Suportavam em desprezo a fúria do algoz
Que contratava tristes matadores
P’ra lhes dar louca perseguição feroz
Por vezes, algumas fugas sucediam
Procurando os caminhos do quilombo
Capitães do mato os perseguiam
Com o estalar da chibata, em seu lombo
Capturados, iam prós cativeiros
Onde lhes esperava farta tortura
Das vergastadas, seus companheiros
Com tal acto, o Branco, seu senhor
Escrevia o horrível destino da loucura
Por linhas tortas, no livro da imensa dor
4
Por linhas tortas, no livro da imensa dor
Registaram-se actos de total crueldade
Hoje imagina-se como era aterrador
Envergonhando a nossa sociedade
P’ra quem vivia nos cativeiros senhoriais
Nada era mais importante que a liberdade
A fuga eram momentos bem especiais
Prós Pretos guerreiros, e sua irmandade
Com instrumentos de ferro, torturavam
Os pobres infelizes, da pele de outra cor
Que no tronco, carrascos os matavam
Sem dó, nem piedade e razão
Sob as ordens de tão mau senhor
Que era dono, e rei da escravidão
5
Que era dono, e rei da escravidão
E servia panos p’rás mortalhas
Dos Negros desprezados, por sua mão
Que morriam de ódio, nas esteiras de palhas
Seu senhor, tanto desamor distribuía
Por aqueles infelizes de cor diferente
Que suas alforrias não conseguia
Mas chibatadas, recebiam de presente
A raiva crescia, crescia como erva daninha
Em Negras que pariam filhos já cativos
P’ra serem roubados por triste gentinha
E negociados por negreiros manhosos
A outros senhores de corações perdidos
De muito dinheiro, e todos poderosos
6
De muito dinheiro, e todos poderosos
Compravam porões de navios negreiros
Vindos da pátria dos Negros saudosos
Que não voltariam aos seus terreiros
Novos e velhos vinham amontoados
Em estados miseráveis p’rás suas vidas
Chegavam de mares, muito maltratados
Alguns morriam, por causa das feridas
Os mais saudáveis, valiam bom dinheiro
Enchendo o bornal dos comerciantes
Que enriqueciam à conta do cativeiro
Do infeliz Negro, tanto escravizado
Como ele, nunca fora antes
P’ra graça dum futuro arruinado
7
P’ra graça dum futuro arruinado
Nos Engenhos do novo patrão
Onde labutavam sem direitos dado
Recebendo em troca má alimentação
Todos os dias trabalhavam de sol a sol
Comandados p’las chibatadas do feitor
Que não tinha coração mole
E os açoitava sem qualquer pudor
P’ra total vergonha do homem Branco
Que deixava cometer tal crueldade
Nestes infelizes que sofriam tanto
Roubando-lhes pureza, e dignidade
Fazendo-os sofrer, por tal maldade
Elevando-lhes desprezo, e animosidade
8
Elevando-lhes desprezo, e animosidade
Que os fazia, aprender a lutar: A capoeira
Sua arma de esperança e liberdade
Quando fugiam da Sanzala matreira
Onde por vezes a porta não tinha retorno
Por causa de lutas com o capitão do mato
Vencendo, ou morrendo nas mãos do dono
Seu rei e senhor, causador de tão mau trato
E em fuga, nos rios banhavam a dor
Que lhes consumia a alma humana
Lamentando sua sina, e aquele terror
Que em cânticos, bem o descreviam
Nos rituais, da lembrança Africana
Cujo seus corações, nunca esqueciam
9
Cujo seus corações, nunca esqueciam
Chorando nas danças de roda, sua dor
E ao som do batuque, lágrimas vertiam
De volta da fogueira, sob o olhar do feitor
Se ódio a mais, atrapalha corações
Nas Sanzalas, os Negros assim viviam
Guardavam-no, p’ra certas ocasiões
Ofertando ao carrasco, quando podiam
Prós Negros, a tortura era companheira
E também tristeza, sua solidão
Confessada nas noites à lua faceira
Que tudo espiava, com as estrelas coloridas
Olhando em baixo, a chibata sem razão
E as lágrimas das Negras, mantidas cativas
10
E as lágrimas das Negras, mantidas cativas
São pétalas de lindos poemas, que rolam
Nos rostos amargurados de fadigas
P’la perda de filhos, que não as consolam
Seus paradeiros, elas desconheciam
Por negociantes os terem vendidos
A sanzalas, onde outros padeciam
Da loucura dos espíritos de rumos perdidos
Mãe Negra, transportava sua vida tristonha
Onde por vezes de escrava, era amante
Do senhor, que as emprenhava sem vergonha
Destruindo-lhes, a doce e bonita pureza
De sua juventude bela e ofegante
Roubada p’lo patrão, de baixa esperteza
11
Roubada p’lo patrão, de baixa esperteza
Aumentando-lhes o desejo de resistir
E num grande acto de bravura e nobreza
Conseguiam por vezes, das fazendas fugir
Daquelas ignóbeis vidas escravizadas
Que eram seus destinos consumados
Fazendo surgir revoltas bem preparadas
Não sendo mais no tronco, flagelados
Acabando a escravidão em alguns lugares
Onde senhores não mais atemorizavam
Vidas que eram tristes e tão irregulares
Dos Negros, que conquistaram liberdade
Aos senhores que os escravizavam
Começando aí, a vitória da igualdade
12
Começando aí, a vitória da igualdade
P’ra homens, e mulheres de Negra cor
Que sofreram más doenças da sociedade
Espalhando miséria, nesse tempo de pavor
E nas orvalhadas gélidas das noites
Havia almas que tremiam de frio
Só de recordarem os estalares dos açoites
Dados por reles feitores, dias a fio
Os espíritos dos seus antepassados
Também bailavam ao som da dor
Do batuque dos Negros castigados
Registando-se nos livros da história
A incrível mão pesada do vil senhor
Gravada com tristeza na nossa memória
13
Gravada com tristeza na nossa memória
Lembrando os açoitados até à morte
Que só queriam ser livres, p’ra sua glória
E voar como pássaros, rumo a nova sorte
Buscando o destino de novos ninhos
Sonhando, sonhando, com a liberdade
Não a conseguindo, os Pretos cativos
Suas alforrias perdidas na adversidade
O Negro era tratado como um animal
Que dos senhores, era sua propriedade
Vendiam, ao trocavam-nos, tudo era legal
P’ra estes esclavagistas de tanto terror
Que tratava o irmão com inferioridade
Como a história descreve, em letras de horror
14
Como a história descreve, em letras de horror
Juntamente com escravizados, da antiguidade
Que eram Brancos, e sofriam da mesma dor
P’lo desrespeito do homem, e da sua bestialidade
Aí, Negros e Brancos viviam em solidões feridas
Perdendo a mística de suas doutrinas
Aprendidas em infâncias, puras e cristalinas
Castradas por maldades então distribuídas
P’los mesmos odiosos que a história fala
Deixando más memórias, que hoje dói
Perturbando-nos a alma, que não se cala
Causando manchas, descobertas de manto
Á vida humana, onde o grande culpa foi
A loucura, do Homem Branco
De: Fernando Ramos
681
1
A loucura, do homem Branco
Nos séculos intensos de escravidão
Cometeu actos, que envergonham tanto
Que ao saber-se, provoca emoção
Negros, em tombadilhos eram levados
Nas condições mais miseráveis
Muitos chegavam despedaçados
Os vivos, em estados deploráveis
Ali, dignidade humana não existia
P'ra aqueles pobres infelizes, coitados
Onde seu futuro, em viagens morria
Nem podiam gemer, ou gritar seus ais
Suportados p'los seus corações chorados
Por serem tratados como animais
2
Por serem tratados como animais
E não por simples boa gente
Uns, teriam mortes brutais
Mas p’ro Branco, era indiferente
Nas sanzalas, esperava-lhes o tronco
E vil chibatadas sem fim
Dadas por um feitor bronco
Ordenadas p’lo seu senhor, ruim
Ali, multidões de negros cambaleavam
Dançando, e fugindo da maldita chibata
E, enganando a fome que a vida roubava
Serviam, desbravadores e colonizadores
Que os compravam a negreiros de vida farta
Como bons escravos, e óptimos trabalhadores
3
Como bons escravos, e óptimos trabalhadores
Suportavam em desprezo a fúria do algoz
Que contratava tristes matadores
P’ra lhes dar louca perseguição feroz
Por vezes, algumas fugas sucediam
Procurando os caminhos do quilombo
Capitães do mato os perseguiam
Com o estalar da chibata, em seu lombo
Capturados, iam prós cativeiros
Onde lhes esperava farta tortura
Das vergastadas, seus companheiros
Com tal acto, o Branco, seu senhor
Escrevia o horrível destino da loucura
Por linhas tortas, no livro da imensa dor
4
Por linhas tortas, no livro da imensa dor
Registaram-se actos de total crueldade
Hoje imagina-se como era aterrador
Envergonhando a nossa sociedade
P’ra quem vivia nos cativeiros senhoriais
Nada era mais importante que a liberdade
A fuga eram momentos bem especiais
Prós Pretos guerreiros, e sua irmandade
Com instrumentos de ferro, torturavam
Os pobres infelizes, da pele de outra cor
Que no tronco, carrascos os matavam
Sem dó, nem piedade e razão
Sob as ordens de tão mau senhor
Que era dono, e rei da escravidão
5
Que era dono, e rei da escravidão
E servia panos p’rás mortalhas
Dos Negros desprezados, por sua mão
Que morriam de ódio, nas esteiras de palhas
Seu senhor, tanto desamor distribuía
Por aqueles infelizes de cor diferente
Que suas alforrias não conseguia
Mas chibatadas, recebiam de presente
A raiva crescia, crescia como erva daninha
Em Negras que pariam filhos já cativos
P’ra serem roubados por triste gentinha
E negociados por negreiros manhosos
A outros senhores de corações perdidos
De muito dinheiro, e todos poderosos
6
De muito dinheiro, e todos poderosos
Compravam porões de navios negreiros
Vindos da pátria dos Negros saudosos
Que não voltariam aos seus terreiros
Novos e velhos vinham amontoados
Em estados miseráveis p’rás suas vidas
Chegavam de mares, muito maltratados
Alguns morriam, por causa das feridas
Os mais saudáveis, valiam bom dinheiro
Enchendo o bornal dos comerciantes
Que enriqueciam à conta do cativeiro
Do infeliz Negro, tanto escravizado
Como ele, nunca fora antes
P’ra graça dum futuro arruinado
7
P’ra graça dum futuro arruinado
Nos Engenhos do novo patrão
Onde labutavam sem direitos dado
Recebendo em troca má alimentação
Todos os dias trabalhavam de sol a sol
Comandados p’las chibatadas do feitor
Que não tinha coração mole
E os açoitava sem qualquer pudor
P’ra total vergonha do homem Branco
Que deixava cometer tal crueldade
Nestes infelizes que sofriam tanto
Roubando-lhes pureza, e dignidade
Fazendo-os sofrer, por tal maldade
Elevando-lhes desprezo, e animosidade
8
Elevando-lhes desprezo, e animosidade
Que os fazia, aprender a lutar: A capoeira
Sua arma de esperança e liberdade
Quando fugiam da Sanzala matreira
Onde por vezes a porta não tinha retorno
Por causa de lutas com o capitão do mato
Vencendo, ou morrendo nas mãos do dono
Seu rei e senhor, causador de tão mau trato
E em fuga, nos rios banhavam a dor
Que lhes consumia a alma humana
Lamentando sua sina, e aquele terror
Que em cânticos, bem o descreviam
Nos rituais, da lembrança Africana
Cujo seus corações, nunca esqueciam
9
Cujo seus corações, nunca esqueciam
Chorando nas danças de roda, sua dor
E ao som do batuque, lágrimas vertiam
De volta da fogueira, sob o olhar do feitor
Se ódio a mais, atrapalha corações
Nas Sanzalas, os Negros assim viviam
Guardavam-no, p’ra certas ocasiões
Ofertando ao carrasco, quando podiam
Prós Negros, a tortura era companheira
E também tristeza, sua solidão
Confessada nas noites à lua faceira
Que tudo espiava, com as estrelas coloridas
Olhando em baixo, a chibata sem razão
E as lágrimas das Negras, mantidas cativas
10
E as lágrimas das Negras, mantidas cativas
São pétalas de lindos poemas, que rolam
Nos rostos amargurados de fadigas
P’la perda de filhos, que não as consolam
Seus paradeiros, elas desconheciam
Por negociantes os terem vendidos
A sanzalas, onde outros padeciam
Da loucura dos espíritos de rumos perdidos
Mãe Negra, transportava sua vida tristonha
Onde por vezes de escrava, era amante
Do senhor, que as emprenhava sem vergonha
Destruindo-lhes, a doce e bonita pureza
De sua juventude bela e ofegante
Roubada p’lo patrão, de baixa esperteza
11
Roubada p’lo patrão, de baixa esperteza
Aumentando-lhes o desejo de resistir
E num grande acto de bravura e nobreza
Conseguiam por vezes, das fazendas fugir
Daquelas ignóbeis vidas escravizadas
Que eram seus destinos consumados
Fazendo surgir revoltas bem preparadas
Não sendo mais no tronco, flagelados
Acabando a escravidão em alguns lugares
Onde senhores não mais atemorizavam
Vidas que eram tristes e tão irregulares
Dos Negros, que conquistaram liberdade
Aos senhores que os escravizavam
Começando aí, a vitória da igualdade
12
Começando aí, a vitória da igualdade
P’ra homens, e mulheres de Negra cor
Que sofreram más doenças da sociedade
Espalhando miséria, nesse tempo de pavor
E nas orvalhadas gélidas das noites
Havia almas que tremiam de frio
Só de recordarem os estalares dos açoites
Dados por reles feitores, dias a fio
Os espíritos dos seus antepassados
Também bailavam ao som da dor
Do batuque dos Negros castigados
Registando-se nos livros da história
A incrível mão pesada do vil senhor
Gravada com tristeza na nossa memória
13
Gravada com tristeza na nossa memória
Lembrando os açoitados até à morte
Que só queriam ser livres, p’ra sua glória
E voar como pássaros, rumo a nova sorte
Buscando o destino de novos ninhos
Sonhando, sonhando, com a liberdade
Não a conseguindo, os Pretos cativos
Suas alforrias perdidas na adversidade
O Negro era tratado como um animal
Que dos senhores, era sua propriedade
Vendiam, ao trocavam-nos, tudo era legal
P’ra estes esclavagistas de tanto terror
Que tratava o irmão com inferioridade
Como a história descreve, em letras de horror
14
Como a história descreve, em letras de horror
Juntamente com escravizados, da antiguidade
Que eram Brancos, e sofriam da mesma dor
P’lo desrespeito do homem, e da sua bestialidade
Aí, Negros e Brancos viviam em solidões feridas
Perdendo a mística de suas doutrinas
Aprendidas em infâncias, puras e cristalinas
Castradas por maldades então distribuídas
P’los mesmos odiosos que a história fala
Deixando más memórias, que hoje dói
Perturbando-nos a alma, que não se cala
Causando manchas, descobertas de manto
Á vida humana, onde o grande culpa foi
A loucura, do Homem Branco
De: Fernando Ramos
681
abril 21, 2007
PORQUÊ TANTAS MENTIRAS?
PORQUÊ TANTAS MENTIRAS?
Lá fora, e cá dentro
um mundo cruel e egoísta,
mente com enorme naturalidade
Mente, porque os homens falam de paz,
e por interesses que se advinha
ela não acontece
Porquê tantas mentiras?
Se todos sabemos, que de paz só se fala
Morrem inocentes, crianças, velhos e pobres,
por bombas colocadas
em nome de bonitos ideais
Precisamente, por alguns que apregoam a paz,
mas mais não fazem, que lutar p’la defesa
dos seus magnânimos interesses
E vejam...
Até se grita por paz
quando loucos tudo destroem,
matam, e falam em nome de Deus
Porquê tantas mentiras?
Se é mais verdadeiro
o amor das borboletas p’las flores
Se é mais verdadeiro o mel
que as abelhas nos presenteiam
Se é mais verdadeiro o voo do condor
Se é mais verdadeiro
O olhar piedoso de Cristo,
crucificado por nós na cruz
Porquê tantas mentiras?
Se lá fora, continua o troar dos canhões
Se lá fora, e cá dentro
ouço o choro da pobreza
Se lá fora, a chuva do mal
não pára de salpicar de morte, a vida
Porquê tantas mentiras?
Se nos andamos a enganar,
Se a paz p’ra tantos, só chega na morte
Porquê tantas mentiras?
Porque nos enganam
os senhores do poder
com promessas cheias de esperança,
Se vivem em palácios
repletos de opulência,
e dum futuro sempre risonho só p’ra eles
Se apenas, e só apenas
nos espera a mentira!
De: Fernando Ramos
680
Lá fora, e cá dentro
um mundo cruel e egoísta,
mente com enorme naturalidade
Mente, porque os homens falam de paz,
e por interesses que se advinha
ela não acontece
Porquê tantas mentiras?
Se todos sabemos, que de paz só se fala
Morrem inocentes, crianças, velhos e pobres,
por bombas colocadas
em nome de bonitos ideais
Precisamente, por alguns que apregoam a paz,
mas mais não fazem, que lutar p’la defesa
dos seus magnânimos interesses
E vejam...
Até se grita por paz
quando loucos tudo destroem,
matam, e falam em nome de Deus
Porquê tantas mentiras?
Se é mais verdadeiro
o amor das borboletas p’las flores
Se é mais verdadeiro o mel
que as abelhas nos presenteiam
Se é mais verdadeiro o voo do condor
Se é mais verdadeiro
O olhar piedoso de Cristo,
crucificado por nós na cruz
Porquê tantas mentiras?
Se lá fora, continua o troar dos canhões
Se lá fora, e cá dentro
ouço o choro da pobreza
Se lá fora, a chuva do mal
não pára de salpicar de morte, a vida
Porquê tantas mentiras?
Se nos andamos a enganar,
Se a paz p’ra tantos, só chega na morte
Porquê tantas mentiras?
Porque nos enganam
os senhores do poder
com promessas cheias de esperança,
Se vivem em palácios
repletos de opulência,
e dum futuro sempre risonho só p’ra eles
Se apenas, e só apenas
nos espera a mentira!
De: Fernando Ramos
680
abril 20, 2007
NOSSA ESTRADA
NOSSA ESTRADA
Caminhamos p’la estrada da vida
Como um batedor, nas matas
Se encontrarmos desvios só com ida
Tudo aí, poderá cair em cascatas
Se a caminhada, for de boa partida
O berço foi de óptimo sucesso
Então, o começo, será de boa saída
Na vida, talvez não haja retrocesso
P’la estrada, iremos crescendo
Diversos cruzamentos aparecerão
Alguns atalhos iremos conhecendo
P’ra que nunca, nos falte o pão
A estrada da vida é bem cumprida
Bem ou mal, a vamos fazendo
Aparecerá uma companhia divertida
Que connosco a irá percorrendo
Desse divertimento nascerá alguém
Que se junta no nosso caminhar
Lhe ensinaremos tudo, mais o bem
Que mais tarde, decerto irá precisar
Na longa viagem, nada vamos temendo
Passamos montes e mares até ao areal
Com ires e voltares, vamos vivendo
Dentro dos princípios da boa moral
E já vergados p’las primaveras da vida
Depressa nos aproximamos da meta final
Logo percebemos, que vamos de partida
E prontos, p’ra iniciar o paraíso celestial
De: Fernando Ramos
679
Caminhamos p’la estrada da vida
Como um batedor, nas matas
Se encontrarmos desvios só com ida
Tudo aí, poderá cair em cascatas
Se a caminhada, for de boa partida
O berço foi de óptimo sucesso
Então, o começo, será de boa saída
Na vida, talvez não haja retrocesso
P’la estrada, iremos crescendo
Diversos cruzamentos aparecerão
Alguns atalhos iremos conhecendo
P’ra que nunca, nos falte o pão
A estrada da vida é bem cumprida
Bem ou mal, a vamos fazendo
Aparecerá uma companhia divertida
Que connosco a irá percorrendo
Desse divertimento nascerá alguém
Que se junta no nosso caminhar
Lhe ensinaremos tudo, mais o bem
Que mais tarde, decerto irá precisar
Na longa viagem, nada vamos temendo
Passamos montes e mares até ao areal
Com ires e voltares, vamos vivendo
Dentro dos princípios da boa moral
E já vergados p’las primaveras da vida
Depressa nos aproximamos da meta final
Logo percebemos, que vamos de partida
E prontos, p’ra iniciar o paraíso celestial
De: Fernando Ramos
679
MINHA CARTA
MINHA CARTA
Escrevo esta carta, meu amor
Cheia de esperança e ansiedade
Estou só como um perdedor
Na fiel companhia da saudade
Ao escrever estas linhas, sofro
Com mistura de felicidade
Se não o fizer, sei que morro
Será triste minha eternidade
Perdi a liberdade de te querer
E neste mundo ando perdido
Saíste de meu peito, estou a sofrer
Se não voltas depressa, mais não vivo
Esta ansiedade me agita
E escrever-te, é como fazer amor
Volta minha valiosa pepita
P’ra ir embora, a penosa dor
De: fernando ramos
541
Escrevo esta carta, meu amor
Cheia de esperança e ansiedade
Estou só como um perdedor
Na fiel companhia da saudade
Ao escrever estas linhas, sofro
Com mistura de felicidade
Se não o fizer, sei que morro
Será triste minha eternidade
Perdi a liberdade de te querer
E neste mundo ando perdido
Saíste de meu peito, estou a sofrer
Se não voltas depressa, mais não vivo
Esta ansiedade me agita
E escrever-te, é como fazer amor
Volta minha valiosa pepita
P’ra ir embora, a penosa dor
De: fernando ramos
541
abril 18, 2007
TUA VOZ DE MAGIA
TUA VOZ DE MAGIA
Ouço tua voz plena de magia
Acompanhada p’la velha guitarra
Que toca p’ra ti, como cortesia
Ás noites de fados, vividas com garra
É um enorme gozo fiel e cristalino
Ouvir-te nos fados cheios de vida
Fazes-me sonhar, um tango Argentino
Bailando a voz, em minh’alma bebida
Ela é um beijo, de sabor a morango
Deixando meus lábios desvairados
Que se perdem no sonho desse tango
Fazendo-o dançar em passos trocados
Essa voz, saída das entranhas da carne
Vem cheia de festa p’ra minha alma
Eu, a ouvindo espero por um alarme
Do teu amor, em poesia calma
E as guitarras soam belos trinados
Te vão seguindo no doce cantar
Em fados de amor, e de alguns pecados
Cometidos por nós, no leito de amar
Ali a paixão, é como sol nas águas
Que nos aquece e faz entontecer
Tua voz diz-se, livre de mágoas
Que p’ra mim, vai cantar até morrer
De: Fernando Ramos
678
Ouço tua voz plena de magia
Acompanhada p’la velha guitarra
Que toca p’ra ti, como cortesia
Ás noites de fados, vividas com garra
É um enorme gozo fiel e cristalino
Ouvir-te nos fados cheios de vida
Fazes-me sonhar, um tango Argentino
Bailando a voz, em minh’alma bebida
Ela é um beijo, de sabor a morango
Deixando meus lábios desvairados
Que se perdem no sonho desse tango
Fazendo-o dançar em passos trocados
Essa voz, saída das entranhas da carne
Vem cheia de festa p’ra minha alma
Eu, a ouvindo espero por um alarme
Do teu amor, em poesia calma
E as guitarras soam belos trinados
Te vão seguindo no doce cantar
Em fados de amor, e de alguns pecados
Cometidos por nós, no leito de amar
Ali a paixão, é como sol nas águas
Que nos aquece e faz entontecer
Tua voz diz-se, livre de mágoas
Que p’ra mim, vai cantar até morrer
De: Fernando Ramos
678
abril 15, 2007
CANTATAS PARA MARIA
CANTATAS PARA MARIA
Na fresca manhã de primavera
No maravilhoso jardim de Maria
Chega a melodia
Ela se espalha, como o perfume
Das flores mais belas do seu canteiro
A melodia se vai aproximando
Dando-se a conhecer aquele
Ambiente tão natural
Apresentando-se como uma obra
Fantástica de Bach, tão fantástica
Que vai deixando o coração
De qualquer um
Num doce latejar de paixão
P’lo fascínio de uma cantata de Bach,
Que se ouve p’ra glória de Deus,
E que deixa deslumbrada, Maria
Tão deslumbrada, como se ela
Fizesse parte das flores de seu jardim
Onde lindas borboletas, nelas se vão
Maraposeando, pétala, a pétala,
Brotando fragrâncias extraordinárias
Tão extraordinárias como um álbum
Completo de cantatas maravilhosas p'ra Maria,
Oferecidos pelo próprio Bach,
Naquela linda, e fresca manhã primaveril
de: Fernando Ramos
677
Na fresca manhã de primavera
No maravilhoso jardim de Maria
Chega a melodia
Ela se espalha, como o perfume
Das flores mais belas do seu canteiro
A melodia se vai aproximando
Dando-se a conhecer aquele
Ambiente tão natural
Apresentando-se como uma obra
Fantástica de Bach, tão fantástica
Que vai deixando o coração
De qualquer um
Num doce latejar de paixão
P’lo fascínio de uma cantata de Bach,
Que se ouve p’ra glória de Deus,
E que deixa deslumbrada, Maria
Tão deslumbrada, como se ela
Fizesse parte das flores de seu jardim
Onde lindas borboletas, nelas se vão
Maraposeando, pétala, a pétala,
Brotando fragrâncias extraordinárias
Tão extraordinárias como um álbum
Completo de cantatas maravilhosas p'ra Maria,
Oferecidos pelo próprio Bach,
Naquela linda, e fresca manhã primaveril
de: Fernando Ramos
677
GANHAR A PAZ
GANHAR A PAZ
Só se ganha a guerra contra o terrorismo
Promovendo a paz, a paz dos espíritos
A paz das almas, a paz dos homens
Não se pode promover a paz,
Falando da guerra, cheirando a guerra
Promovendo a guerra, pela guerra
A paz surge, quando o homem quiser
A paz virá numa asa da cultura,
Do amor, e de se respeitar o outro
A paz não é cara, cara é a guerra
Os pobres não tem dinheiro p’ra guerra
Mas tem para a paz, e para o amor
É só o ser humano dar um jeito,
Dar uma oportunidade, dar um sonho
Deixar entrar a esperança, que vai batendo
Só se ganha a guerra, deixando todos,
Mas todos, sonharem com a paz,
Sonhar com a igualdade, solidariedade
Vamos ganhar a paz, o sorriso da criança
Ganhar a natureza que castigamos
Ganhar o bem, distribuir amor
De: Fernando Ramos
676
Só se ganha a guerra contra o terrorismo
Promovendo a paz, a paz dos espíritos
A paz das almas, a paz dos homens
Não se pode promover a paz,
Falando da guerra, cheirando a guerra
Promovendo a guerra, pela guerra
A paz surge, quando o homem quiser
A paz virá numa asa da cultura,
Do amor, e de se respeitar o outro
A paz não é cara, cara é a guerra
Os pobres não tem dinheiro p’ra guerra
Mas tem para a paz, e para o amor
É só o ser humano dar um jeito,
Dar uma oportunidade, dar um sonho
Deixar entrar a esperança, que vai batendo
Só se ganha a guerra, deixando todos,
Mas todos, sonharem com a paz,
Sonhar com a igualdade, solidariedade
Vamos ganhar a paz, o sorriso da criança
Ganhar a natureza que castigamos
Ganhar o bem, distribuir amor
De: Fernando Ramos
676
abril 12, 2007
PALAVRAS BEBIDAS
PALAVRAS BEBIDAS
São palavras,
Palavras bebidas até seu final
Palavras que nos dizem muito,
Ou nada
Palavras, singelas,
Palavras de dor, raiva
Palavras de amor
Mas são sempre palavras
De algo da nossa vida
Ou até do momento
Palavras que libertam um grito
De revolta, terror, ou de humilhação
São as meras palavras que enchem
Um circulo de prazer, ou não
Palavras soltas,
Compostas de quimeras
Até mesmo de inspiração
Não passam apenas
De palavras agridoce,
E bebidas no cálix da vida
De: Fernando Ramos
675
São palavras,
Palavras bebidas até seu final
Palavras que nos dizem muito,
Ou nada
Palavras, singelas,
Palavras de dor, raiva
Palavras de amor
Mas são sempre palavras
De algo da nossa vida
Ou até do momento
Palavras que libertam um grito
De revolta, terror, ou de humilhação
São as meras palavras que enchem
Um circulo de prazer, ou não
Palavras soltas,
Compostas de quimeras
Até mesmo de inspiração
Não passam apenas
De palavras agridoce,
E bebidas no cálix da vida
De: Fernando Ramos
675
abril 11, 2007
PAZ CELESTINA
PAZ CELESTINA
(soneto)
Receberei da fé, a chama intensa
Que elevará o espirito ao firmamento
Ela se tronará, tão boa crença
Seguindo-me, até ao chamamento
Meu espirito segue a lei de Deus
Que faz de mim um melhor filho
Serei ovelha de rebanhos seus
Buscando estrada, de bom caminho
A procuro com enorme ansiedade
Na esperança de alcançar a paz celestina
Que me fará cristão, da sua liberdade
Agradecerei p’ra sempre ao redentor
Por me acolher na sua graça divina
Onde serei fiel, ao Cristo Senhor
De: Fernando Ramos
674
(soneto)
Receberei da fé, a chama intensa
Que elevará o espirito ao firmamento
Ela se tronará, tão boa crença
Seguindo-me, até ao chamamento
Meu espirito segue a lei de Deus
Que faz de mim um melhor filho
Serei ovelha de rebanhos seus
Buscando estrada, de bom caminho
A procuro com enorme ansiedade
Na esperança de alcançar a paz celestina
Que me fará cristão, da sua liberdade
Agradecerei p’ra sempre ao redentor
Por me acolher na sua graça divina
Onde serei fiel, ao Cristo Senhor
De: Fernando Ramos
674
abril 10, 2007
POEMAS DE PAIXÃO
POEMAS DE PAIXÃO
Se cantasse na língua dos Anjos
O ar dissipava poemas de paixão
Seriam belos, e livres de arranjos
P’ra não criarem a desilusão
Assim... Canto na língua dos homens
Minha pobre poesia burilada
Ouvem-na alguns, e até os jovens
Seja ela, mal ou bem cantada
Esta língua, que é de Camões
A canto, à doce pátria mãe
Em fados, emocionando corações
Não dos Anjos, mas de alguém
E nas noites boémias da vida
Eu quero é sempre cantar
Com guitarras de gente amiga
P’ra que Anjos, possam escutar
De: Fernando Ramos
673
Se cantasse na língua dos Anjos
O ar dissipava poemas de paixão
Seriam belos, e livres de arranjos
P’ra não criarem a desilusão
Assim... Canto na língua dos homens
Minha pobre poesia burilada
Ouvem-na alguns, e até os jovens
Seja ela, mal ou bem cantada
Esta língua, que é de Camões
A canto, à doce pátria mãe
Em fados, emocionando corações
Não dos Anjos, mas de alguém
E nas noites boémias da vida
Eu quero é sempre cantar
Com guitarras de gente amiga
P’ra que Anjos, possam escutar
De: Fernando Ramos
673
ATRAVESSAR O RIO TEJO
ATRAVESSAR O VELHO RIO TEJO
Atravessar o velho rio Tejo
É alcançar a grande cidade
Nas margens viveu-se o desejo
Do bom sabor da liberdade
P’la ponte se atravessa o rio
E na portagem se tem de passar
Muitos, fazem isso dias a fio
P’ra no outro lado trabalhar
E nas gentes deste lado do rio
Mora pedaços da esperança
Caminha por vidas sem desvio
Em busca de rica herança
E os da outra margem (Lisboa)
Vêem chegadas, em corrupio
A capital recebe tanta coragem
Dum povo que atravessa o rio
De: Fernando Ramos
672
Atravessar o velho rio Tejo
É alcançar a grande cidade
Nas margens viveu-se o desejo
Do bom sabor da liberdade
P’la ponte se atravessa o rio
E na portagem se tem de passar
Muitos, fazem isso dias a fio
P’ra no outro lado trabalhar
E nas gentes deste lado do rio
Mora pedaços da esperança
Caminha por vidas sem desvio
Em busca de rica herança
E os da outra margem (Lisboa)
Vêem chegadas, em corrupio
A capital recebe tanta coragem
Dum povo que atravessa o rio
De: Fernando Ramos
672
abril 09, 2007
VOZ ATREVIDA (meu poema p'ra Mariza)
VOZ ATREVIDA (meu poema p'ra Mariza)
O xaile, afaga-lhe seu corpo franzino
E ela, como uma borboleta vaidosa
Mariposeia-se num fado cristalino
Movendo o rosto, lindo como a rosa
Vive bem na Lisboa de seus sonhos
Onde a dor na sua voz é um hino
Cantando alguns poemas tristonhos
Bem bebidos num cálix divino
E no seu orgulho artista
Presenteia-nos poesia à vida
Com grande fervor fadista
Num sorriso de voz atrevida
Trauteando bonitos fados famosos
Passeia por vielas, e becos apetecidos
Acena ao povo em gestos formosos
Ofertando graça nos poemas sentidos
No fado, emana charme e carisma
Quando se expõe à velha guitarra
Oferece sensualidade sem sofisma
Em poemas que seu cantar agarra
No bairro boémio da Mouraria
Mariza, é rainha da noite encantada
Todos a ouvem, até ser dia
Chorando amor, emocionada
De: Fernando Ramos
671
O xaile, afaga-lhe seu corpo franzino
E ela, como uma borboleta vaidosa
Mariposeia-se num fado cristalino
Movendo o rosto, lindo como a rosa
Vive bem na Lisboa de seus sonhos
Onde a dor na sua voz é um hino
Cantando alguns poemas tristonhos
Bem bebidos num cálix divino
E no seu orgulho artista
Presenteia-nos poesia à vida
Com grande fervor fadista
Num sorriso de voz atrevida
Trauteando bonitos fados famosos
Passeia por vielas, e becos apetecidos
Acena ao povo em gestos formosos
Ofertando graça nos poemas sentidos
No fado, emana charme e carisma
Quando se expõe à velha guitarra
Oferece sensualidade sem sofisma
Em poemas que seu cantar agarra
No bairro boémio da Mouraria
Mariza, é rainha da noite encantada
Todos a ouvem, até ser dia
Chorando amor, emocionada
De: Fernando Ramos
671
abril 08, 2007
A LOUCURA NO OÁSIS
A LOUCURA NO OÁSIS
À entrada do Oásis, no médio Oriente
espalham-se gritos de desespero
A morte ronda p’lo cérebro de outros
que de tirania, em tirania, chegam à guerra
mais suja, mais hipócrita, mais cínica
que a humanidade em outros tempos
também já tem conhecido
E naquele Oásis, vai-se de má política,
em má política, até chegarem ao túmulo
como um ritual, onde os actores do mal
geralmente são sempre os mesmos
Ali, o perdão parece não existir
E em cada rebentamento,
por cada corpo tombado
floresce mais ódio dentro do Oásis,
bem dentro, onde existem trilhos
demasiados perigosos,
p’ra homens de boa vontade
E os vivos de paz,
escondidos em escombros pensam
que todos os dias vão morrer,
lamentando-se da sua triste existência
A compaixão de alguns,
não passa de salpicos de inverno
que vê jorrar o sangue dos inocentes,
não se querendo aparceber dos suplícios,
e dos gemidos de adultos e crianças,
que se fazem ouvir naquele inferno
Onde a loucura, tomou conta da primeira
fila do átrio podre da guerra,
que se vai desenvolvendo em espiral
Num pesadelo estúpido, e delirante,
promovido p’los senhores todos poderosos
Ali, soldados de botas cardadas de crime
vagueiam dentro do seu terror,
causando o apocalipse daquele território,
aos inocentes que nada querem ter a ver
com a guerra, e que apenas pedem paz
A paz dos silêncios que demora em chegar
Esperando e insistindo sempre na
boa vontade dos homens,
que vão querendo gerir o mundo,
no sentido contrário aquele horror
Na porta de passagem para o Oásis,
ansiosamente por entrar
está alguma esperança,
também ela querendo dar mais
uma oportunidade a sonhos de vidas
que lá dentro, tontamente são perdidos
Acontecendo isto, de dinastia em dinastia
até chegarem ao ódio,
onde cada vez há mais ódio
que nunca promoverá a paz,
Oxalá eu me engane!
de: Fernando Ramos
670
À entrada do Oásis, no médio Oriente
espalham-se gritos de desespero
A morte ronda p’lo cérebro de outros
que de tirania, em tirania, chegam à guerra
mais suja, mais hipócrita, mais cínica
que a humanidade em outros tempos
também já tem conhecido
E naquele Oásis, vai-se de má política,
em má política, até chegarem ao túmulo
como um ritual, onde os actores do mal
geralmente são sempre os mesmos
Ali, o perdão parece não existir
E em cada rebentamento,
por cada corpo tombado
floresce mais ódio dentro do Oásis,
bem dentro, onde existem trilhos
demasiados perigosos,
p’ra homens de boa vontade
E os vivos de paz,
escondidos em escombros pensam
que todos os dias vão morrer,
lamentando-se da sua triste existência
A compaixão de alguns,
não passa de salpicos de inverno
que vê jorrar o sangue dos inocentes,
não se querendo aparceber dos suplícios,
e dos gemidos de adultos e crianças,
que se fazem ouvir naquele inferno
Onde a loucura, tomou conta da primeira
fila do átrio podre da guerra,
que se vai desenvolvendo em espiral
Num pesadelo estúpido, e delirante,
promovido p’los senhores todos poderosos
Ali, soldados de botas cardadas de crime
vagueiam dentro do seu terror,
causando o apocalipse daquele território,
aos inocentes que nada querem ter a ver
com a guerra, e que apenas pedem paz
A paz dos silêncios que demora em chegar
Esperando e insistindo sempre na
boa vontade dos homens,
que vão querendo gerir o mundo,
no sentido contrário aquele horror
Na porta de passagem para o Oásis,
ansiosamente por entrar
está alguma esperança,
também ela querendo dar mais
uma oportunidade a sonhos de vidas
que lá dentro, tontamente são perdidos
Acontecendo isto, de dinastia em dinastia
até chegarem ao ódio,
onde cada vez há mais ódio
que nunca promoverá a paz,
Oxalá eu me engane!
de: Fernando Ramos
670
abril 06, 2007
VIAJANDO PELO DESTINO
VIAJANDO PELO DESTINO
Nosso destino é uma viagem
longa, muito longa, ou menos longa
Seja de avião, comboio, charrete,
Carro, ou outro transporte qualquer
Sempre repleto de embarques, ou desembarques
Onde surgem novidades, nas estações da vida
Umas agradáveis, outras desagradáveis
Nas estações, ou aeroportos onde pára
Trazendo por vezes aquela surpresa
Triste, ou alegre, tudo depende...
Quando subimos para o transporte do destino
Encontramos outras pessoas,
Que como nós, nada sabem
Do que vão encontrar
Estando connosco na mesma incerteza
De viagem, sendo até os nossos queridos pais
Que numa estação próxima, o destino nos faz
Uma partida, pára onde não deve, e os faz sair
Abrindo um enorme vazio na nossa vida
Perdemos seu amor, carinho, amizade
Ficando nós privados, de sua
Companhia insubstituível
Em outros aeroportos, ou estações,
Por vezes entram pessoas que acabam
Por serem também muito importantes p’ra nós,
E até especiais, muito especiais mesmo
Que nos acompanham até à saída
Do fim da nossa estação
Terminando aí, o nosso desafio
Da viagem de avião, ou de outro transporte
Nosso destino é como uma viagem que Deus
Marca no nosso roteiro de vida
Só temos é de nos instalarmos, e de partir
Ao encontro do que ele nos reservou
de: Fernando Ramos
669
Nosso destino é uma viagem
longa, muito longa, ou menos longa
Seja de avião, comboio, charrete,
Carro, ou outro transporte qualquer
Sempre repleto de embarques, ou desembarques
Onde surgem novidades, nas estações da vida
Umas agradáveis, outras desagradáveis
Nas estações, ou aeroportos onde pára
Trazendo por vezes aquela surpresa
Triste, ou alegre, tudo depende...
Quando subimos para o transporte do destino
Encontramos outras pessoas,
Que como nós, nada sabem
Do que vão encontrar
Estando connosco na mesma incerteza
De viagem, sendo até os nossos queridos pais
Que numa estação próxima, o destino nos faz
Uma partida, pára onde não deve, e os faz sair
Abrindo um enorme vazio na nossa vida
Perdemos seu amor, carinho, amizade
Ficando nós privados, de sua
Companhia insubstituível
Em outros aeroportos, ou estações,
Por vezes entram pessoas que acabam
Por serem também muito importantes p’ra nós,
E até especiais, muito especiais mesmo
Que nos acompanham até à saída
Do fim da nossa estação
Terminando aí, o nosso desafio
Da viagem de avião, ou de outro transporte
Nosso destino é como uma viagem que Deus
Marca no nosso roteiro de vida
Só temos é de nos instalarmos, e de partir
Ao encontro do que ele nos reservou
de: Fernando Ramos
669
abril 05, 2007
SUSPIRAR À LUA
SUSPIRAR À LUA
Suspirei à lua, minha amiga na noite
Fiz poemas à rosa, que encontrei na rua
Ouvi escravos falarem, do vil açoite
E da fome, sua doença nua
Sob o olhar da lua, eu vislumbrei
Noites boas, que me trazem emoção
Ofereci poemas à lua, e também chorei
P’la liberdade dos escravos, que é ilusão
Se a escravidão acabar, eu cantarei
À Lua, por quem ando a suspirar
E em noites de inspiração, também farei
Mais poesia à rosa, pró trovador cantar
Suspiro à lua, e estou gostando
As suas noites são de enorme paixão
Poemas à rosa vou declamando
Mas, à boca dos escravos, não chega pão
Com isso, sua fome não tem fim à vista
Nem há mais noites de luar, inspiradas
A rosa murchou, nem à poesia que resista
À hipocrisia do mundo, de lágrimas deitadas
De: Fernando Ramos
668
Suspirei à lua, minha amiga na noite
Fiz poemas à rosa, que encontrei na rua
Ouvi escravos falarem, do vil açoite
E da fome, sua doença nua
Sob o olhar da lua, eu vislumbrei
Noites boas, que me trazem emoção
Ofereci poemas à lua, e também chorei
P’la liberdade dos escravos, que é ilusão
Se a escravidão acabar, eu cantarei
À Lua, por quem ando a suspirar
E em noites de inspiração, também farei
Mais poesia à rosa, pró trovador cantar
Suspiro à lua, e estou gostando
As suas noites são de enorme paixão
Poemas à rosa vou declamando
Mas, à boca dos escravos, não chega pão
Com isso, sua fome não tem fim à vista
Nem há mais noites de luar, inspiradas
A rosa murchou, nem à poesia que resista
À hipocrisia do mundo, de lágrimas deitadas
De: Fernando Ramos
668
abril 04, 2007
FINTAR O DESTINO
FINTAR O DESTINO
Na orvalhada da madrugada
Isabel finta seu destino traçado
Num acto de coragem, na calçada
Decide o abandono de seu pecado
Tidos aos pedaços p’las noites fora
Onde pica o ponto de sua miséria
Homens com ela, se deitam na hora
Sonhando nos braços, da galdéria
Apenas a desejam ardentemente
Nessa vida de loucos momentos
Agora, vai fintar o destino presente
Abençoando o fim de seus tormentos
Na calçada, tomou a feliz decisão
E p’ra ela, outro mundo sorri
Que lhe oferta boas vindas ao coração
Pelo novo, e feliz destino p’ra si
Isabel, batia as madrugadas de solidão
Com seu corpo fino, e gracioso
Hoje finta o destino, de vidas de ilusão
Num aprumo certo, e precioso
De: Fernando Ramos
666
Na orvalhada da madrugada
Isabel finta seu destino traçado
Num acto de coragem, na calçada
Decide o abandono de seu pecado
Tidos aos pedaços p’las noites fora
Onde pica o ponto de sua miséria
Homens com ela, se deitam na hora
Sonhando nos braços, da galdéria
Apenas a desejam ardentemente
Nessa vida de loucos momentos
Agora, vai fintar o destino presente
Abençoando o fim de seus tormentos
Na calçada, tomou a feliz decisão
E p’ra ela, outro mundo sorri
Que lhe oferta boas vindas ao coração
Pelo novo, e feliz destino p’ra si
Isabel, batia as madrugadas de solidão
Com seu corpo fino, e gracioso
Hoje finta o destino, de vidas de ilusão
Num aprumo certo, e precioso
De: Fernando Ramos
666
abril 02, 2007
BENFICA NO SEU ESTÁDIO DE OURO
BENFICA NO SEU ESTÁDIO DE OURO
Esperam por ti, no Estádio de ouro
Onde a lealdade não é palavra vã
Lá o Benfica tem a força do touro
Jogando por mais, uma vitória sã
Este clube, é o açúcar do povo
Num jogo de honradez, e emoção
Se ganhar, não é nada de novo,
Sua história regista, mais esta lição
Esperam por ti, no campo de ouro
Onde as vitórias pulam no coração
Correm e jogam, chutam no couro
Entrando na baliza mais um golão
Mas se a bola, for bem caprichosa
E nas redes não quiser entrar
Faz-se nova jogada, fina e espantosa
E o golo acabará, por ir lá morar
E a vitória surgirá naturalmente
Ao Benfica grande campeão
O povo vibra, e grita arduamente
P’lo seu grande clube, do coração
Choram, e sofrem com muita emoção
Todos os adeptos, por tanto encanto
Da sua águia, que é a força da razão
Das belas vitórias, tidas em campo
Este, é o clube que o mundo aclama
Quando os atletas entram em cena
Com as camisolas vermelhas, que se ama
Onde cada vitória dá um belo poema
Outra página da história é virada,
P’lo Vermelho e Branco, seu tesouro
Toda a equipa que joga, é brindada
Por este Benfica, no seu Estádio de ouro
de: Fernando Ramos
512
Esperam por ti, no Estádio de ouro
Onde a lealdade não é palavra vã
Lá o Benfica tem a força do touro
Jogando por mais, uma vitória sã
Este clube, é o açúcar do povo
Num jogo de honradez, e emoção
Se ganhar, não é nada de novo,
Sua história regista, mais esta lição
Esperam por ti, no campo de ouro
Onde as vitórias pulam no coração
Correm e jogam, chutam no couro
Entrando na baliza mais um golão
Mas se a bola, for bem caprichosa
E nas redes não quiser entrar
Faz-se nova jogada, fina e espantosa
E o golo acabará, por ir lá morar
E a vitória surgirá naturalmente
Ao Benfica grande campeão
O povo vibra, e grita arduamente
P’lo seu grande clube, do coração
Choram, e sofrem com muita emoção
Todos os adeptos, por tanto encanto
Da sua águia, que é a força da razão
Das belas vitórias, tidas em campo
Este, é o clube que o mundo aclama
Quando os atletas entram em cena
Com as camisolas vermelhas, que se ama
Onde cada vitória dá um belo poema
Outra página da história é virada,
P’lo Vermelho e Branco, seu tesouro
Toda a equipa que joga, é brindada
Por este Benfica, no seu Estádio de ouro
de: Fernando Ramos
512
abril 01, 2007
CAIXA DE SEGREDOS
CAIXA DE SEGREDOS
Abri nossa caixa de segredos
Não sentindo qualquer receio
Vi velhos livros, sem medos
Que estavam lá p’lo meio
Li também as nossas cartas
Tanta paixão estão nelas
Frases lindas nunca fartas
Já relidas em tardes belas
E nós, no velho jardim
Recordamos tudo isso
Sorrimos quando lemos no fim
"Beijos de amor sem juízo"
E na caixa dos segredos guardados
Estão alguns, como promessas
Uns cumpridos, outros não encontrados
Mas destes, já tivemos conversas
Ao remexer melhor na caixa
Num livro, encontrei a nossa flor
Que comprei um dia na baixa
Hoje, é nosso símbolo de puro amor
De: Fernando Ramos
665
Abri nossa caixa de segredos
Não sentindo qualquer receio
Vi velhos livros, sem medos
Que estavam lá p’lo meio
Li também as nossas cartas
Tanta paixão estão nelas
Frases lindas nunca fartas
Já relidas em tardes belas
E nós, no velho jardim
Recordamos tudo isso
Sorrimos quando lemos no fim
"Beijos de amor sem juízo"
E na caixa dos segredos guardados
Estão alguns, como promessas
Uns cumpridos, outros não encontrados
Mas destes, já tivemos conversas
Ao remexer melhor na caixa
Num livro, encontrei a nossa flor
Que comprei um dia na baixa
Hoje, é nosso símbolo de puro amor
De: Fernando Ramos
665
EU TOCO MEU AMOR
EU TOCO MEU AMOR
Eu toco meu amor
Por teu sorriso de pureza
Por esse olhar celestial
Por murmúrios de gentileza
Eu toco meu amor
P’ra sentir essa alegria
P’ra tua virtude Angelical
P’ra te amar com sabedoria
Eu toco meu amor
Porque vais em meus sonhos
Porque somos um feliz casal
Porque gostamos de dias risonhos
Eu toco meu amor
Quando vamos ao jardim
Quando escutamos o vendaval
Quando da vida, fazemos um festim
De: Fernando Ramos
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Eu toco meu amor
Por teu sorriso de pureza
Por esse olhar celestial
Por murmúrios de gentileza
Eu toco meu amor
P’ra sentir essa alegria
P’ra tua virtude Angelical
P’ra te amar com sabedoria
Eu toco meu amor
Porque vais em meus sonhos
Porque somos um feliz casal
Porque gostamos de dias risonhos
Eu toco meu amor
Quando vamos ao jardim
Quando escutamos o vendaval
Quando da vida, fazemos um festim
De: Fernando Ramos
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