abril 09, 2007

VOZ ATREVIDA (meu poema p'ra Mariza)

VOZ ATREVIDA (meu poema p'ra Mariza)

O xaile, afaga-lhe seu corpo franzino
E ela, como uma borboleta vaidosa
Mariposeia-se num fado cristalino
Movendo o rosto, lindo como a rosa

Vive bem na Lisboa de seus sonhos
Onde a dor na sua voz é um hino
Cantando alguns poemas tristonhos
Bem bebidos num cálix divino

E no seu orgulho artista
Presenteia-nos poesia à vida
Com grande fervor fadista
Num sorriso de voz atrevida

Trauteando bonitos fados famosos
Passeia por vielas, e becos apetecidos
Acena ao povo em gestos formosos
Ofertando graça nos poemas sentidos

No fado, emana charme e carisma
Quando se expõe à velha guitarra
Oferece sensualidade sem sofisma
Em poemas que seu cantar agarra

No bairro boémio da Mouraria
Mariza, é rainha da noite encantada
Todos a ouvem, até ser dia
Chorando amor, emocionada

De: Fernando Ramos
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