abril 07, 2008

DOCE MÃE

DOCE MÃE

Na beira do rio sob a escuridão infinda
A doce mãe seu filho adormece
Naquele silencio a flor mais linda
Fragrâncias de sonho à noite tece

Na noite negra tão escura como preta
A Senhora a seu menino sorri
No horizonte opaco se abre uma greta
Mostrando à mãe um mundo ruim

Pensando ela... É mais bonito a beira do rio!
Ali reside o amor a viver em bonança
Apesar de ser bem pequeno e esguio
Lá mora p’ra seu filho a fiel segurança

A doce mãe daquela beira jamais quer partir
Ali, onde escuta o conversar das flores
Que por vezes muito a fazem sorrir
Voando ao vento, maravilhosos odores

Naquele berço coberto pelo céu
A mãe sussurra ás estrelas que a cativa
Pede a elas amor quente dum seio seu
P’ra que seu menino, em pureza viva

Ao entardecer quando o sol já ia
Um poema se escreveu p’ra seu espanto
À beira do rio o declamou na orvalhada fria
Empregando ao momento, tanto, tanto encanto

E na noite de cativante azul comovente
No infinito das profundezas do luar
A doce mãe, ao menino oferece seu seio quente
Murmurando-lhe no rosto canções de embalar

De: Fernando Ramos
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