maio 29, 2007

DANÇA DA CHUVA

DANÇA DA CHUVA

Cai a chuva, do agreste Inverno
Numa dança de pingos descoordenados
Inundando campos, que é um inferno
P’ra tantos, ficando desatinados

Essas águas impuras até doer
Causam dramas a gente desesperada
Vêem os bens, na corrente desaparecer
Levando-lhes uma vida, na enxurrada

E, esta catástrofe de enlouquecer
Está na mão do homem, como é natural
Ele é o culpado, por tal suceder
Numa vergonhosa atitude irracional

Esta dança, de chuva fria
Traz a companhia do forte vento
Bailando pingos de noite, e dia
Que para a terra, é seu sustento

Na ruidosa tempestade invernosa
Escuta-se o vento a falar à chuva
Pedindo ao tempo sua mão bondosa
Pró sol aparecer, leve como a luva

Nos campos, encharcados de fria água
Que oferecem à vida, um bom seleiro
Vai desaparecendo a triste mágoa
Em corações, onde o tempo é companheiro

De: Fernando Ramos
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