março 31, 2007

O ESTALAR DA CHIBATA

O ESTALAR DA CHIBATA

As praias Africanas,
Recordam linhas tortas escritas na história,
Que em livros contam o trafico dos escravos
Efectuado, durante centenas de anos
Onde nos tombadilhos dos barcos,
Iam legiões de homens, e mulheres
Cujo seu único crime, era ser negro

P’la ponta da chibata eram dominados
Sem qualquer respeito p’la vida humana,
Por caçadores negociantes que os venderiam
Aos senhores de dinheiro, das Antilhas,
Da América, e da Europa, e de outros locais
Seus donos de chicote na mão os compravam,
A negreiros p’ra trabalharem nos engenhos,
Nas minas ou nas sanzalas,
E sem qualquer escrúpulo pelo seu irmão
De cor diferente, os tratava pior que ‘coisas’,
Tirando-lhes a vida, num prazer sarcástico
Difícil de entender

Estes seres humanos de cor negra
Viviam sem fé, sem esperança, e sem sorriso
Acumulando apenas ódio p’lo seu senhor
E patrão, que lhes matava a liberdade,
A família, e a dignidade, sob o estalar da chibata
Eles eram arrancados de suas terras mãe,
E levados sem regresso, perdendo-se pelo mundo

Homens e mulheres, da cor de sua desgraça
Eram negociados a belo prazer p’los seus
Todos poderosos proprietários
Que não passavam de uns reles homens brancos
Que os roubavam para serem escravizados
Nas sanzalas, e serem reprodutores
De mais escravos, que depois seriam retirados
A suas mães, mal que nasciam,
A fim de serem negociados p'ra estupidez
Dos senhores das roças,
Que eram o símbolo louco, da altura

Será que foi só um acto miserável
Cometido nessa época?
Ou será que hoje,
Aí num lugar qualquer sem Deus
Ainda haverá a mesma
Loucura do homem branco?

de: Fernando Ramos
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