fevereiro 11, 2007

A MULHER MAIS NOVA

A MULHER MAIS NOVA

A mulher mais nova,
pisa as pedras da rua da vida
Do bairro mais negro,
mais negro que a noite
Lá, é o seu local de ganha pão
Ela, a prostituta mais
gentil e mais formosa daquela rua,
todos os dias está por ali

Os homens, os cativa
com sua sensualidade,
p’ra seu leito triste
e melancólico,
onde viola sentimentos
sem remorsos descabidos,
no seu cruel e perfumado prazer,
impondo-lhes um destino
solitário e perigoso

Naquela rua da vida,
a prostituta pensa nos dias
da árdua luta de viver,
que a fazem voltar sempre ali
Saciando seu mórbido prazer
de pensamentos retalhados e atrozes,
consumidos p’la droga diária
que seu corpo permanentemente
e pontualmente, anseia

A mulher mais nova,
sofre com estes dramas pungentes,
de cruas verdades,
que a fazem viver naquela rua,
onde a encontrarão sempre,
até que a morte se decida

De: Fernando Ramos
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