outubro 31, 2006

VULCÕES

VULCÕES
(soneto)

Em redor de mim, a calmaria
Vinda do silencio do mundo
E bem do seu fundo mais profundo
Ouve-se um ruído, que é vida

Em tons nada bonitos
Sente-se a lava que escorrega
Como um rio que se entrega
Aos precipícios quentes e aflitos

De vulcões cheios de pó
Que crescem em direcção do céu
Amortalhando vidas, tristes e só

No fim, num sossego imperturbável
Cobre-se a desgraça com um véu
Do olhar estranho, e censurável

De: Fernando Ramos
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