outubro 19, 2006

SOLDADO NO MEIO DO NADA

SOLDADO NO MEIO DO NADA

Fui soldado, num capim agreste
e desconhecido de parte incerta
Onde à chuva e ao sol
combatia contra medos
que perseguiam
noites de mil perigos,
por debaixo de um camião Berliet,
carregada de areia,
que era o telhado de nossas vida

À noite sentia na pele
o grito do cacimbo Africano
onde se escondia meus receios,
p’la proximidade
de um inimigo bem real,
cuja sua sombra pressentia

E nas terras de fim do mundo,
fui um soldado no meio do nada,
que lutei por meu país,
na África por tantos amada,
e também amada por mim

Terra cheio de valentes
na sua história
E, eu não passei de apenas
como tantos, e tantos outros
de soldado desconhecido

Fui soldado, e homem de bem,
ali estive naquele campo
que rasgava a alma de esperança
com minha dor,
sonhando a paz, e o amor
por um adversário, que como eu,
também era um soldado
no meio de nada

Este final terá de chegar,
pesávamos todos,
p’ra que possamos libertar
a pomba Branca
das gaiolas da loucura do homem
Hoje o tempo passou,
e o sentimento de soldado da paz
se mantém p’la vida fora

de: Fernando Ramos
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