outubro 29, 2006

FADO MAROTO

FADO MAROTO

Nas altas horas da noite boa
A cidade repousa da vida agitada
Numa velhinha tasca de Lisboa
Escuta-se a voz, rouca e cansada

Um fado maroto se faz ouvir
Naquele ambiente castiço e sonhado
Canta-o um fadista a sorrir
P’lo seu poema muito engraçado

Ali se aguarda, p'lo raiar do dia
Que chega de mansinho, e sem brado
Alguém na taberna que o artista ouvia
Pede-lhe um fado triste e chorado

Ele presta-se a tal pedido
E canta um de amor sem sorte
De uma paixão de passado sofrido
Que aguarda p'lo chegar da morte

A aurora entra naqueles corações
Ao som do último fado maroto oferecido
Todos na taberna levaram emoções
Da noite finda, de espírito atrevido

De: Fernando Ramos

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