maio 31, 2006

CELESTE, A FLORISTA

CELESTE, A FLORISTA

Celeste, artista popular,
vende flores no mercado
do bairro de Alvaiade,
onde mora próximo

À noite, prepara seu vestido
e coloca um xaile preto,
tão preto como é a noite
que para ela vai começar,
ali para os lados de Alfama,
onde vai cumprir
seu prazer calado

Lá, numa casa típica
ao som das guitarras,
canta bonitos fados
Onde, a muitos enlaça
com sua voz graciosa ,
que faz sentir a todos
o sabor que o fado tem

E ela canta, canta,
canta fados com muito
amor e emoção
Neles, deixa um sofrimento
conciso onde junta sua solidão
Ela está só, e o fado
é a sua única razão de vida

Celeste, a florista
que tão bem sabe cantar,
por alguns momentos da noite
os outros faz feliz
De dia, bem cedinho
volta para o mercado
para sua vida ganhar

O fado é a sua grande paixão,
que a vai consumindo de amor
À noite a felicidade acontece,
que ela a toma aos bocados
E entre trinados de uma guitarra,
os sentimentos acontecem,
deslumbrando outros,
que sua vida eles desconhecem

E o povo, ama a Celeste
que a faz esquecer
sua triste vida solitária
Ela canta para a alma de todos,
com sua voz serena, bela e certa,
onde se bebe as palavras
escritas pelo poeta

Vai sendo feliz assim,
distribuindo a solidariedade
a vidas que sabe-se lá seus passados
De manhã ao raiar do dia,
lá está Celeste no mercado
vendendo suas lindas flores
de belas fragrâncias a pessoas,
que nem sequer imaginam,
a sua alma vadia de fadista

Celeste, é assim que ama a vida,
e só pede felicidades para todos
que à noite naquela casa castiça
a ouvem cantar a vida como ela é,
nos seus amores e dissabores,
nos seus encontros e desencontros
Celeste, é assim feliz à sua maneira!

de: Fernando ramos
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