abril 17, 2006

O FADO E O MEU EMIGRANTE

O FADO E O MEU EMIGRANTE

O fado eu canto agora,
e foi para ele que eu nasci
Canto pelo mundo fora,
a vida que já vivi

O emigrante gosta do fado,
que ando por aí a cantar
As recordações deixam-no calado,
e até lhe dá para chorar

Enquanto cantava o fado,
um amor fui encontrar
Hoje é o meu homem amado,
e com ele acabei por casar

Ao cantar para os emigrantes,
no meio deles, lá estava o meu
Sou mais feliz do que antes,
por causa do homem que Deus me deu

O fado deu-me esta paixão,
que me anda a encantar
Esta é uma razão,
que por ele irei sempre cantar

Paixões de sonho jamais terei,
mas esta é de enlouquecer
Não sei se ela merecerei,
mas ao fado vou agradecer

Quanto tempo irá durar,
isso agora pouco me importa
Por ela irei sempre lutar,
e que acabe só, quando estiver morta

Sou feliz por ser fadista,
e a todo o lado irei cantar
Até poderá ser numa revista,
e o meu homem terá de lá estar

Mas é nos emigrantes que canto,
e eles comigo também
Lá o fado cantarei tanto,
que até meu amor acha bem

de: fernando ramos
num. 92

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